Os primeiros povoadores escolheram para assentar a capital de S. Miguel, um lugar do centro da ilha, no litoral Sul, tendo fronteiro um ilhéu, com o seu abrigado porto natural. A essa capital, foi dada o nome de Vila Franca do Campo.
Em 22 de Outubro de 1522, um tremor de terra destruiu a vila, tendo valido no momento a energia do capitão-donatário Rui Gonçalves da Câmara e de sua mulher, D. Filipa Coutinho. Após a reconstrução, um alvará régio concedeu-lhe privilégios idênticos aos da cidade do Porto.
Logo após o sismo, o rei D. João III, a requerimento do capitão donatário, mandou examinar o ilhéu para determinar da viabilidade de se construir no seu interior um porto de abrigo. Ficou então estabelecido que o ilhéu comportaria um porto para 30 navios, sendo para tal necessário alargar a entrada e criar os cais que fossem necessários. Contudo, este projecto não teve execução, sendo retomado novamente nos anos de 1654, por ordem de D. João IV, novamente a pedido do capitão donatário e de 1691 - nos tempos de D. Pedro II, igualmente sem qualquer efeito prático.
O ilhéu dista 1200 m do cais do Tagarete, havendo ligações regulares de Junho a Setembro.
Em baixo, uma fotografia da "boca do crocodilo", numa das arribas do ilhéu.
A Batalha Naval de Vila Franca marca cruelmente a história desta localidade. O recontro foi travado no dia 26 de Julho de 1582, a sul da ilha de São Miguel, entre uma força luso-francesa, comandada por Filippo Strozzi, e uma armada castelhana, mas que incluía boa parte da armada portuguesa, comandada por D. Álvaro de Bazán, marquês de Santa Cruz. Surge na guerra civil que se seguiu à aclamação de D. António I e à entrada de Filipe II de Espanha na posse do trono nacional. As forças lusas-francesas foram derrotadas e, D. António, foi obrigado a refugiar-se na ilha Terceira, seguindo-se um enorme massacre em Vila Franca do Campo.
14 comentários:
Uma terrinha cheia de História. Quem havia de dizer. Não fazia ideia que Vila Franca do Campo tinha sido a capital da ilha (e provavelmente do arquipélago?). E porquê "do Campo" fazes ideia?
Não faço ideia! vou investigar
E que tal dizeres que o ilhéu fica a 0,65 milhas náuticas do cais? Só te ficava bem.
Concordo com o nautilus! Primeiro porque aqui o mundo mede-se em milhas náuticas... e depois que eu saiba não se vai a pé pro ilhéu!!!!
peço desculpa pelo lapso... concordo inteiramente com o reparo!
Esta foto de Vila Franca do Campo é tirada do ilhéu?
a terra é muito bonita, e é lindo estar à noite fundeado a ver as luzinhas todas...
não sei porque, mas não tirei fotografias nem do ilhéu nem de Vila Franca a partir do Creoula... de manhã devo ter ido dormir porque tinha feito o quarto das 4 às 8 e depois foi a azáfama toda de preparar o mergulho... ao fim do dia estava para ir de semi-rígido ao ilhéu mas o "engenheiro" só gostava mesmo era de andar a abrir por isso nem me atrevi a tirar a máquina para fora do saco estanque...
tenho que ir de ferias ate aos acores!
Sim! é engraçado ver a coisa ao contrário do que normalmente acontece.
o que é que é engraçado? ou melhor, o que é que é ao contrário?
fotografar Vila Franca do Campo a partir do ilhéu e não o contrário, que é o que toda a gente faz...!
pois.. por isso é que eu não percebo porque é que não fotografei Vila Franca a partir do Creoula...
é engraçada esta "boca"... parece uma entrada para uma gruta misteriosa, com um ar de crocodilo para afastar quem queira lá entrar! não foram ver se havia lá algum tesouro escondido?
infelizmente não havia nenhum tesouro... somente a boca que, realmente, parece de um crocodilo.
acho que não procuraram bem... com um aspecto daqueles de certeza que esconde alguma coisa!
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