22 dezembro 2013

14 dezembro 2013

"Do Vasto e Belo Porto de Lisboa"


Tendo por base as mais de 6 mil fotografias que a Administração do Porto de Lisboa restaurou e digitalizou, Pedro Castro Henriques escreveu esta magnífica obra, em português e inglês.

Tal como nos fantásticos livros que escreveu sobre as nossas áreas protegidas, o autor mistura texto seu com citações diversas e vai contando a história do porto de Lisboa, desde a construção das docas aos "incidentes que foram notícia", passando por navios e canoas, embarques e desembarques, cargas e descargas, e pelas histórias das pessoas.

Pode espreitar aqui algumas páginas do livro.

01 dezembro 2013

Restaurar, a Restauração!

Hoje é Primeiro de Dezembro. Naquele dia de 1640, "...Quando na torre da capela real, o martelo do relógio bateu, no sino, a primeira pancada das nove, abriram-se subitamente as portinholas dos coches, carruagens brasonadas, berlindas e liteiras que tinham, prematuramente e em número superior ao do costume, confluído à praça do Terreiro do Paço. De todas, saíram apressados vultos rebuçados em capas pretas, sob as quais mal se ocultavam arcabuzes, escopetas, pistolas, espadas e punhais.
De roldão, parte dessa turba, com o octogenário Miguel de Almeida à frente, invade o paço derruba os cabides das albardas dos tudescos e vence a resistência com que estes soldados tentam defender os aposentos da duquesas vice-rainha.
De uma janela do paço, o velho D. Miguel de Almeida, figura venerável, com as suas longas barbas brancas, grita comovido: «Liberdade! Liberdade! Viva el-rei D. João IV!»..."
in "O Mundo Português - Livro de leitura para o ensino técnico-profissional, 1962"

"...À noite, iluminou-se a cidade espontaneamente, no meio de estrondosos vivas, de músicas e de regozijos variados. Um cavalheiro castelhano, espantado com o que via, exclamou:
- «E assim perde, D. Filipe, com luminárias e festas, um reino tão poderoso! Grande sinal da vontade de Deus!»"
in "História Geral e Pátria II, 1972 - Rebelo da Silva"

24 novembro 2013

As aventuras da Garina do Mar... numa ilha do Atlântico (8 e último)


O último dia: Vila Baleira
É a capital da ilha e concelho de Porto Santo.
Vila Baleira está situada no local onde Bartolomeu Perestrelo fundou a primeira povoação em 1419 e é uma cidade pequenina, com pouco mais de 4 mil habitantes. O centro histórico está bem cuidado e visita-se numa manhã, incluindo a visita (a não perder) à Casa-Museu Cristóvão Colombo.


O Museu localiza-se na casa que supostamente terá sido habitada por Cristóvão Colombo, quando esteve casado com Filipa Moniz e para além de diagramas das suas viagens, de cópias de mapas e do modelo de um dos seus barcos tem também informação sobre o fundador da cidade.


Gostei deste detalhe!


A história demorou tantos anos a contar que já dá vontade de regressar. Pelo menos para mergulhar no Madeirense e voltar a comer um daqueles deliciosos pregos.

14 novembro 2013

Entre pontes


No rio Lima, em Viana. Em cima a ponte Eiffel (rodo-ferroviária).
O Parque Ecológico Urbano na caldeira das Azenhas de D. Prior.
Ínsuas no rio e ao fundo a ponte nova.
E barcos de pesca em Darque.

07 novembro 2013

Álbum Marítimo

Este livro, composto por cinquenta fotografias pertencentes ao Mariner’s Museum, relata a relação que o Homem, ao longo de séculos, estabeleceu com o mar. Tendo como ponto de partida um arquivo com mais de meio milhão de imagens fotográficas relacionadas com o mar, cada um destes registos ilustra um fragmento da nossa história marítima ao longo dos últimos duzentos anos.

31 outubro 2013

Samhain


A Passagem. O início da estação escura.
Bom Ano Novo

23 outubro 2013

Mina do Lousal III


Quando passei por Alcácer, passei depois no Lousal e fui visitar o Centro de Ciência Viva e o Museu Mineiro.

Fica aqui alguma informação que complementa a reportagem do Laurus Nobilis, que pode ver aqui e aqui.

No Centro de Ciência Viva contam a história da Mina e têm depois algumas actividades lúdico-científicas interessantes relacionadas com as minas, a geologia, o vulcanismo e ainda biologia e física.

Achei muito interessante esta experiência que mostra como é possível conduzir a luz com um jacto de um líquido: "as reflexões nas paredes internas do jacto impedem que a luz escape da fibra óptica líquida, garantindo a propagação guiada da luz".


Também têm actividades para crianças, como esta "mina pra gente pequena". Confesso que experimentei e pareceu-me que alguns dos mecanismos não funcionavam muito bem mas os mais novos terão outras maneiras de lidar com as coisas...
Em contrapartida a exposição "Home sapiens", também para crianças e instalada num edifício anexo, está muito bem conseguida.

O Museu Mineiro foi instalado na antiga Central Eléctrica da Mina do Lousal que por sua vez faz parte do roteiro dos "Museus da Energia". Aqui, para além das componentes da central, têm também umas interessantes maquetes de minas, como este corte que mostra as componentes aérea e subterrânea.

Atrás, do lado esquerdo, vê-se a entrada de uma galeria e, ao fundo, a maquete de um elevador.

Na fotografia de baixo um corte mais detalhado dos corredores subterrâneos.


Se puder visite! Vale o desvio. Veja como em http://lousal.cienciaviva.pt/

16 outubro 2013

«Os amigos do rei»

“ O Rossio animava-se com o movimento das pessoas. Um bando de pombos esvoaçava incomodado por umas gaivotas atrevidas que haviam deixado a proximidade do Tejo para entrar nos seus domínios; pequenos pardais aproveitavam aquele alvoroço para debicar migalhas perdidas pelo chão, ocupando por sua conta uma das esquinas da praça e espalhando-se por algumas ruas laterais. Miguel observava aqueles pequenitos vivaços que evitavam os conflitos entre os maiores e que se fortaleciam enquanto os outros se desgastavam. Com um sorriso nos lábios pensava: «É assim que os pardais constroem seus impérios.»”
“4 de Outubro de 1500. Um homem contempla Lisboa à janela dos seus aposentos, no paço da Alcáçova. Tem 101 anos, e é o último conquistador de Ceuta vivo.”
“- Estou agora a lembrar-me que em sua sandice a pobre rainha chamava muitas vezes pelo rei Filipe, seu marido; também gritava por seu pai, o rei Fernando… E chamava também muitas vezes por um outro nome.
- E qual era esse nome?
- Vasco.
- Que nome bonito. Seria o nome desse cavaleiro misterioso?
- Estou persuadida que sim, pois quando chamava por esse nome, Sua Alteza segurava esta girafa.
- E de onde veio esta girafa?
- Não sei onde a fizeram, mas o grupo que representava os autos vinha de Olivença.
- Olivença? Que terra é essa?
- Não sabes? Olivença é terra de Portugal, para as bandas da nossa Badajoz.”

06 outubro 2013

Unidade equivalente de vinte pés


Ou seja, um TEU (twenty feet equivalent unit).
Há dias fui visitar o terminal de contentores de Sines. Ainda não foi "a visita" mas já deu para um "aperitivo".
À medida que as explicações que davam aos visitantes avançavam, cada vez eram mais os olhares interrogativos: o que é que são "teus"?

A alguns expliquei... e também porque é que não se diz apenas "contentores": porque há muitos, cada vez mais, de 40 pés, ou seja de 2 TEUs.
Mas gosto de ver estes "zingarelhos". E dos jogos de cor das "paredes" de contentores.

26 setembro 2013

Praia da Barradinha






Sem areia e com uma ribeira a desaguar. Realmente bonita.

19 setembro 2013

Farol de D. Fernando


Finalmente, este ano, consegui ir visitar o farol que tem a maior óptica que existe nos faróis portugueses e uma dos dez maiores do mundo: um aparelho lenticular de Fresnel de 1330 mm de distância focal, com três painéis ópticos de 8 metros quadrados com 3,58 m de altura, flutuando em 313 kg de mercúrio.
    Latitude 37º 01,45' N
    Longitude 08º 59,71' W
    Principais características:
    Altura: 28 m
    Altitude: 86 m
    Alcance: 32 M
    Luz: Fl W 5s

Este farol começou por ser uma albergaria para peregrinos, fundada por D. Afonso III em 1260. Entre 1279 e 1325 D. Dinis transformou-o num convento conhecido por Convento do Corvo, da ordem de São Jerónimo.

Em 1516 passou ao cargo dos religiosos capuchos e em 1520 existia já uma luz, “um pequeno Pharol, naturalmente muito rudimentar, em uma torre especial do convento” que os frades capuchos mandaram acender e uma fortaleza que o envolvia e defendia. Em 1587 o convento e a fortaleza foram atacados e destruídos por Francis Drake e o farol manteve-se apagado até 1606, quando voltou a ser ocupado pelos frades.

Em 1846 o governo de D. Maria II manda ali instalar o farol que entrou em funcionamento em Outubro de 1846 mas esteve votado ao abandono durante largos anos, até que em 1897 foram feitas obras só concluídas em 1908. Nessa altura foi instalada a actual óptica.
O farol foi electrificado em 1926, passando a utilizar como fonte luminosa, a incandescência eléctrica. Em 1982 foi dotado de diversos automatismos e, em 2001, foi instalado um autómato programável para a rotação da óptica.
Sim, trata-se do farol que está instalado no cabo de São Vicente.

fonte: "Faróis de Portugal", Marinha Portuguesa. Ciência Viva e www.monumentos.pt

11 setembro 2013

Por baixo da superfície...






Fotografia gentilmente cedida por MCSA

05 setembro 2013

Por terras do Ocreza


O rio Ocreza é um afluente da margem direita do rio Tejo (entre o Pônsul e o Zêzere). Nasce na serra da Gardunha e corre para sul, sempre a acompanhar a "margem direita" da A23, até quase à foz. Logo na zona da Cova da Beira é bem visível a albufeira da Marateca (Santa Águeda) e quem fizer a estrada da A23 para Proença-a-Nova também pode ver umas bonitas imagens da albufeira de Pracana.
(mapa extraído da Carta Itinerária de Portugal do Instituto Geográfico do Exército (clique para ampliar))

O nosso passeio andou pelo troço médio do rio.

A ideia era fazer um piquenique nas margens do rio, perto de Sarnadinha (na foto de cima), mas não encontrámos sombra onde nos pudessemos sentar.

Mas como um dos objectivos era passar pelas Portas do Almourão, o piquenique foi mesmo num dos miradouros (não, infelizmente não tem parque de merendas mas como os miradouros têm uns belos estrados de madeira foi mesmo aí). E como podem ver, vale a pena!


O dia acabou na praia fluvial da Fróia, desta vez com bastante menos água (e com mais gente) do que da última vez em que lá estive, mas sempre muito bonita.