
E a segunda imagem (além do aqueduto que já nos acompanha desde perto da Azóia) é o domo, e o respectivo lanternim, da "Casa da Água" (ou Mãe de Água como há quem assim lhe chame). E para quem, como eu, já foi muitas vezes para essas bandas, a imagem tinha qualquer coisa de estranho que não consegui identificar logo: ok, a pintura era recente, mas não era só isso...

Mais perto, dá para perceber que está em curso uma grande intervenção, destinada a recuperar uma das "grandes obras" mandada empreender em 1770 (juntamente com as já referidas reparações da igreja e a construção da "Casa da Ópera"), por D. José I (que era juiz da Irmandade): a Casa da Água e o aqueduto que trazia água desde a Azóia até ao Santuário.
Já nessa altura, quando ainda não existiam "Dias Mundiais da Água", havia preocupação com o abastecimento das populações, mesmo que deslocadas.

(clicando na foto dá para ampliar)
A construção da casa da água, que serviria "para descanso e refrescamento e lazer", incluía o aqueduto e vários tanques de abastecimento na horta-jardim, que forneciam água e alguns alimentos aos romeiros. Na fotografia abaixo está representado um dos inúmeros tanques da Casa da Água, o único que fica no exterior e que recebe a água através de uma caleira existente no cimo do muro.


