21 setembro 2009

O "castelo dos mouros", em Sintra

O castelo dos Mouros constituía o centro de defesa e controle sobre um território vasto, essencialmente rural, no extremo ocidental do Garb al-Andaluz, o que aconteceu durante pelo menos cerca de quatro séculos, isto é, desde a sua fundação até momentos imediatamente posteriores à Reconquista. Pela sua situação geográfica e robustez, era considerado, juntamente com o castelo de Santarém, um dos principais pontos da estrutura militar da Belata - província muçulmana que corresponde mais ao menos ao Ribatejo e Estremadura.
Instalado num dos cumes sobranceiros da Serra de Sintra, numa área de “caos de blocos”, o castelo dos Mouros implanta-se sobre um forte maciço rochoso que, a Noroeste e Norte é aproveitado como defesa natural intransponível, e domina toda uma vasta região de plataformas calcárias circundantes constituídas por terrenos agrícolas.
O castelo apresenta uma planta irregular e é formado por dupla cintura de muralhas. Na muralha exterior abrem-se portas de acesso em rodísio.
A segunda cintura de muralhas inclui cinco torres, de planta quadrangular e uma circular, junto às quais existem ainda vestígios de antigas construções.
No perímetro do castelo existem vários silos árabes, actualmente bastante entulhados.
Existem duas fases distintas de construção: uma mais antiga, datada dos séculos IX-X, e uma segunda fase, que inclui a edificação de algumas das torres existentes e a ampliação do recinto amuralhado, para um grande albacar, tendo em vista a protecção da população ali concentrada, o que é confirmado pela existência de uma cisterna localizada à entrada do castelo.
Em 1147, após a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, o castelo entregou-se voluntariamente aos cristãos e D. Afonso Henriques confiou então a sua guarda a "30 povoadores" a quem concedeu privilégios através de carta de Foral.
Nos séc. XIV-XV o desenvolvimento da vila velha de Sintra, levou ao lento abandono do castelo.

14 setembro 2009

Um passeio na Bretanha: Pointe du Raz

O 4...
Desta vez vista de terra.
A Pointe du Raz, é uma área protegida "Grand Site de France" de que já falei aqui a propósito do Raz de Sein.
Indo por terra, até ao Cap Sizun, chega-se a uma grande área de estacionamento, pago, junto à "Maison du site". Neste local, para além do centro de interpretação, existe uma grande esplanada, circundada por crêperies e lojas.
No centro de interpretação existe uma exposição permanente, é exibido um filme sobre o local e as suas especificidades e pode-se apanhar um autocarro a gás que vai até ao farol/semáforo.

E assim, depois de uma óptima "gallette complète" e de uma taça de cidra (cidre brut, pois claro!), apanhámos o autocarro (também se pode ir a pé mas demora cerca de 20 minutos e o tempo era um recurso escasso).
A Pointe du Raz é daqueles sítios onde vale a pena ir, quanto mais não seja pela vista: ao fundo vê-se a ilha de Sein e a separá-los o famoso Raz de Sein, desta vez sossegado apesar do tempo farrusco.
A norte, entre esta e a Pointe de Van localiza-se a baía dos Trépassés (nome "conquistado" devido aos inúmeros naufrágios que aconteciam nesta zona)

09 setembro 2009

Um passeio na Bretanha: de Quimper até à Pointe de Penmarc'h

Ou seja do 0 ao 3...
O ponto de chegada foi Quimper, já que o interesse da envolvente permitia ficar 2 noites.
Da cidade florida partimos um pouco para Sul e fomos espreitar Pont Aven, a "cidade dos pintores", junto ao rio do mesmo nome.
Percebe-se porque serviu de base a uma escola de pintura, mas está um bocadinho turística de mais.
Depois fomos "picando" a margem direita, cheia de ostreículturas que vendem "au détail", até Port Manech e de lá fomos espreitar Concarneau com a sua vila fortificada:
No caminho para a Pointe de Penmarc'h passámos por Fouesnant e Bénodet, duas terras muito bonitas onde não parámos, e a passagem por cima do estuário do l'Odet é espectacular.
Em Eckmühl, na Pointe de Penmarc'h, os faróis acumulam-se: a torre onde acendiam as fogueiras, o farol antigo, o farol actual e o semáforo e ainda uma exposição com a história dos faróis.
Também dá para perceber porquê:

É engraçado que o farol de Eckmühl está mesmo no meio da povoação!

Um passeio na Bretanha

Desta vez o passeio foi de carro: 1600 + 1600 km de Lisboa à Bretanha e volta, e mais 2300 km de passeio pelo país dos corsários, das grandes marés, dos megalitos e dos celtas...
E sim, 44 etapas! E mais duas suplementares no caminho de regresso...
Mas não, não vão sair daqui 46 artigos sobre a viagem... Algumas destas etapas terão direito a honras de um artigo específico, mas outras vão ser agrupadas e contadas em conjunto.
Aqui ficam para já alguns apontamentos sobre a viagem:
1 - Nunca passem por Bordéus em hora de ponta: é muito pior do que fazer a 2ª circular!
2 - Na Bretanha faz bom tempo várias vezes ao dia! E sobretudo, não chove, mas por vezes a "condensação" é muita! O que pode atrasar alguns percursos de carro...
3 - O nosso carro de apoio portou-se muito bem!
4 - O frigorífico de ligar ao isqueiro deu imenso jeito
5 - A Bretanha é "província": muitos restaurantes deixam de servir às 14h e quase todos às 21h30
6 - O mapa da Michelin à escala 1:200 mil tem os caminhos TODOS!
As cartas de apoio são da Via Michelin in www.viamichelin.fr

03 setembro 2009

Rio Sabor

França, Parque Natural de Montesinho.