31 outubro 2019

Samhain: um novo ano que começa

Esta é a noite de transição entre a estação clara e a estação escura, dando início a um novo ano. Mas é também a noite em que se estabelece o contacto entre o mundo em que vivemos e o outro mundo, o dos deuses, e uma das passagens é através da água.

Bliadhna mhath ùr duit!! Bom Ano Novo!

27 outubro 2019

Namíbia / Etosha IV

Na parte central do Etosha, existe uma depressão a que chamam o Pan de Etosha. É uma área plana, desértica e salina, que ocupa uma área de cerca de cinco mil quilómetros quadrados. 
Ao longe, parece um enorme lago e poucos se aventuram a atravessá-lo. No entanto, quando chove, a grande maioria desta área transforma-se numa lagoa para onde, dizem, são atraídos enormes bandos de flamingos e pelicanos.
Os javalis africanos convivem serenamente com as outras espécies.
Quando a sede aperta.
Os gnus passeiam descontraidamente, embora sempre atentos...
e, os esquivos springboks, pintalgam a paisagem aqui e ali. Quase no fim do dia, três leoas passeiam-se mesmo ali, à nossa frente. Embora tenhamos ouvido registos da localização de bastantes leões, este foi o único bando  que vimos. Agora, era hora de voltar ao lodge e, na manhã seguinte, regressar a Windhoek, para passarmos o nossos últimos tempos na Namíbia.

21 outubro 2019

Namíbia / Etosha III

E a fábula continuava... avestruzes
chacais e galinhas-do-mato...
marabu...
dik-dik...
rinocerontes pretos...
e, ao fim da tarde, um leopardo a descansar...

18 outubro 2019

Namíbia / Etosha II


A posição em que as girafas se colocam para beber água, mostram que a altura trás alguns problemas quotidianos...
Numa planície, localizámos estas chitas, bastante longe...
As crias são todas iguais quando o sono chega; independentemente do local, adormecem...
São realmente magníficos; numa feira de rua em Swakopmund, tive o privilégio de encontrar e comprar uma bengala lindíssima feita de corno de órix, com um suricata de madeira, talhado à mão e encastrado, como cabo. 
Pois... aqui não será o chamamento da selva, mas do Etosha era de certeza! Junto a um waterhole, centenas de animais de todas as espécies, excepto carnívoros, aglomeravam-se desta forma. 
Estivemos bastante tempo, com o carro parado, a contemplar um espectáculo inesquecível que, ao longo dos dias que por lá andámos, não se tornou a repetir. 

14 outubro 2019

Ainda no Geopark da Serra da Estrela: as Salgadeiras


As Salgadeiras são um conjunto de lagoas, de baixa profundidade e de origem glaciar, que se localizam na zona mais alta da Serra da Estrela e bastante perto da estrada que liga a Torre ao Sabugueiro, do lado direito, pouco depois de passar a estância de ski.
As lagoas são francamente bonitas e a paisagem em volta é deslumbrante. Vale bem a pena o passeio, de lagoa em lagoa, nem percebi quantas são: à frente há sempre mais uma.


Os pequenos espelhos de água, relativamente abrigados do vento, dão origem a uns reflexos bem bonitos dos blocos de granito e das plantas silvestres.

As rãs (e as relas) também fazem parte da paisagem e, pelo menos na Primavera e início do Verão, quando ainda há bastante água, são exímias em dar concertos que vão em crescendo à medida que se aproxima o fim do dia.

Algumas das camadas rochosas têm também uns efeitos curiosos, como esta espécie de calçada dos gigantes.

Esta foi a lagoa de que gostei mais, com ar de "piscina infinita". Se estivesse mais calor (ainda havia manchas de neve na proximidade apesar de já ser Verão) teria arriscado o banho.

06 outubro 2019

Namíbia / Etosha I

E eis-nos chegados ao Parque Nacional de Etosha. Criado em 1907 pelo governador da então colónia alemã de África do Sudoeste, este território não era vedado, permitindo assim a migração dos animais; ocupava na altura cerca de oitenta mil quilómetros quadrados.
No entanto, ao longo do século XX foi sofrendo reduções até 1970, ano em que atingiu a sua área actual, com cerca de vinte e três mil quilómetros quadrados. 
As condições existentes no Etosha fazem-no único no que toca à observação da vida animal, dado que a aridez do terreno e a escassez de pontos de água faz com que os animais, mais cedo ou mais tarde, se reúnam nos waterholes.
No entanto, ao longo dos três dias que por lá andámos, pudemos constactar que todo o parque fervilha de vida, mesmo nos locais mais inóspitos.
Percorremo-lo sem recorrer a guias e, francamente, não nos arrependemos, já que a autonomia que tivemos não impediu, de forma nenhuma, a localização dos animais; aliás, não foi uma nem duas vezes que os próprios guias do parque paravam e nos diziam onde tinham observado determinado animal.
Pernoitámos no Mondjila Safari Camp que fica a uns 30 quilómetros de uma das portas de entrada. Bastante acolhedor e com funcionários muito simpáticos. À noite, os empregados davam-nos as últimas novas sobre alguns avistamentos e nós, hóspedes, trocávamos impressões nas mais diversas línguas sobre o que se tinha passado durante o dia, sobretudo se tivéssemos visto algum dos animais mais esquivos.