26 maio 2022

Gorongosa 2022: o primeiro dia, de tarde

À tarde, depois de uns 10 minutos de discussão, com muita consulta aos tais guias de telemóvel, sobre se aquele guarda-rios era um de cabeça cinzenta ou de cabeça castanha, lá os convenci a fotografar o "passarito", para verem mais tarde o que seria, e seguimos viagem.

A águia cobreira "castanha" (Circaetus cinereus) também suscitou algumas dúvidas.


E depois mais um guarda-rios... (neste chegaram a consenso mais depressa) E entretanto começámos a ver os bandos de aves a regressar a casa. Não, não é o ecrã que está sujo, são mesmo dezenas ou centenas de aves a "sujar" a paisagem. E um hipopótamo que ia olhando para nós, será que também queria o "tradicional" gin tónico do pôr do sol? Que mais uma vez estava lindo! O Sungué não desaponta nunca. E era também hora de nós regressarmos. Com a lanterna íamos tentando ver a fauna nocturna e demos com esta tartaruga que atravessava calmamente a estrada mas acelerou consideravelmente quando nos viu!

25 maio 2022

Gorongosa 2022: o primeiro dia, de manhã

Este foi um dia bastante dedicado às aves. Ia no safari um casal que dizia que ainda eram novatos nessa matéria mas depois tinham uns guias nos telemóveis onde consultavam tudo o que viam...
Começamos pelos gansos: um grande grupo de gansos da Gâmbia (Plectropterus gambensis), que é o maior ganso do mundo. Por lá existiam muitos.
E na mesma zona estava também um guarda-rios, um dos muitos que existem por lá e que são muito mais fáceis de fotografar do que os de cá.
Pouco depois foi a "pior" parte. Vimos uns três ou quatro mabecos e como ficaram todos entusiasmados andámos à procura onde estariam os outros, que entretanto vieram ter com os primeiros (era uma alcateia de mais de 20), e ficámos por ali mais de meia hora a olhar para os bichos. Como são cuscos vieram ver o carro e aí foi a grande apoteose e foi-se metade do safari assim... Finalmente fizemos uma paragem para beber café junto de uma das lagoas (esta costuma ter "sempre" água) que é o "paraíso" das cegonhas de bico aberto africanas (Anastomus lamelligerus), pelo menos nesta altura do ano, mas também das garças e da jacana africana (Actophilornis africanus). E iniciámos o regresso ao acampamento. Mas foi giro ver o parque cheio de água (o que não é muito bom para ver animais porque estão bastante mais espalhados) e com muitas plantas aquáticas.
Por fim ainda vimos um bonito varano.

23 maio 2022

Gorongosa 2022: a chegada

Desta vez fui por Chimoio. Perdia a hipótese de ir de avioneta desde a Beira até ao Parque Nacional da Gorongosa mas podia chegar no próprio dia (os voos de Maputo para a Beira são de manhã muito cedo, antes da chegada do voo da TAP, ou ao fim do dia, e para Chimoio são a meio/fim da manhã) e ganhar um dia de safaris. Arrependi-me um bocado porque, se a EN6 está bastante boa, a partir de Inchope e até ao desvio para o Parque, a EN1 é um mar de crateras! e demorámos umas duas horas para fazer cerca de 40 km. Foi uma festa ver o rio Pungué: significava que estávamos quase! Quando entrámos na picada mais uma surpresa: o que é que fazia um camião TIR ali? Vá lá que foi simpático e encontrou uma zona mais larga para nos deixar passar. E finalmente estávamos na entrada do Parque! Eu até gosto de entrar por ali, começamos a ver alguns animais e a floresta é muito bonita, mas depois daquele trajecto pela EN1 já estava a ficar escuro. Mesmo assim ainda deu para ver algumas impalas e uma inhala que passeava pela estrada.

20 maio 2022

Gorongosa 2022: os "meus" grous

Há uns anos, com uma fotografia de uns grous coroados "apanhados" junto ao rio Sungué, no Parque Nacional da Gorongosa (ver aqui a história), ganhei um prémio que incluía uma estadia no Parque.
Mas a história teve sequência: quando fui "receber" essa parte do prémio, fui visitar o Laboratório EO Wilson e fiquei a saber do mestrado que estavam a programar e que a matéria de algumas aulas que eu ensinava poderia interessar nesse mestrado.
E assim, em 2018, fui "arrolada" como professora desse mestrado. Nesse ano dei a primeira edição do meu módulo, que já se repetiu duas vezes. Gosto sempre muito de ver e fotografar estes grous quando lá regresso. Aqui ficam de novo, desta vez estavam empoleirados numa árvore a tratar das limpezas matinais ;)

09 maio 2022

Ao fim da tarde, em Montargil...

Nada como retemperar as forças em locais, onde a água, o campo e o calor se articulam no silêncio, quebrado aqui e ali por uma ave mais noctívaga, mas sempre de uma forma harmoniosa.