A 1 de Março de 1160, D. Gualdim Pais, Grão-Mestre da Ordem dos Templários ordena a construção de um novo castelo, num morro sobranceiro à margem direita do rio Nabão. Ao mesmo tempo, deu-se início à Vila de Tomar. Este, foi um dos prémios, pela preciosa ajuda dada a D. Afonso Henriques nas diversas conquistas, com destaque para a de Santarém, em 1147.

Cavaleiros indomáveis, resistem em 1190 ao grande cerco promovido pelo rei de Marrocos em que, definitivamente, provam não só as suas grandes capacidades militares, como também a indispensabilidade da sua presença na defesa da linha que ia do Mondego ao Tejo.

O poder militar e económico dos Templários cresce, não só em Portugal mas também em toda a Europa e, numa sexta-feira, dia 13 de Outubro de 1307, Filipe o Belo, rei de França e Clemente V, papa de Avinhão, ordenam a prisão geral destes Cavaleiros, acusando-os de heresias várias e condenando-os à tortura e à fogueira, destino a que não escapa o próprio Grão-Mestre, Jacques de Molay.

D. Dinis, prevendo o inevitável, acciona mecanismos diplomáticos com Castela, conseguindo no processo de Salamanca, em1310, a declaração de inocência de todos os Cavaleiros das regiões ibéricas. Através de astuciosas interpretações jurídicas, o património dos Templários existente em terras portuguesas transita totalmente para a nova Ordem de Cristo, instituída a 14 de Março de 1319 a pedido de El-rei D. Dinis de Portugal.

Esta, acabou por ter um papel fundamental na nossa primeira grande Epopeia, tendo o Infante D. Henrique, Grão-Mestre da Ordem de Cristo, sido um dos principais obreiros dessa fabulosa aventura que os portugueses viveram.

O actual Convento de Cristo é pois, um monumento que em si mesmo congrega a história e estilos arquitectónicos que vão do século XII ao século XVIII, sendo sobretudo os estilos artísticos ligados aos descobrimentos, aqueles que são hoje mais visíveis.