Painel de azulejos do Palácio Galveias (Câmara Municipal de Lisboa)
Lisboa. 1 de Dezembro de 1640.
pelo nosso enviado especial*
pelo nosso enviado especial*
Com o soar das badaladas das 9 da manhã no relógio do paço, um grupo de conjurados entrou no Paço, deu morte a Miguel de Vasconcelos, secretário da Duquesa de Mantua e por isso símbolo da regência de Espanha, e tomou posse das fortalezas e locais estratégicos da cidade de Lisboa.
Ainda antes do meio-dia, o governo interino enviava a notícia ao novo Rei e correios para as principais cidades e vilas de Portugal informando da aclamação do duque de Bragança como D. João IV, Rei de Portugal.
Estava restaurada a Independência de Portugal!
Este processo foi o culminar de um descontentamento que vinha de longe. Consta que já em 1634, três dos futuros conjurados - D. Antão de Almada e Francisco e Jorge de Melo - se juntavam para procurar forma de repôr em Portugal "um rei verdadeiro". Mas é em 1638 que começam as movimentações dos fidalgos conjurados, face aos descontentamentos provocados pelas reformas propostas por Madrid, designadamente a da transformação do reino de Portugal em província.
A participação do Duque D. João II de Bragança no "Conselho de Guerra" extraordinário de Lisboa, que teve lugar no Verão de 1639, terá sido determinante para dinamizar todo o processo: por um lado o "banho de multidão", que mostrou bem o "amor dos Povos" e o seu desejo de mudança; por outro, a estadia em Almada possibilitou os primeiros contactos entre o duque de Bragança e a fidalguia portuguesa. A revolta da Catalunha, em Junho de 1640, que desviou de Portugal as atenções de Filipe IV, terá também tido importância crucial.
Durante cerca de um ano os conjurados procuraram assegurar a participação popular e do corpo eclesiástico, até que no final de Novembro foi conseguido o assentimento do duque de Bragança, que decidiu que a aclamação teria lugar em Lisboa e não em Évora como inicialmente previsto.
No próximo dia 15 de Dezembro às 12h, terá lugar, no Terreiro do Paço, o juramento solene do novo Rei de Portugal, D. João IV.
Veja também Milhas Náuticas. 1º de Dezembro de 1640
*com a colaboraçao de Leonor Freire Costa e Mafalda Soares da Cunha, em "D. João IV", Círculo de Leitores
8 comentários:
Viva Portugal!!!
Independência sempre!!!
e muito obrigada senhores conjurados por nos terem restituído o nosso País...
Aos que ainda hoje sentem que a Pátria é qualquer coisa de misterioso, feita com Alma e misturada com Terra, as minhas Saudações!
Aos Conjurados, a minha mais profunda homenagem!
Vivam os Senhores Conjurados!
viva senhor Chico Zé! há muito tempo que não aparecia por aqui!!!
já vi que não se esqueceu dos conjurados... é bom que haja quem se lembre destes feitos!!
cumprimentos à Maria dos Trigais e ao Francisquinho, sim? e apareçam!!
É sempre bom recordar a nossa história, porque infelizmente há muito bom português que não a sabe ou já se esqueceu e porque é feriado nacional no dia 1º de Dezembro.
E então quando é bem contada.....
Parabéns.
Diz-me o vento, que no actual Portugal são cada vez mais os traidores e os vendidos. É bom sentir alguém do meu lado da barricada...
Somos a única nação da Península Ibérica que conseguiu conquistar a sua liberdade. Um agradecimento muito especial à Catalunha que, tendo lutado por ela não o conseguiu, embora indirectamente nos tenha ajudado bastante a estarmos fora da federação castelhana a que chamam Espanha.
Quero mais uma vez agradecer aos Senhores Conjurados terem restaurado a independência do País que ajudei a criar.
Agradecimento que extendo a todos os que se orgulham de ser Portugueses e que por isso, mesmo nas pequenas coisas do dia a dia contribuem para manter vivo o espírito do "nosso" Portugal!
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