26 setembro 2020

Forte de Almádena / Forte de S. Luís

Este forte, situado no barlavento algarvio, foi mandado construir pelo Conde do Prado, Governador e Capitão General do Algarve no século XVII.
O objectivo era defender as armações de pesca "dos atuns e da costa" contra as investidas dos piratas, sobretudo oriundos do Norte de África e do Norte da Europa.
Segundo a tradição, foi mandado erigir em cima de um templo consagrado a Neptuno, deus romano dos mares.
Do lado de terra, a porta era defendida por dois baluartes e fosso com ponte levadiça, tendo uma praça de armas com uma pequena capela que servia também de posto de vigia. 
As baterias estavam todas viradas para o mar, podendo ter uma guarnição máxima de seis homens. Os últimos usos militares que se conhecem datam do século XIX, tendo em vista a vigilância do contrabando que se verificava na costa.  

06 setembro 2020

Castro da Cola


Quando se vai na autoestrada para o Algarve, por alturas de Ourique, aparece uma daquelas placas indicativas de património a referir o Castro da Cola. Andava há anos para ir lá, pelo menos desde que tinha visto o programa do José Hermano Saraiva sobre Ourique (ver aqui, a partir do minuto 16). Mas é preciso sair da AE em direcção a Ourique, percorrer cerca de 11 km no IC1 e depois sair à direita (está assinalado) e percorrer cerca de 4 km por uma estradinha onde tudo está muito mal assinalado embora exista no local uma igreja com uma romaria anual e um restaurante "bastante" afamado. Ou seja, pouco prático sobretudo se for "a meio do caminho".
Mas desta vez calhou sair de perto dali e fui mesmo espreitar.
O castro também mal se vê dado que a organização do espaço no local está focada na romaria e no restaurante (admito até que haja quem vá ao restaurante e nem dê por ele).
Mas como sabia do que ia à procura, percebi que o que eu procurava estava no cimo do monte.
Subindo a colina vai-se dar à "porta de entrada", virada a Sudeste.

Mas só depois de se passar uma espécie de "ante-câmara" do povoado é que se percebe que ele era bastante grande.

Vêem-se ainda muitos vestígios das anteriores construções, ou seja consegue-se perceber onde existiam casas, provavelmente porque o castro e a sua envolvente terão sido habitados até aos séculos 14 ou 15.

Um dos elementos mais interessantes e mais bem conservados é a cisterna (pensava que tinha tirado uma fotografia mais abrangente da cisterna mas não dou com ela).

As muralhas parecem ser (ou ter sido) bastante sólidas.

E vendo lá de cima percebe-se que a localização foi bem escolhida: os meandros do rio Mira e um dos seus afluentes quase que transformam a colina numa península.

Pelo que se percebe do esquema abaixo (clique para ampliar) a ocupação abrangeria uma envolvente bastante grande mas essa então não está mesmo visível.

Encontra-se mais alguma informação nas páginas do SIPA e do Portal do Arquéologo.

02 setembro 2020

Junto ao Cabo Espichel

De facto é engraçado como a nossa costa vai mudando abruptamente de características.
Andando de Norte para Sul, entre o Meco e o Cabo Espichel, 
começamos por observar arribas de formação arenosa quase a caírem e, um pouco mais à frente,
formações rochosas sólidas, com grutas que oferecem segurança e que nos fazem querer ir rapidamente para dentro de água explorar o que se passa lá em baixo...