24 maio 2021

Os 50 anos do PNPG (3)

A serra do Gerês é terra de águas, é nesta zona que ocorrem os maiores níveis de precipitação, que vão abastecer inúmeros rios e ribeiras e se formos lá como aconteceu neste Janeiro de 2012, há água por todo o lado, incluindo vinda do céu.
Os pequenos cursos de água, porventura temporários e associados à época, correm por entre enormes calhaus, tornando as florestas dignas de um reino de fadas e elfos. Uma das cascatas de que mais gosto, e que visito sempre que posso, é a cascata do Arado. No Inverno está decorada com medronhos e azevinhos, mas a cor da água é sempre espantosa, mesmo debaixo de chuva. Mas também fantástico é o conjunto de quedas de água da Fecha das Barjas, no troço terminal do rio Arado. Há quem as conheça por cascatas do Tahiti, pelos vários véus de água que se formam e pela cor da água dos lagos nos inúmeros patamares (em dias de sol), e principalmente na "lagoa" onde encontra o rio Fafião. A descida não é fácil (aliás já falámos delas aqui) e existem inúmeros avisos de perigo, mas mesmo assim no Verão estão cheias de banhistas. O ideal será talvez visitá-las num dia e sol no início da Primavera, com muita água e sem dezenas de pessoas, toalhas e montes de roupa...
Descendo pela margem direita é possível admirar as "piscinas" e quedas de água, mais ou menos abruptas, e chegando ao seu encontro com o rio Fafião é toda uma parede revestida de água que mostra que valeu a pena o esforço para lá chegar.

14 maio 2021

Os 50 anos do PNPG (2)

Em Junho de 2013 a serra da Peneda estava toda florida. Embora em muitos locais as acácias dominem a paisagem também há urzes e afins por todo o lado.
E quando se entra na floresta
há água por todo o lado, umas vezes mais evidente
outras mais escondida.
Mas a vegetação mostra bem a presença da água.
Também são interessantes os segredos que se encontram nas aldeias, como esta casa à espera de melhores dias,
e este tanque ainda em utilização.

08 maio 2021

Os 50 anos do Parque Nacional da Peneda Gerês (1)

O PNPG, o nosso único Parque Nacional, celebra hoje 50 anos.
E achei que podia ser giro assinalá-los com uma retrospectiva de 50 fotos. Que começa no Outono de 2015, o que significa que já não vou aquelas maravilhosas serras há quase 6 anos (embora até tenha andado por perto). Desta vez como o objectivo era o Outono, comecei pela albufeira de Vilarinho da Furna (fotografia de cima), e segui pela Mata da Albergaria, estrada bem antiga que conserva os marcos romanos (e provavelmente foi construída sobre um caminho ainda mais antigo), ao longo do rio Homem, até encontrar a estrada entre a vila do Gerês e a Portela do Homem. Nessa zona havia alguns lameiros bem bonitos, a mostrar uns pastos verdejantes, e outros mais disfarçados no meio da floresta. Passada a fronteira (a travessia do Xures é sempre um bom atalho e ainda por cima bonito), ainda fui espreitar as penedias da Peneda, e, para o fim, ficou uma passagem pelo Mezio.