24 maio 2021

Os 50 anos do PNPG (3)

A serra do Gerês é terra de águas, é nesta zona que ocorrem os maiores níveis de precipitação, que vão abastecer inúmeros rios e ribeiras e se formos lá como aconteceu neste Janeiro de 2012, há água por todo o lado, incluindo vinda do céu.
Os pequenos cursos de água, porventura temporários e associados à época, correm por entre enormes calhaus, tornando as florestas dignas de um reino de fadas e elfos. Uma das cascatas de que mais gosto, e que visito sempre que posso, é a cascata do Arado. No Inverno está decorada com medronhos e azevinhos, mas a cor da água é sempre espantosa, mesmo debaixo de chuva. Mas também fantástico é o conjunto de quedas de água da Fecha das Barjas, no troço terminal do rio Arado. Há quem as conheça por cascatas do Tahiti, pelos vários véus de água que se formam e pela cor da água dos lagos nos inúmeros patamares (em dias de sol), e principalmente na "lagoa" onde encontra o rio Fafião. A descida não é fácil (aliás já falámos delas aqui) e existem inúmeros avisos de perigo, mas mesmo assim no Verão estão cheias de banhistas. O ideal será talvez visitá-las num dia e sol no início da Primavera, com muita água e sem dezenas de pessoas, toalhas e montes de roupa...
Descendo pela margem direita é possível admirar as "piscinas" e quedas de água, mais ou menos abruptas, e chegando ao seu encontro com o rio Fafião é toda uma parede revestida de água que mostra que valeu a pena o esforço para lá chegar.

2 comentários:

Laurus nobilis disse...

Estás a fazer-me ter saudades.

garina do mar disse...

as cascatas do Gerês são lindas!!!