30 março 2016

O Museu do Vasa

A 10 de Agosto de 1628, o Vasa, um galeão sueco mandado construir pelo Rei Gustavo Adolfo II, afundou-se no porto de Estocolmo logo após ser lançado à água, tendo navegado menos de uma milha náutica.
Mede 69 metros da proa à popa e pesa cerca de 1200 toneladas, tendo dois convés sobrepostos e fechados, destinados a albergar canhões.
A causa do desastre, foi o facto do Vasa ter sido construído com uma parte superior muito pesada e, simultaneamente, ter sido colocado no fundo do navio uma quantidade insuficiente de lastro. 
O navio naufragado foi resgatado em 1961, após 333 anos sob as águas frias e salobras do Mar Báltico. O facto de não existir grande quantidade de sal na água, foi decisivo para a preservação do Vasa. 
Foram encontrados milhares de artefactos, tais como armas ligeiras, canhões, ferramentas, loiças, moedas e talheres, assim como os restos mortais de, pelo menos,15 marinheiros.
Muitas peças deste espólio encontram-se expostas no museu, sendo de salientar que 98% da reconstrução do navio foi efectuada usando  as técnicas próprias da construção naval sueca do séc. XVII. 95% do casco original do Vasa estava preservado e, com se pode observar, decorado com centenas de figuras esculpidas em madeira.
A conservação deste galeão constitui uma tarefa permanente, dependendo em larga escala da manutenção de condições de temperatura e humidade constantes. Outro problema com que o navio se defronta hoje em dia, tem a ver com o facto de, devido aos poluentes existentes na água, se terem formado ao longo dos anos grandes quantidades de enxofre, que se foi alojando na madeira. Agora, fora de água, o enxofre reage com o oxigénio, transformando-se em ácido sulfúrico, o que, como é óbvio, é nocivo para a madeira. Ou seja, a investigação para a conservação deste exemplar único da marinha de guerra do séc. XVII continuará ainda por muitos e muitos anos.
Réplica em miniatura do Vasa

21 março 2016

Covão da Ametade (1)


A assinalar simultaneamente o Dia Mundial da Floresta que se comemora hoje e o Dia Mundial da Água que se comemora amanhã, deixamos aqui umas imagens da linda mata de bétulas do Covão da Ametade, no Parque Natural da Serra da Estrela,

e do rio Zêzere que nasce nas magníficas escarpas graníticas que dominam este local.

15 março 2016

Astérix e a Guerra das Gálias


Os comentários sobre a Guerra das Gálias (Commentarii de Bello Gallico) de Júlio César foram durante muitos anos a melhor fonte de informação sobre os Celtas e mais particularmente sobre os Gauleses.
Com efeito, estes povos não deixaram informação escrita e mesmo as suas aldeias, maioritariamente construídas em madeira, desapareceram.

Júlio César, como bom militar que era, estudava aprofundadamente os povos que ia conquistar. E as suas notas chegaram até aos nossos tempos e foram detalhadamente analisadas por quem queria estudar o povo Celta.


Actualmente, através da utilização da tecnologia LIDAR (teledetecção por laser, ver aqui), foi possível descobrir as fundações das fortificações desaparecidas, permitindo uma pesquisa arqueológica muito detalhada e chegar a novas informações que, no entanto, não contrariam mas sim complementam as obtidas através dos escritos de Júlio César.

Opinião diferente tem o Astérix. E isso é bem patente no novo livro “Le Papyrus de César” que brilhantemente parodia o livro de Júlio César e a sua "imprecisão" no que respeita à aldeia Gaulesa que nunca conseguiu conquistar.

A ler, quer um quer outro: “De Bello Gallico” (A Guerra das Gálias), de Júlio César e “Le Papyrus de César” (O Papiro de César), de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad.

07 março 2016

Um passeio na Bretanha: Bréhat e Loguivy


De regresso ao meu passeio pela Bretanha, chego agora ao 26 do mapa.

No meu imagínário (em resultado da leitura do livro do Poly na Bretanha ;) ) a ilha de Bréhat era bem maior e mais afastada de terra! Se soubesse que era tão pertinho talvez tivesse programado uma ida lá, assim tive que a ver de longe, a partir de l'Archouest onde se localiza o embarcadoro.

(clicar na foto para ampliar)

Muito engraçada é a enseada de Loguivy (em baixo), quase imperceptível na imagem do Google Maps de cima...


O controlo da pesca nesta zona é tão importante que até nos cafés estão afixados os regulamentos sobre o que se pode pescar.

Também importantes são as balizas de navegação tantas são as rochas e ilhotas semeadas no mar da Bretanha.