29 agosto 2009

No farol do cabo Espichel

Aproveitei também o programa da Ciência Viva no Verão sobre faróis para ir visitar o farol do cabo Espichel, em Sesimbra
Construído em 1870, é um dos mais antigos do país. Foi automatizado em 1989.

Características:
Fl W 4s
Altura: 32 m
Altitude: 168 m
Alcance 26 MN

Actualmente funciona com uma lâmpada de 1000 w (a outra que se vê na foto é suplente).
Apesar de o dia não estar famoso, a vista dali é sempre bonita

21 agosto 2009

Ainda na Arrábida: mais algumas "jóias"

O forte de Nossa Senhora ou de Santa Maria da Arrábida (em cima) foi construído entre 1670 e 1676, por ordem do regente D. Pedro, para reforçar a defesa do convento e do portinho. Durante cerca de 40 anos, até 1976, foi pousada e estalagem (bem gira por sinal). Em 1978 foi entregue ao Parque Natural da Arrábida e desde 1981 é o Museu Oceanográfico de Setúbal (vale a pena visitar).
É uma pena aquele terraço não ser aproveitado para um restaurante.
O Forte de Santiago do Outão (em baixo) começou por ser uma torre de vigilância da barra do Sado, construída em 1390, por ordem de D. João I: uma das mais antigas fortificações marítimas portuguesas.
No 3º quartel do século XVI foi construída a cerca abaluartada em redor dessa torre e, entre 1643 e 1657 foi ampliada a fortaleza. Já no século XIX foi instalado o farol e, em 1890, foi adaptado a residência de veraneio, para o rei D. Carlos (tinha bom gosto!).
Em 1900 foi adaptado a sanatório.
O palácio da Comenda (em baixo), projecto de Raúl Lino, foi construído no início do século XX. O palácio e a quinta que o envolve, onde existem inúmeros vestígios arqueológicos, são espectaculares.

14 agosto 2009

14 de Agosto de 1385

O Campo Militar de S. Jorge testemunha o local onde se travou, a 14 de Agosto de 1385, uma batalha entre dois exércitos régios e um dos acontecimentos mais decisivos da história de Portugal: a Batalha de Aljubarrota.
No campo militar significou a utilização de uma táctica inovadora (experimentada na batalha de Atoleiros), onde os homens de armas apeados foram capazes de vencer a poderosa cavalaria medieval. No campo diplomático, permitiu a aliança entre Portugal e Inglaterra. No campo político, resolveu a disputa que dividia o Reino de Portugal do Reino de Castela e Leão, permitindo a afirmação de Portugal como Reino independente. Tornou possível também que se iniciasse uma das épocas mais grandiosas da história de Portugal, a época dos descobrimentos.
Confrontaram-se dois pretendentes ao trono: D. Juan I de Castela e Leão e D. João I, Mestre de Avis, que fora aclamado Rei de Portugal 4 meses antes nas Cortes de Coimbra. O exército castelhano era numérica e militarmente superior ao português; no entanto, D. Nuno Álvares Pereira que comandava o exército nacional, concretizou um sistema táctico antes e durante o confronto, que acabou por levar Portugal à vitória.
Adaptação de excertos do “Folheto de Divulgação da Fundação Batalha de Aljubarrota”

06 agosto 2009

Da Amoreira à Arrifana (4): o Ribat da Arrifana

Citado em diversos textos islâmicos e por historiadores ulteriores, o ribat al-Rihana (convento-fortaleza), fundado pelo mestre sufi Abû-l-Qâsim Ahmad Ibn al-Husayn Ibn Qasî, na Ponta da Atalaia em Aljezur, só foi identificado, em 2001, pelos arqueólogos Rosa e Mário Varela Gomes.
A análise da informação histórica e arqueológica permite considerar que o ribat terá sido erguido por volta de 1130 e abandonado a partir de 1151, depois do assassinato do líder espiritual seu fundador e da perseguição movida aos seus seguidores.
Nas escavações foram identificados testemunhos arquitectónicos de três mesquitas, com qiblas e respectivos mihrabs, devidamente orientados para Meca, sendo uma delas de grandes dimensões e de construção mais “recente”.
Na extremidade poente da Ponta da Atalaia, localizava-se uma pequena mesquita, um minarete e “muro de orações”. A presença do minarete confere-lhe uma importância que a localização, quase debruçada sobre o Oceano, já indicava.
Na zona central foram identificadas um conjunto de celas, orientadas para nordeste, desde a arriba norte à arriba sul da península da Ponta da Atalaia, que poderão ser alinhamentos de pequenas mesquitas e, mais a poente duas vivendas que poderiam ter pátios.
Na zona mais interior foi descoberto um grande pátio delimitado por muros e dois compartimentos anexos que podem corresponder a uma madraza (escola corânica).
Fonte: textos diversos de Rosa e Mário Varela Gomes