25 fevereiro 2019

Os pinguins de Boulders' beach (1)


A colónia de pinguins de Boulders' beach (boulders são aquelas grandes rochas graníticas arredondadas) estabeleceu-se com a chegada de um casal em 1982, chegando a 3 900 aves em 2005. No entanto em 2011 já se registavam apenas 2 100 aves.

Entretanto a praia e as praias envolventes (actualmente a praia com mais pinguins é a Foxy beach) foram integradas na área protegida marinha do parque nacional de Table Mountain e foram construídos três passadiços, acessíveis a cadeiras de rodas e dotados de painéis informativos, que permitem ver de bem perto os pinguins sem causar danos nos ninhos e nas crias. Têm também sido colocadas caixas ninho.


No entanto na Boulders' beach é possível tomar banho e conviver de perto com estes engraçados animais.

Esta área protegida tem diversos tipos de habitats, desde as plataformas rochosas às faixas de areal

e, claro, o mar onde os pinguins procuram alimento.

Os pinguins africanos (Spheniscus demersus) foram reclassificados em 2010 do estatuto Vulnerável para o estatuto Em Perigo: enquanto que em 1956 o primeiro census detectou 150 mil parelhas reprodutoras, em 2009 existiam apenas 26 mil em todo o mundo. Mais aqui sobre esta espécie.

18 fevereiro 2019

Namíbia - Cape Cross (I)

Quando demos por terminada a visita à parte que nos interessava da Costa dos Esqueletos, rumámos outra vez a Sul, por um caminho diferente, para começarmos a ver, ao longo da estrada, umas bancas de madeira com algo lá em cima...
mais ou menos de 300 em 300 metros, havia um conjunto de três ou quatro, com o que viemos a descobrir que eram pedras de sal das mais variadas cores e formas.
Estão catalogadas e os preços são diferentes consoante o tamanho e beleza; quem queira, limita-se a tirar as que quiser e a deixar, numa lata, o dinheiro correspondente.
Algumas delas, de tamanho considerável, eram realmente muito bonitas... é impressionante ver o que a natureza pode fazer somente com sal e minerais.
Após algumas paragens pelas bancas e ainda antes de almoço, chegámos ao Cape Cross Lodge. Uma verdadeira estalagem, junto à costa, a fazer-nos recuar a tempos idos. Para além de muitos salvados que deram à costa, enormes ossadas de baleias decoram as paredes exteriores do empreendimento.
Segundo rezam as crónicas, o primeiro europeu a chegar a estas paragens foi Diogo Cão, em 1485, tendo chamado ao local Cabo Cruz. O padrão português dos Descobrimentos acabou por ser um dos símbolos do local
e damos com ele desde a porta de entrada, até aos guardanapos de pano que são colocados à mesa, durante as refeições.
Em 2001, como homenagem ao grande navegador, a Embaixadora de Portugal na Namíbia foi convidada a inaugurar o lodge, estando esta placa alusiva à efeméride em cima do balcão da recepção. Para nós, portugueses que se orgulham de o ser, é sempre algo emotivo ver que outros, nestas longínquas paragens, homenageiam os nossos. 
Depois de uma refeição ligeira e de termos examinado mais uns vestígios dos grandes mamíferos que periodicamente cruzam aquelas águas, era tempo de irmos visitar umas das maiores colónias do mundo de lobos-marinhos...

10 fevereiro 2019

Fonte da Pedra em Arraiolos


Quando se sai de Arraiolos em direcção a Lisboa, do lado direito da estrada CM 1018, está a Fonte da Pedra ou Fonte dos Almocreves. E confesso que já passei por ali várias vezes sem dar por ela. Desta vez resolvi que a ia visitar e quando procurava uma placa que a sinalizasse dei com a fonte, mesmo à beira da estrada.

Mas além de mal sinalizada está também muito maltratada. Foi construída em 1821, como aparece escrito por baixo do escudo que a encabeça e que já foi real mas que já não tem coroa. E a água do pequeno tanque, que servia de bebedouro aos animais, estava mesmo muito suja.

Na parte de trás um tanque octogonal tem (ou teve?) funções de lavadouro. A água estava mais limpa mas deixando dúvidas se serviria mesmo para lavar alguma coisa. A cobertura é bastante mais recente, dizem que dos finais do séc. XX.

Na página do Sistema de Informação para o Património Arquitectónico refere que "está em vias de classificação". Na informação dessa ficha pode-se ainda ver o escudo real.

04 fevereiro 2019

Depois da tempestade...


No sábado fui ver o mar. Mas a mudança da direcção do vento e a maré baixa já não deixaram ver senão uns vestígios da tempestade da véspera.

Ainda se viam algumas ondas desencontradas e a superfície coberta de espuma branca mas sem grandes emoções.

Mas vale sempre a pena ver o contraste do azul do mar com as falésias avermelhadas do cabo da Roca,

ou zonas onde a superfície parece de prata,

e até espraiados bem bonitos.

E, está claro, as nuvens também quiseram contribuir.