30 agosto 2019

Namíbia - Ruacana / Kunene

Continuando a nossa viagem para Norte, dirigimo-nos a Ruacana, tendo como objectivo vislumbrar Angola e ver as suas célebres cataratas no rio Cunene. Ficámos alojados no Ruacana Eha Lodge que, diga-se de passagem, estava pouco direccionado para o turismo, embora não existam razões de queixa.
Quando chegámos ao local onde era suposto ver umas fabulosas cascatas completamente verticais com mais de 60 metros, limitámo-nos a olhar para o fundo e ver um riacho, relativamente pequeno... em vez de água a correr, vimos rocha, por onde era possível passear. Com a seca e com a existência de uma barragem a Norte, o Cunene não tinha água suficiente para se mostrar com todo o seu esplendor.
No entanto, há males que vêm por bem e, onde deveria existir uma fronteira natural de água, havia a possibilidade de se entrar, de uma forma pouco ortodoxa, em território angolano. Foi extremamente emotivo, para um de nós, pisar a terra natal, após ter dela fugido em 1975 e nunca mais ter lá voltado. Só por este facto, já tinha valido a pena deslocarmo-nos tão para Norte.
Mais a baixo, o rio tornava a tomar forma e deu origem a inúmeras expedições nas suas margens, realmente muito exuberantes e bonitas. Numa delas, ao pararmos o jipe quase em cima de um rebanho de cabras, veio ter connosco um pequeno pastor, que não devia ter mais de uns 7-8 anos e que, muito excitado por nos poder ajudar, já que não passávamos despercebidos, disse, apontando para a margem angolana: croc, croc...!
Percebemos de imediato que deveriam estar crocodilos visíveis... dois belos exemplares, apanhando Sol e nós, na outra margem, por lá ficámos a olhar, até um deles ter decidido voltar para a água. Belíssimo!
Este rio é uma valiosa fonte de água para a população Himba e que tem sido a razão deste local ter a a maior concentração de habitantes pertencentes a esta etnia que existe na Namíbia. Cruzámo-nos ao longo da estrada com bastantes, sobretudo mulheres e crianças e, efectivamente, as suas aldeias lá estavam. No dia seguinte, o destino seria um dos mais aguardados por todos nós...

26 agosto 2019

Na Estrela, ao luar


Há uns tempos fiz um passeio fotográfico pela Serra da Estrela (que, reparei agora, ainda não publiquei). Com a possibilidade de estar na estrada de Sul para Norte na altura da lua cheia lembrei-me que alguns daqueles rochedos poderiam ficar com uns efeitos engraçados iluminados pelo luar.

Enquanto a lua não nascia fomos ver o pôr do sol no "ponto mais alto".

Mais do que o pôr do sol, que até estava bonito, ficam lindas as paisagens iluminadas pela luz do fim de dia.

Quando a lua subiu fomos descendo pela encosta Nascente. Foi engraçado apanhar a Ursa Maior, qual "grande carro" como também é conhecida noutros países, a "caminhar" sobre a montanha.

Neste caso já parecia mais o trenó do Pai Natal a levantar voo da(s) nascente(s) do Zêzere que escorrem dos vários Cântaros iluminados pela lua.

Um pouco mais abaixo vê-se o pequeno núcleo arborizado do Covão da Ametade, que é alimentado por essa(s) nascente(s).

18 agosto 2019

ISIKO: a National Gallery da África do Sul (2)


Uma das componentes mais interessante do museu é a dos bichos: nos "céus" do museu estão penduradas maquetes à escala natural dos animais marinhos que vivem nos dois Oceanos que banham a África do Sul,

e também esqueletos desses animais.

Em vitrines estão maquetes que procuram representar, também à escala, as famílias dos mamíferos,

das inúmeras aves, também em "poses" naturalizadas,

e depois ainda há alguns que não cabem nas vitrines.

15 agosto 2019

ISIKO: a National Gallery da África do Sul (1)


Achei este museu, onde está reunida a História nacional e natural da África do Sul, muito interessante. Logo à entrada tem a componente pré-histórica, com imagens de grande dimensão da gruta de Blombos onde foram encontradas ferramentas e um tipo de tinta avermelhada, com perto de 100 mil anos, que leva a que seja apelidada como o "laboratório químico" mais antigo do Mundo.

Alguns desenhos encontrados entretanto serão as representações abstractas mais antigas do Mundo, cujo significado é desconhecido mas que os arqueólogos consideram que teria algum significado para quem as fez.

Além destas figuras existe no museu um grande conjunto de outras gravuras e artefactos pré-históricos.

O museu é também um museu de história natural, com muita informação sobre o território, a fauna e a flora terrestres e marítimos da África do Sul,

com destaque, para as espécies de biodiversidade que imortalizam Nelson Mandela (que têm "madiba" no seu nome científico),

e incluindo ainda um planetário digital (que não visitei).

11 agosto 2019

Do rio Sungué ao lago Urema (4): as aves


Uma das grandes atracções dos planos de água da Gorongosa são as aves. Na altura em que fui já não se viam os inúmeros ninhos empoleirados nas árvores que bordejam o Sungué e o lago Urema mas ainda se viam alguns juvenis de pelicano junto dos adultos.
E muita outra passarada como as sempre presentes águias pesqueiras,


as inúmeras garças de vários tipos,


e está claro os gansos do Egipto que já tinha mostrado a nadar e que normalmente se reúnem em grandes grupos

mas que não gostam muito do barulho das embarcações.
E está claro que não podiam faltar os "meus amigos" grous coroados, desta vez apanhados de um outro ponto de vista.

Numa próxima haverá mais...