16 abril 2008

Sem tempo!

Caros visitantes,
vamos ter que suspender durante uns tempos as publicações no Milhas Náuticas, por falta de tempo. A Garina do Mar vai estar durante 3 semanas sem internet e nós estamos mesmo sem tempo para poder assegurar alguma regularidade de publicação. Logo que as coisas regressem ao normal voltaremos. Até breve!

08 abril 2008

Juromenha

A primeira ocupação humana da região de Juromenha remonta aos Celtas. Mais tarde, devido à sua posição estratégica junto ao rio Guadiana, os romanos, pela mão de Júlio César, reforçaram as defesas da povoação, calcula-se que por volta de 44 a.C.
Ocupada mais tarde, quando da invasão muçulmana da Península Ibérica, foi um posto avançado de defesa da cidade de Badajoz, pertencente ao Califado de Córdoba. Em 1167, com o auxílio das forças de Geraldo Sem Pavor, D. Afonso Henriques tomou este castelo aos muçulmanos, embora por um curto período, já que seria novamente reconquistado pelo Califa Almançor, em 1191. Só em 1242, ficou definitivamente em mãos portuguesas.
Em 1312, o Rei D. Dinis concedeu a Juromenha carta de foral, promovendo simultaneamente o reforço das suas linhas defensivas. O Rei D. João II, reconhecendo a importância estratégica da povoação, confirmou novamente o seu foral em 1492. Durante a Guerra da Restauração foi construída uma nova fortificação – a Fortaleza de Juromenha, que acaba por se confundir com a anterior estrutura militar.
Ainda decorria esta construção quando, por volta de 1659, o seu paiol explodiu, destruindo muitas das estruturas existentes. Em 1755, aquando do terramoto, registaram-se novamente bastantes estragos, originando novas obras de recuperação. Actualmente muito danificada, está classificada como imóvel de interesse público.

07 abril 2008

Colecção Capitão A. Marques da Silva


Inaugurada no passado dia 5 de Abril e patente até ao próximo dia 26, no Museu Marítimo de Ílhavo, esta exposição apresenta desenhos e modelos de embarcações (Creoula, Gazela I, Hortense, barco Ílhavo, ...), artesanato pedagógico, instrumentos de apoio à navegação (a agulha padrão do Creoula, punho de boca de uma vela do Hortense, ...), acessórios de navio e ferramenta de marinheiro elaborados e/ou coleccionados pelo Capitão Marques da Silva.

(aqui um pormenor do convés do "caíque do Algarve")
No completíssimo catálogo da exposição, coordenado pela
Drª Ana Maria Lopes, são apresentadas e (sobretudo) explicadas todas as peças da exposição. Como alguém disse:
"Trazer o catálogo é levar a exposição para casa".

05 abril 2008

O "portinho" da Carrapateira

Na realidade apenas uma enseada abrigada, e umas cabanas como "armazéns" de aprestos.

03 abril 2008

Estrelinhas em festa

"Tu auras, toi, des étoiles qui savent rire!"
in "Le petit prince", Antoine de Saint Exupéry

01 abril 2008

Montemor-o-Novo

A primitiva ocupação humana de Montemor-o-Novo remonta a um castro, posteriormente romanizado, encontrando-se vestígios dessa época que indicam já a presença de uma fortificação. Séculos mais tarde, aquando da ocupação árabe da Península, foi construída nova edificação militar, conquistada pelas forças portuguesas sob o comando de D. Sancho I, que lhe concedeu foral em 1203.
A partir desta data, começam a ser construídas as muralhas do castelo medieval propriamente dito e, por iniciativa de D. Dinis, são realizadas grandes obras no ano de 1365. Ao longo de todo o século XV o castelo sofre constantes remodelações, adaptando-o às estratégias militares da altura. Este século e o seguinte foram, sem dúvida, a época de maior apogeu desta vila já que, à prosperidade trazida pelo comércio, se aliou o facto da corte permanecer largos períodos em Évora, promovendo a realização de acontecimentos políticos relevantes, como as cortes de 1496. D. Manuel I concedeu foral novo à vila em 1503 e, mais tarde, em 1563, sob o reinado de D. Sebastião, foi-lhe concedido o título de Vila Notável, dado que “era um lugar antigo e de grande povoação”.
Na guerra da Restauração, D. João IV reedificou as muralhas do castelo que, não só resistiram a inúmeras investidas castelhanas como, durante a Guerra Peninsular, resistiram às tropas napoleónicas de Junot.
Recentemente, procedeu-se a recuperação da chamada “Torre da Má Hora”, assim chamada porque, quando D. Afonso Henriques sitiou a povoação muçulmana de Montemor, uma noite, um soldado mouro esqueceu-se de trancar a porta que se vê na muralha, na base da torre, originando a tomada da cidade, embora temporariamente. Assim, este nome advém do facto desse mouro se ter esquecido da porta da torre aberta, permitindo a conquista da vila pelos cristãos.