O culto de Nossa Senhora do Cabo já existiria pelo menos desde 1366, segundo atesta um documento da chancelaria de D. Pedro I. E a Confraria terá sido criada entre 1385 e 1410, reunindo várias freguesias (os círios), cujo número ia aumentando, tal como o número de romeiros.
Com a ermida a tornar-se demasiado pequena, em 1495, inicia-se a construção da primeira igreja e foram também construídas as primeiras hospedarias mas de forma desorganizada.
Em 1662, o quarto Duque de Aveiro manda construir um templo maior, o que não acontece devido à sua condenação à morte, e, só em 1701, tem início a construção da igreja actual, concluída em 1707, e financiada pela família Real (D. Pedro II) e pela Casa do Infantado.
A igreja, que também ainda não consegui visitar, tem a particularidade de grande parte do interior ter sido feito, e custeado, pelos vários círios, que foram acrescentando retábulos, altares, imagens, pinturas, o orgão, etc..
O terremoto de 1755 provocou a queda de parte da cobertura da nave, o que dá origem a grandes obras, nomeadamente para uniformizar os retábulos e para construção da tribuna real na capela-mor.
Antes disso, em 1715, começa a construção das actuais hospedarias, já obedecendo a uma estrutura regular, com dois pisos, dotada de arcadas no rés-do-chão e coberturas de quatro águas. A construção foi faseada, à medida que aumentava a afluência de romeiros e a ala Norte acabou por ficar mais comprida do que a ala Sul.
O terreiro ladeado pelas hospedarias é limitado a Oeste por um cruzeiro.
Além das habitações dos romeiros, foram sendo construídos outros edifícios, incluindo a casa da ópera, atualmente em ruínas, e também dois corpos sobrelevados, que unem as torres da igreja às hospedarias, e que correspondem à casa das pratas (no lado esquerdo) e à habitação do capelão ermita (no lado direito).
Uma muito relevante construção adicional foi a Casa da Água (ao fundo na foto), de que falarei outro dia.
1 comentário:
Sobretudo, há que aproveitar o facto de não existirem turistas e conseguir-se fotografar o terreiro sem ninguém. Lindas fotos.
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