26 outubro 2006

A (história da) Navegabilidade do Douro (1)

O rio Douro desde sempre (há registos desde o tempo da ocupação romana que documentam a navegação no rio) constituiu um importante meio de comunicação e de transporte no Norte do país.
Foi a única via (mais ou menos decente) de acesso entre o litoral e o interior, até ao final do século XIX, quando em 1887, foi concluída a linha do caminho de ferro. Porquê mais ou menos? Porque o rio Douro era conhecido como "o rio de mau navegar": o forte declive, caudais violentos, curvas apertadas, rochas salientes, rápidos e outras irregularidades, tornavam a navegação fluvial perigosa e com muitas dificuldades.
O barco rabelo, que existe pelo menos desde o século X, foi construído para se adequar à navegação no Douro e depois preparado para transportar pipas de vinho, mas também transportavam carga geral e pessoas.

Os barcos eram dirigidos por um grande remo à popa, a espadela e para propulsão utilizavam os remos na descida e uma grande vela na subida. Quando faltava o vento o barco era puxado "à sirga", ou seja com cordas, a partir das margens, a pulso, ou por juntas de bois. Havia milhares de rabelos a subir e descer o rio (registaram-se mais de 3000 em alguns anos). Um pormenor interessante era que as pipas não eram completamente cheias para poderem flutuar, em caso de acidente.

3 comentários:

tmgamito disse...

ficou fixe! foi nestes barquitos que andaste a passear no Douro ou foi naqueles matulões?

Laurus nobilis disse...

como alguém já disse... lindo, mas opressivo! O Douro, claro!

Nautilus disse...

Denso!
Fui nos matulões. Não fui nos barcos-hotel que fazem aquelas viagens de vários dias, mas estes já eram grandinhos. E pouco divertidos.