Com as albufeiras criadas pelas barragens já não faltava muito para fazer do rio Douro uma via navegável A SÉRIO! Nos troços a jusante das barragens o canal foi aprofundado (4,2 m, excepto no troço entre o Pinhão e a barragem do Pocinho que só garante 2,5 m) e alargado (40 m nos troços rochosos, 60 nos outros) e construíram alguns cais fluviais, fixos e flutuantes, para apoiar quer a navegação comercial, quer a náutica de recreio.
Há 20 anos, mais precisamente a 10 de Outubro de 1986, chegou à Régua a primeira embarcação turística, o "Ribadouro". Passados 4 anos, em 19 de Outubro de 1990, a via navegável foi pela primeira vez percorrida em toda a sua extensão (210 km entre o Porto e Barca d'Alva), por uma embarcação turística que chegou a Barca d'Alva, o "Transdouro".
Actualmente (1º semestre de 2006), estavam a operar no Douro 50 barcos turísticos, com capacidades entre 20 e 350 passageiros (os tais matulões), e que fazem desde cruzeiros de curta duração de umas horas ou de 1 a 2 dias, até cruzeiros de uma semana em barco-hotel, que vão até Espanha, e ainda cruzeiros temáticos: Vindimas, Castelos, Amendoeiras em Flor, Quintas, etc...
Também já há muitas embarcações de recreio a utilizarem as eclusas, ou seja não se limitam a passear numa das albufeiras, já fazem mesmo passeios ao longo do rio (por acaso a mim até me devem um passeio destes há uns anos!).
Há ainda navios fluvio-marítimos (que andam no rio e no mar), a fazer transporte de mercadorias até à Régua (105 km de via navegável). Este tipo de transporte ainda é bastante reduzido para o que podia ser, sobretudo porque é muito menos (aí umas 5 vezes menos) poluente que por rodovia. Vamos ver o que acontece quando os molhes da barra do Douro estiverem a funcionar!
(Os meus agradecimentos por mais este texto, Garina do Mar)
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