Foi publicada hoje uma portaria que regulamenta a pesca lúdica. Este tipo de pesca, a partir de agora sujeita a licença, será controlada e fiscalizada (será?).
Visando "a conservação e a gestão racional dos recursos", a portaria procura impedir "o desenvolvimento de uma actividade de pesca profissional a coberto da pesca lúdica".
É de facto cada vez maior o número de ex-pescadores que, tendo abatido as suas embarcações de pesca profissional, se dedicam à pesca em embarcações de recreio, fugindo à lota e a controlos de qualidade, fazendo concorrência desleal e dificultando a gestão sustentável dos recursos marinhos.
30 comentários:
garanto-vos no Tejo...é o fim do mundo...parece tudo a saque...e é no estuário que muitas espécies se criam...é um caminho mau...este dos pequenos barcos a pescar...sobretudo no estuário com toda a espécie de redees e etc...
no Tejo ainda é mais grave é a apanha das angulas... aos milhares... e não se ralam com as redes porque são os espanhóis que as pagam!
é bem verdade o que dizes...e depoisjá não há as grandes enguias e um dia já não...etc.
olha falamos ao capitão do porto de lisboa e cascais que vai lá estar também! numa das fragata, claro está! embora já tivesse andado na canoa para aí umas sete horas e atracou à vela em Vila Franca ao leme...comigo e o João na marina, por dentro aí no quarto pontão! bem, mas foi sempre à vela e dentro da marina que é uma marca de andar de canoa, pelo menos na minha: nas marinas à vela! a verdade é que fiz um ganda seguro para ir tranquilo nesta fantasia!
na viagem para Vila Franca bem que lhe mostrámos! mas vocês adizerem-lhe é outra coisa!
Finalmente vou poder sair com a família sem ser sujeito aos arremessos constantes de chumbeiras porque espero que pelo menos seja cumprido o preceitoado na portaria 868/2006 de 29 de Agosto nas alíneas a) e b) do nº 1 artigo 6º. Pelo menos aqui em Aveiro não vou deixar que mais crianças de "optimist" sejam sugeitas a esta barbaridade, como aconteceu mais este fim-de-semana em que um aluno da classe de iniciação do CVCN só não foi atingido na cabeça por mero milagre pois a chumbeira rasgou-lhe a vela a meio da esteira bem perto da retranca. Espero que as autoridades façam cumprir a lei. Pela minha parte irei sempre denunciar estas situações.
é.. a gente no mergulho é que não se safa... mas aí são mesmo pedregulhos que nos atiram... para não falar da quantidade de linhas que lá andam pra baixo
é verdade molhenorte lançam sem respeito nenhum. aqui em lisboa já os vi com os narcos na cale dos catamarans e barcos para a outra banda e nem se mexem...vamos ver
onde a questão da pesca lúdica é muito complicada é em Sesimbra... muitos pescadores abateram os barcos de pesca e continuaram a pescar em barcos de recreio.. e depois veio o Plano do Parque da Arrábida e proibiu a pesca lúdica, por isso é que há aquelas manifas todas... não é por causa dos pescadores a sério, esses até podem ser beneficiados se criarem as zonas tampão e a marca de pescado de Sesimbra que foram faladas quando foi feito o plano... (não se esqueçam disto senhores das pescas!).. agora com esta lei já não há desculpas... o presidente da Câmara vai ter que perceber que o problema não é o parque mas sim um problema social que ele tem ali e tem que resolver!!!!
ee um problema como dizes, social, e naao de defesa do ambiente para outras especies. Alias a manif que mostroua rtpi era soo tupperwares muita bem postos.
depois de ler o teu post precebi que o problema ee muito semelhante ao que existe na margem sul do Tejo.
o problema é que eu acho que, com esta crise que por aí vai, há muita gente a pescar para ir comendo um peixito de vez em quando à borla. Claro que isto não lhes dá o direito nem justifica as barbaridades que, todos os dias, vemos por exemplo no Tejo; isto passa-se sobretudo com pequenos barcos a pescar com redes que, a 50 ou 100 metros de distância, temos a certeza que têm malha ilegal (não sei se isto é considerado pesca lúdica). Por isso, acho muito bem a regulamentação e fiscalização da pesca não profissional, mas acho que o problema social vai ter outras vertentes... Na parte que me toca, precisamente em Sesimbra, já levei com uma chumbada quando andava a mergulhar na parte de fora do antigo porto de abrigo, já lá vão uns anos.
O pescar para comer um peixito não tem problema nenhum. O problema são os que pescam a sério em barcos de pesca. Nalguns casos é chico-espertice, noutros, como em Sesimbra, é mesmo um problema social. Quanto à mlaha ilegal tanto pode acontecer na pesca profissional como na lúdica e isso é mesmo um problema de fiscalização.
Só tem um defeito este post.
Não havia por ai umas fotos desses barcos de pseudo-pescadores-amadores?
As fotos que colocou são barcos legais que só têm que se queixar da concorrência made in Spain.
tratando-se de defender a pesca e os que dela vivem parece-me que os barcos são os certos senhor anónimo
Pensando melhor, tem toda a razão, nada como uma boa foto, para tornar agradável um bom blog.
Em Sesimbra conheço vários pescadores, inscritos como tal, que estão a passar por sérias dificuldades profissionais e familiares por causa das novas regras do Parque Marinho. As palavras escritas pela garina do mar soam por isso a "esperteza" lisboeta de quem para aqui vem largar "postas de pescada". Enfim, uns atiram lixo para o mar, outros para a blogosfera.
Lá estão os problemas sociais que a garina do mar fala e, não me parece, que existam por causa do Plano do Parque da Arrábida...
Garina do mar, nautilus e todos os que falam sem saber o que dizem, deviam ter vergonha por dizer que o POPNA servirá os pescadores de Sesimbra, porque isso é a mais absoluta mentira. Por acaso conhecem o documento? Percebem alguma coisa de pesca profissional?
Existem ex-pescadores que utilizam o subterfugio da pesca lúdica, sim é verdade! Mas muitos mais são os que nunca foram pescadores comerciais e que vêem para Sesimbra mergulhar ilegalmente e capturar espécies valiosas, nomeadamente mariscos e cefalópedes. São centenas de mergulhadores ilegais, que denegriram a imagem dos que mergulham por prazer.
Se não sabem o que dizem, não escrevam sobre o que nao sabem
como se Sesimbra naao fosse Lisboa!!!realmente!!!jaa foi tempo que naao era mas muito provavelmente o J.A. nem se lembra.Eu lembro. A gente dizia a toda a gente que ia a Sesimbra e despedia-se.Em Sesimbra que iama Lisboa ou melhor aa cidade. Agora andam para la e para ca por causa de um cafee! Nem longe da Europa fica!
Existe de facto um enorme problema social na margem sul do Tejo...tal como dito pela Garina do Mar. NAo o enfrentar ee peesssimo! Isolar-se como se vivessem na Guarda por exemplo ee deshonesto!
então ainda bem que o plano de ordenamento proíbe a caça submarina!!!
quanto ao resto...
Basta ver quais são as embarcações que aparecem nos protestos! de pescadores, inscritos como tal, também as há, mas em quão ínfima percentagem!
Basta ver quem lidera os protestos! o Clube Naval de Sesimbra! está a defender a pesca? ou a ver que perde o negócio?
"esperteza" será.. talvez não daqueles que são apelidados de "lisboetas" porque não defendem os supostos interesses da terra.. mas dos que se aproveitam dos pescadores para fazer política...
ou, pior ainda, para defender o direito de passagem e de recreio às suas embarcações com motores de 400 ou mais cavalos!
ou será que é antes inépcia dos que deveriam bater às portas de quem é responsável pelas pescas, não para que acabem com o parque mas para que avancem com medidas que defendam efectivamente os pescadores, tais como a que está prevista no nº 4 do artº 46º do Plano?
a quem estiver interessado em continuar a debater este assunto recomendo também uma visita ao blog "sesimbra"
http://sesimbra.blogspot.com/
o qual sempre gostei de visitar! e aproveito para lhe agradecer a divulgação que tem feito do milhas náuticas!
Uma das coisas que se ouve usualmente em Sesimbra quando se debate este assunto, nomeadamente entre os pescadores, são acusações aos mergulhadores desportivos e a forasteiros que aqui vêm pescar ilegalmente (ou ilegitimamente) de que seriam eles os verdadeiros causadores da penúria de peixe.
Basta um pouco de bom-senso para ver que, ainda que esse tipo de pesca seja praticado por mergulhadores e outros forasteiros, nunca seria suficiente para causar o estrago que lhe apontam. Nestas águas quem pesca, e muito, são os pescadores profissionais; se existe um problema de sobrepesca é com a pesca profissional que o assunto tem de ser tratado. O que está em causa quanto ao POPNA é a forma como o assunto foi tratado, desprezando os direitos dos pescadores. Em quaquer outra actividade económica a diminuição de rendimentos da produção justifica compensações, mas aqui ignorou-se esse problema (agora é que andam a distrubuir uns inquéritos, não se sabe bem para quê...).
No entanto, aquele tipo de acusações infundadas, atirando todas as responsabilidades para cima de terceiros, tem exactamente a mesma natureza que a conversa da treta de mergulhadores e regalistas acusando os pescadores de poluir o mar com covos e redes, de pescar ilegalmente, etc.
Este tipo de acusações não dignifica nem uns nem outros, ainda por cima deixa de fora alguns dos potenciais suspeitos, tais como o arrasto e a poluição (ou a antiga apanha de algas...). Agradeço à garina do mar a referência ao blogue Sesimbra, mas espero bem que o debate arrefeça um pouco mais; eu por mim vou tentar.
Concordo plenamente consigo que deveriam ter sido previstas compensações (o tal problema social, e as tais contrapartidas que o plano deveria ter accionado). Mas confesso que me irrita bastante o aproveitamento que a náutica de recreio faz dos problemas dos pescadores. O que de resto não acontece só em Sesimbra como tem visto pelos comentários.
Por mim não falo mais do assunto, mas também me parece que não é bonito dizer "vão ali aquele blog protestar", e tendo uma referência não a usar quando escreve comentários! Foi perfeitamente por acaso, e porque gosto de visitar o "sesimbra" que descobri...
Oh nautilus! tu desculpa! parece que peguei fogo ao teu post! Publica aí alguma coisa gira..
Desculpe, J.A., mas foi indelicado ao utilizar a palavra «forasteiros» para se referir aos não-autóctones de Sesimbra.
Como se Sesimbra fosse só dos Sesimbrenses!!!
Esse espírito localista é próprio de uma terra de terceiro mundo.
sou emigrante. vivo fora de Portugal. sou de perto do Sabugal. Estive este verão de férias com uns colegas de trabalho. E fomos a Sesimbra. Eles tinham-me ouvido falar vezes sem conta da pesca em Sesimbra. E fomos então ver os barcos de pesca. E eu que ainda via Sesimbra como há muitos anso e é tradição ouvi a verdade. Olharam para mim e disseram: mas não há barcos de pesca em Sesimbra. De facto foi como a história do rei vai nu. Foi preciso uns estrangeiros para aclarar o folclore e dizer-me: mas aqui não há pesca. E depois nda acrescentaram mais, para minha humilhação: nós nunca acgreditámos nisso de haver ainda pesca...é que sabes em nenhum mercado, peixaria, ou supermercado do mundo inteiro nós vimos peixe de Sesimbra e deram-me aexplicação que eu por estas alturas estava sem abris a boca. O que os meus camaradas me diziam era a verdade que os meus olhos treinados a ver a ficção não me deixavam ver.
Demos uma volta por Sesimbra e almoçámos ... peixe. E aqui está a outra componente da verdade. Disseram-me eles: sabes, isto era um país em que os pescadores ganhavam muito pouco. E no fundo trabalhavam para a mesa dos senhores. E os que continuaram a ir à pesca continuam a trabalhar para os senhores. Agora os enhores que os exploram são os que têm aqui segunda casa e se fazem amigos deles porque assim o peixe e o tratar dos barcos de passeiodeles durante a semana é uma exploração na mesma. A estes senhores juntam-se os senhores dos restaurantes que não pagam o valor que o peixe teria se o mercado fosse de facto o mercado que podia ser. Mas aos novos senhores como aos antigos não convém mesmo nada que haja pesca em Portugal. E depois como se não chegasse eu tenho um amigo que tem uma canoa. E fomos ali da Moita dar uma volta no Tejo. Tal como em Sesimbra ficarama maravilhados. Mas chegámos à doca pesca e eu disse ali é a doca pesca. Entrámos coma acanoa. E deu-me vontade de chorar. Não havia um barco de pesca. Até atracámos lá porque uma rapariga filha de um deles precisava e perguntei mas já sem ninguém ver. Disseram-me. pesca...isso já não há...só na imaginação dos jornais e dos saudosistas como você. Vem tudo do estrangeiro. E tenho tantas vezes comentado aqui com putros portugueses. Portugal está outra vez entregue aos senhores, especialmente nestes locaois como Sesimbra onde ainda há gente que não viu o mundo e lhes faz o serviço e do bom. Só que agora são mais perigosos. Dizem que defendem quem trabalha. Mas se defendessem não exploravam quem agora lhes pesca o peixinho por encomenda para a mesa e para o restaurante e lhes trata do barco por tuta e meia e deixavam que houvesse protecção para haver pesca para eu e os outros que trabalhamos pudessemos ter peixe de Sesimbra em qualquer lado.
Para mal dos meus pecados vejo na RTPInternacional os novos senhores a falar em nome dos pescadores. é preciso acabar com a nova raça de exploradores que andam em iates e encomendam a preços de exploração peixa á medida só para casa deles e para os restaurantes e ainda tem o descaramento de vir protestar.para qu~e? para ainda ficarem com mais!
e foi preciso que olhos estanhos me abrissem os olhos para a exploração dos novos senhores. ladrões do meu sossego
sailor girl! vamos a ter juízo se faz favor! acabou a "guerra" de Sesimbra! senão o nautilus zanga-se comigo e eu deixo de poder mandar bocas...
é certo que...um dia virá em que o cordeiro e o lobo andarão juntos na face da Terra...mas mesmo nessa altura eu acho que é melhor ser o lobo
Peço desculpa.
Estás desculpada! Vai ver se conheces o que farol que a garina do mar me "emprestou" para eu pôr aqui no Milhas Náuticas
garina do mar:
- não foi sobre a crítica às manifestações da náutica de recreio que escrevi, mas sobre o facto de se dizer que os protestos, em Sesimbra, não eram de pescadores profissionais legalizados como tal, mas de gente disfarçada de pescadores desportivos, ou lúdicos;
- não disse a ninguém para vir aqui protestar, sugeri apenas: vão ali ler os argumentos, não concordo mas vão lá e leiam; era essa a minha intenção, mas admito que possa ter sido interpretado de outro modo;
- faço muitas citações de outros blogues e raramente chamo a atenção dos citados, o que é de facto uma falha minha; neste caso, em que se tratava de uma crítica, devia tê-lo feito: as minhas desculpas.
sailor girl:
- não uso a palavra "forasteiro" en sentido depreciativo; é uma palavra que me faz recordar os antigos livros de cowboys, onde aparecia sempre um forasteiro que vinha quebrar a monotonia e trazer a justiça às cidades da fronteira - mas também não foi esse o sentido que lhe quiz dar: apenas alguém que vem de fora. Claro que forasteiro também pode ser interpretado como "estranho", o que neste caso não é ajustado. Mas "não-autóctones"?...
Não creio ter um espírito localista: costumo fazer referência, no meu blogue, a quem quer que se relacione com Sesimbra, tal como se fosse um Sesimbrense (mesmo se os respectivos comentários são críticos de algum aspecto da vila). Sejam fotos de mergulho, relatos da pesca do espadarte, comentários de velejadores em escala, referências de turistas ou comentários de filhos-da-noite: tudo cabe. Creio que metade do blogue são citações deste tipo.
também não disse que os protestos, em Sesimbra, eram de gente disfarçada de pescadores desportivos, ou lúdicos... mas quem quiser lê o que eu escrevi e não vou falar mais sobre este assunto
e não sendo de Sesimbra, também não sou de Lisboa, sou do Índico... querem melhor exemplo de uma forasteira?
também muito provavelmente conheço melhor Sesimbra do que Lisboa
e espero continuar, por muito tempo, a ir visitar Sesimbra e o "sesimbra"
Informo que apaguei daqui um comentário anónimo... não porque me preocupasse com as suposições que fazia relativamente à minha pessoa...(e que por sinal estavam erradas), mas porque ofende, de forma anónima, pessoas públicas que nada têm a ver com este blog.
Enviar um comentário