30 janeiro 2021

Marina do Parque das Nações em tempos de Covid

Ao fim de alguns dias em casa, hoje de manhã fui até à marina a pé. Nada de novo, mas sabe sempre bem desentorpecer as pernas junto ao Tejo. O Santa Maria Manuela lá continua à espera de melhores dias e de se poder fazer ao mar. 
A parte da marina que está desativada, assoreada continua; consta que vão lá fazer uma qualquer piscina mas, até lá, estas são as vistas na maré vazia. 
A Onda em aço inoxidável e azulejos oferecida pela Comunidade Luso-Americana à Parque EXPO 98, representando a onda de emigração portuguesa para os EUA faz-nos lembrar a globalização de outras épocas.
Já há algum tempo foram instalados dois tipos de alojamentos flutuantes para quem queira ter uma "base" simpática em cima de água ao visitar Lisboa; ambos têm bom ar... um dia destes ainda vou lá pernoitar para ver como é...  

26 janeiro 2021

A Ermida do Restelo

Conhecida nos bairros lisboetas do Restelo e Belém como “a Capelinha”, este templo manuelino foi erguido no início do século XVI, mais precisamente em 1514. O projecto está atribuído ao mestre Diogo de Boitaca e a construção ao mestre Rodrigo Afonso. Construída numa elevação dentro da Cerca dos monges do Mosteiro de Santa Maria de Belém (Mosteiro dos Jerónimos), a Ermida de São Jerónimo é muito sóbria. 

A porta principal é de reduzida dimensão e a decoração é bastante simples - um escudo real, encimado pela coroa, ladeada por duas esferas armilares, símbolos do reinado de D. Manuel I; está virada a ocidente, proporcionando uma vista lindíssima sobre o horizonte, o que sugere que também pudesse desempenhar funções extra-litúrgicas de vigia da entrada da barra do Tejo, em complemento da Torre de Belém, situada ao nível do rio e visível do local – a cobertura exterior é em terraço, para o qual existia outrora uma escada de acesso.

De referir ainda a existência de umas quantas magníficas gárgulas para escoamento de águas e o facto de ter servido de abrigo à sepultura de Pina Manique (1733-1805), fundador da Casa Pia de Lisboa. A última restauração do edifício ocorreu em 1886, sendo considerado monumento nacional desde 1995.

17 janeiro 2021

Santuário de Nossa Senhora dos Remédios

O santuário, situado em Lamego, tem a sua capela-mor erigida no topo do  Monte de S. Estevão, sendo um dos locais mais importantes de peregrinação católica no nosso país, tal como o Bom Jesus de Braga, por exemplo. Foi edificado no local onde existia uma pequena ermida, mandada construir pelo Bispo D. Durando em 1361, dedicada a S. Estevão..
Em 1568, o Bispo de Lamego, D. Manuel de Noronha, manda demolir o antigo templo, ordenando que fosse edificada uma nova igreja dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, cuja uma imagem tinha trazido de Roma. O culto à Senhora foi-se incrementando a partir do Século XVIII, motivando a construção de uma estrutura religiosa que pudesse responder de uma forma mais grandiosa e eficaz às crescentes enchentes de fiéis que procuravam a sua protecção.  
Para a construção do novo santuário, podem considerar-se três períodos determinantes: de 1750 a 1778 para a edificação da nova igreja, de 1778 a 1868 para a construção da imponente escadaria e, de 1868 a 1905, para a reconstituição da sacristia e para a construção das torres laterais.
Acredita-se que a autoria do projecto esteve a cargo de Nicolau Nasoni, embora existam várias teorias sobre a matéria. Um facto, é que estamos perante uma edificação imponente que, sem dúvida, é um legado marcante da história do barroco em Portugal

08 janeiro 2021

Pôr do sol no mar

Ok, os por-do-sol são (quase) sempre bonitos. E nesta altura do ano costumam ser bastante "bons". Até porque é uma das poucas alturas em que consigo ver o sol a pôr-se no mar. Mas o de hoje estava excepcional. De tal maneira que tinha uma reunião às 17h30 e "tive" que "chegar atrasada ;) mas acho que foi por uma boa causa.

31 dezembro 2020

Nas margens do Sado

É sempre engraçado ver-se os efeitos das marés, e podem-se encontrar alguns flamingos, dos verdadeiros e dos metálicos. Também há un portinhos de pesca escondidos em braços do rio, onde uns barcos são bem preparados para irem para a faina e outros têm um aspecto insólito.

23 dezembro 2020

21 dezembro 2020

De regresso aos Bijagós (5º dia: a caminho do mar)

Levámos o balde até à zona de espraiado e largámos as tartaruguinhas. Que sabiam exactamente para onde se dirigir. Depois de as filmar em direcção ao mar larguei a máquina grande e saltei para o mar com a caixa estanque. Devia ter organizado a coisa um bocadinho melhor porque quando cheguei à água elas já iam longe. Ainda vimos alguns "picanços" de aves marinhas mas acho que desta vez não tiveram sorte. Pusemos a hipótese de ir procurar outro ninho para a minha reportagem aquática mas não quisemos interferir mais. E até porque tínhamos outro "salvamento" para fazer: ali perto, na zona de "não pesca" andava uma canoa a pairar. Fomos ver o que se passava e estavam sem motor. E já andavam à deriva há uns dias (uma das coisas estranhas destes mares é a generalidade das canoas não terem vela: com o vento que há sempre por ali seria um propulsor de recurso). Passámos-lhes um cabo para os rebocar e fomos chamando o Africa Princess para tentar que outra das lanchas os viesse buscar. Mas enquanto isso não acontecia fomos andando em direcção à ilha do Meio que seria o nosso destino seguinte. Mas com todas estas demoras, mais o facto de irmos contra o vento e as ondas, e como a outra lancha demorava a chegar, tivemos que desistir de ir a Meio e apenas contemplámos a ilha de longe. Entretanto chegou a lancha que levou o barquito até João Vieira, a única ilha habitada da zona e onde poderiam reparar o motor e/ou pedir ajuda, e nós fomos para bordo almoçar que a fome já era muita!

20 dezembro 2020

De regresso aos Bijagós (5º dia: finalmente as tartarugas!)

Quando chegámos à ilha sagrada de Poilão a maré estava bastante baixa. Do lado direito da "praia de desembarque" (perto do acampamento dos cientistas) via-se um bando grande de aves marinhas que tinham ali um ponto de interesse. Fomos espreitar, andavam à volta de umas poças de água, provavelmente cheias de peixes e outros "alimentos" que tinham ficado ali presos na descida da maré. Entre a praia e o acampamento estava um grande placard com informação sobre o zonamento do Parque e o que se pode e não pode fazer em cada zona. Fomos espreitar o acampamento que só eu é que conhecia, enquanto o Charlesmagne, o marinheiro que conhece muito bem a ilha e os hábitos das tartarugas, foi ver se encontrava algum ninho com tartaruguinhas prontas para ir para o mar. No acampamento é sempre interessante espreitar a colecção de ossadas de tartarugas e de outras espécies. E "cumprimentar" o poilão que "guarda" a floresta da ilha (os poilões de Poilão deram também uma boa história que contarei mais tarde). Terminada a visita ao acampamento fomos até ao outro lado da praia, onde o Charlesmagne nos chamava: tinha encontrado um ninho de tartaruguinhas! Que coisinhas mais lindas! a prepararem-se para enfrentar os grandes riscos que iam ter que enfrentar, e que começavam logo por ter que atravessar um areal imenso sob o olhar atento dos abutres das palmeiras e das aves marinhas que por ali andavem. Pelo menos estas iam ter uma ajuda na primeira parte do percurso: o Charlesmagne foi-as ajudando a sair e colocou-as num balde onde as iríamos transportar até à beira-mar. (continua)

13 dezembro 2020

De regresso aos Bijagós (5º dia: a volta à ilha)

No caminho para a tal ponta de facto vimos uns rastos de tartarugas. Uma parte da ilha virada ao mar tem uma boa praia de areia e provavelmente algumas "enganam-se" e vêm aqui parar.
Chegados à ponta o Cmte diz-nos que já chegámos a metade da ilha e por isso podíamos dar a volta...
Que passeio mais estúpido! a ilha é toda igual, do lado Nascente estava imenso vento e caminhar na areia é um bocado seca... Ainda por cima o Cmte queria acelerar o passeio, nem sei bem porquê porque às tantas dizia que ainda estava muito vento e não ia dar para ir a Poilão...
Por fim lá aparece a falésia de erosão que também existia na zona onde tínhamos deixado o barco. Parecia mesmo que estávamos a chegar...
Mas não, ainda havia um bom bocado de ilha a percorrer.
Até que por fim apareceu a vegetação de sapal junto das tais lagoas que não cheguei a ir espreitar. Porque finalmente conseguimos explicar ao Cmte que, com vento ou sem ele, nós queríamos ir a Poilão: afinal era um dos motivos da nossa ida aos Bijagós!
Ainda consegui fotografar umas árvores pejadas de garças e ibis, dar um mergulho na água quentinha enquanto os outros embarcavam e seguimos para Poilão. Quando à tarde voltámos para o Africa Princess (depois de ver as tartarugas!!!) aproveitei uma "luzinha" de net para ir ver o mapa de Cavalos: aquela ponta não era nada a meio da ilha, a 1/3, vá...