21 dezembro 2020

De regresso aos Bijagós (5º dia: a caminho do mar)

Levámos o balde até à zona de espraiado e largámos as tartaruguinhas. Que sabiam exactamente para onde se dirigir. Depois de as filmar em direcção ao mar larguei a máquina grande e saltei para o mar com a caixa estanque. Devia ter organizado a coisa um bocadinho melhor porque quando cheguei à água elas já iam longe. Ainda vimos alguns "picanços" de aves marinhas mas acho que desta vez não tiveram sorte. Pusemos a hipótese de ir procurar outro ninho para a minha reportagem aquática mas não quisemos interferir mais. E até porque tínhamos outro "salvamento" para fazer: ali perto, na zona de "não pesca" andava uma canoa a pairar. Fomos ver o que se passava e estavam sem motor. E já andavam à deriva há uns dias (uma das coisas estranhas destes mares é a generalidade das canoas não terem vela: com o vento que há sempre por ali seria um propulsor de recurso). Passámos-lhes um cabo para os rebocar e fomos chamando o Africa Princess para tentar que outra das lanchas os viesse buscar. Mas enquanto isso não acontecia fomos andando em direcção à ilha do Meio que seria o nosso destino seguinte. Mas com todas estas demoras, mais o facto de irmos contra o vento e as ondas, e como a outra lancha demorava a chegar, tivemos que desistir de ir a Meio e apenas contemplámos a ilha de longe. Entretanto chegou a lancha que levou o barquito até João Vieira, a única ilha habitada da zona e onde poderiam reparar o motor e/ou pedir ajuda, e nós fomos para bordo almoçar que a fome já era muita!

2 comentários:

Laurus nobilis disse...

O fantástico mundo das tartarugas!!

Nautilus disse...

Que bonitas as tartarugas. Foi pena não as teres filmado também dentro de água: se calhar vais ter que voltar lá ;)
É de facto estranho que estas embarcações mão tenham uma vela, nem que seja para situações de emergência.