26 fevereiro 2021

Ribeira das Naus e arcadas do Terreiro do Paço

Andando devagar a partir do Cais do Sodré, ao fundo, começa-se a ver o antigo Arsenal da Marinha rodeado lateralmente por um magnífico relvado que, normalmente não se consegue fotografar sem pessoas, já que é um local de eleição contemplativa do Tejo.
Estava uma manhã amena mas as nuvens sobre o rio faziam adivinhar um aguaceiro que realmente se verificou uns minutos depois, embora nem tenha chegado para nos molhar a sério.  
O lago que construíram no interior da antiga doca do Arsenal ficou bastante simpático; ao fundo, mesmo no canto, as portas da Capela de São Roque que recentemente visitámos, embora por motivos tristes. Com retábulos e pinturas lindas é um espaço que vale a pena conhecer caso haja oportunidade, já que está vedado ao público. 

Depois de atravessar o Terreiro do Paço, chegámos às arcadas por baixo da fachada que exibe o Arco da Rua Augusta e sim, conseguimos vê-las sem ninguém… quer para um lado, quer para o outro.

4 comentários:

JdB disse...

Há algo em mim que gosta muito de claustros, não sei porquê. E vou presumir que uns claustros são compostos por arcadas, certo? Num certo sentido, para se ter a ilusão dos claustros, as arcadas do Terreiro do Paço devem ser vistas de forma condicionada, isto é, não ver mais do que as arcadas (a sua 4ª fotografia está um verdadeiro primor). Ter a ilusão de um espaço fechado - que não é. Nessa perspectiva (e numa dimensão muito própria) o Rei olha para o lado pior...

Laurus nobilis disse...

Caro JdB é um enorme gosto vê-lo por aqui. Eu também gosto de claustros e de arcadas, não tivesse eu vivido metade da minha vida ao lado do Mosteiro dos Jerónimos. Sim… nestas em particular conseguimos, de determinada perspetiva, criar a ilusão de um espaço fechado. O comprimento das ditas também ajuda. A 4ª é igualmente a minha favorita. Efectivamente, o Rei olha para o lado pior, o mais perigoso, mas também aquele onde a dignidade e porque não, a ousadia e o arrojo de o ser, fizeram e fazem a diferença. Um abraço.

garina do mar disse...

o lago (caldeirinha) ficou muito bonito... há três anos passei por aí e estava tudo em obras, talvez estivessem a pintar os edifícios porque na altura eram rosa (quase cor de tijolo)!!!
quanto às arcadas, pois, são arcadas...

Nautilus disse...

É um privilégio ver estes espaços sem ninguém. Pena os motivos...