30 setembro 2006

As aventuras da Garina do Mar... numa ilha do Atlântico (1)

A chegada
Há dias a consultar um Atlas, à procura de um rio em África, dei de caras com uma página “Islands of Africa”, 1 Madeira Islands (Arquipélago da Madeira). Os Açores também por lá apareciam, mas sem sequer ter direito ao mapa mais pormenorizado... e nem Madeira nem Açores constam da página correspondente à Europa física e política... Eu não conhecia Porto Santo, só a Madeira que nunca achei que tivesse algo a ver com África, mas a vista da ilha ao aterrar fez-me lembrar algumas das fotos que vi de Cabo Verde.
A viagem foi algo confusa: apesar de nos terem despachado as malas directamente para o Porto Santo, tínhamos que fazer de novo check-in no Funchal, onde o guichet para Porto Santo, por acaso era o mesmo de um voo para Gatwick. E a menina, antipática, “despachou-nos” quando pedimos para confirmar se as nossas malas seguiam também no avião. Confirmámos nós: quando íamos embarcar, lá estavam elas no carrinho junto ao avião!
O lugar, à janela como tinha pedido, era do lado "errado" o que não deixou ver a aproximação à ilha, e as pás do hélice e o vidro sujo não permitiam grandes fotos. Ao fim de 15 minutos aterrámos. Vimos as malas a serem retiradas da parte de trás do avião... “E o meu saco de mergulho? não está ali!” Uff... havia um compartimento de bagagens extra no nariz do avião e lá estava ele...
Agarrámos nas bagagens e saímos à espera de ver alguém segurando uma plaquinha com os nossos nomes.... Não, ninguém... esperámos um pouco, o aeroporto ficou deserto... saímos, a tempo de ver uma carrinha a parar em cima da passadeira (também não havia ninguém para passar!) e a sair de lá uma rapariga com ar apressado que entra no aeroporto... Pedidas as desculpas resolveu, no caminho para o hotel, fazer um desvio para nos mostrar a “cidade” de Vila Baleira, indicou-nos alguns restaurantes e recomendou-nos uma excursão de jipe. À pergunta sobre como poderíamos alugar um carro, respondeu que podia ser perigoso para quem não conhecesse as estradas...
Chegamos ao hotel. Na recepção viam-se várias pessoas e vários montinhos de toalhas verdes à volta do balcão, algumas malas, mas, do lado de dentro do balcão ninguém! Começava a ser um hábito! Ao fim de uns minutos aparece a única empregada que às 11 e meia, hora de saídas e chegadas, fazia o trabalho da recepção... Aguardámos a nossa vez para, perto do meio dia, ficarmos a saber que só teríamos quarto às duas horas. Tivemos que perguntar se entretanto nos guardavam as malas e se podíamos ir até à praia ou à piscina do hotel...
Depois de uma viagem de avião podíamos experimentar umas massagens... Fomos até à Talassoterapia, à espera que nos recomendassem um programa para os nossos cinco dias de estadia... estenderam-nos uma lista de produtos e preços, informando-nos que do meio dia às 3 e meia tínhamos desconto, mas quanto a programas nada! Espreitámos a piscina, simpática..., a praia, engraçada (tirando o defeito de ter areia...) e fomos procurar o centro de mergulho, que estava fechado como seria de esperar aquela hora...
O melhor mesmo era tentarmos almoçar... afinal o pequeno almoço já ia longe! Lembrámo-nos de uma tasca que a menina do transfer nos tinha recomendado ao lado do hotel... só abria à uma! Ocupámos uma mesa, estudámos a ementa, organizámos a informação que tínhamos sobre a ilha e quando finalmente a tasca abriu todas as mesas estavam ocupadas! Felizmente éramos as primeiras e as imperiais e os pregos no bolo do caco chegaram rapidamente.... (continua...)

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