Imagina e goza: as pedras estão vivas... esta frase, que pode ler-se numa placa que indica o caminho, no meio de um enorme pinhal que vai acabar no mar, desperta-nos logo a mente para outros tempos...
As escavações neste castro processaram-se entre 1933 (primeiros trabalhos) e 1985 (consolidação) e calcula-se que a sua ocupação decorreu entre o século I a.C. e I d.C.. A paisagem, embora característica das enseadas e recantos da costa da Galiza, é francamente bonita.
Situado no Concelho de Porto do Son, a povoação foi edificada numa pequena península; no istmo, podemos encontrar um fosso, que constitui a primeira linha de defesa, existindo, sobranceiro a este, uma muralha com dois muros paralelos de alvenaria.
A entrada para o povoado propriamente dito consiste numa rampa. Embora não haja água nem reservatórios no seu interior, pensa-se que seria auto-suficiente, devendo a alimentação dos habitantes ser maioritariamente à base de mexilhões, caramujo e peixe.
No entanto, foram também encontrados vestígios de bovinos, cabras e ovelhas o que indica que não era somente do mar que provinha a sua alimentação.
Outros achados indicam a existência de uma lareira com alguma dimensão e vestígios do que poderia ser uma forja, pelo que o trabalho metalúrgico deveria existir, paralelamente com a tecelagem e o trabalho em pedra.
Embora o tempo na Galiza seja sempre uma incógnita ao longo do dia e, neste caso, não tenha estado muito de feição, se forem para aqueles lados vale imenso a pena fazer uma visita.
2 comentários:
confirmo!!!
já por lá passei, há uns anos... e pelas imagens continua a valer a pena!!!
Este não conhecia. Aliás tenho bastantes "falhas" na Galiza marítima. Fica agendado...
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