Efectuado o primeiro reconhecimento, lá fomos à procura do catamaran que nos havia de preencher a manhã, com uma volta pela baía. Os primeiros a nos darem as boas-vindas, foram os pelicanos...
Assim que zarpámos, apareceram os lobos-marinhos, não só a acompanharem a expedição, competindo em velocidade com a embarcação,
como a quererem boleia de vez em quando, saltando sem qualquer timidez para o convés. Por lá, apesar de terem orelhas, chamam-lhes focas-do-cabo.
Mas, no que se refere a convívio de perto, os pelicanos também não lhes ficaram atrás; durante a viagem, acho que ficámos a saber tudo o que há para saber sobre estas simpáticas aves e curiosos mamíferos, já que a operadora, uma namibiana com uns sessenta e tal anos, era uma verdadeira entusiasta destas duas espécies.
Lá mais para o meio da baía, começámos a ser acompanhados por golfinhos que, como sempre,
proporcionam momentos francamente agradáveis onde quer que seja, a que não podemos ficar indiferentes. Baleias, só na época das migrações...
Mais ou menos no mesmo local, aparece uma enorme zona destinada aos viveiros de ostras, que forneceram um dos principais ingredientes do almoço que, entretanto, nos foi servido a bordo; verdadeiramente deliciosas, quer em consistência, quer em sabor.
Continuando, até ao lado oposto da baía, percebemos de onde vêm os lobos-marinhos... uma colónia com umas largas centenas de animais, ali, mesmo à nossa frente; ainda estivemos uns quinze minutos parados, quase à deriva, a observá-los.
Um pouco mais à frente, já na transição para o mar aberto, imperam os corvos marinhos que, aos milhares, tornam a areia quase preta. Agora, era tempo de voltar ao porto para, depois deste agradável passeio, irmos, durante a tarde, até onde o deserto acaba no mar...
3 comentários:
é engraçada a relação destes animais com as embarcações!!! parece que são uns "brinquedos" novos… apesar de estes já deverem ser conhecidos!!
a brincadeira do lobo marinho com a rede do varandim é que pode ser perigosa (para o lobo marinho…)
Muito engraçados os pelicanos. Não me lembro de os ter visto na Cidade do Cabo, eventualmente andariam por outras paragens. Quanto a baleias e golfinhos não é preciso ir tão longe: foi o que respondi quando me propuseram excursões dessas lá por baixo.
Estes viveiros de ostras são em talhões ou são flutuantes como os que existem no Algarve? Confesso que é pitéu que não me atrai.
São flutuantes, praticamente iguais aos do Algarve. Eu, se pudesse, comia ostras todos os dias... cruas, somente com limão e um pouco de pimenta...
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