05 outubro 2017

Um safari no Botswana - 3º dia: a caminho do acampamento


O delta é um espanto! Nunca tinha visto nada assim: numas zonas são uns lagos enormes,

noutras, onde aparentemente seria terra firme, existem estreitos canais

dissimulados entre "erva flutuante", caniçais e nenúfares.

A distância a percorrer ainda era grande: quase 3 km, medidos em linha recta, entre a "estação dos mokoros" e o acampamento; quase 2 horas de viagem.

Pelo caminho viam-se muitas aves, como este guarda-rios, ou martim pescador (Ceryle rudis): era lindo vê-los a "peneirar" e a mergulhar na água (não consegui apanhar nenhum com "brinde").

Também se ouvia o pio característico das águias pesqueiras africanas (Haliaeetus vocifer) mas aqui só consegui fotografar este juvenil.

Por fim, debaixo daquelas árvores estava o acampamento:

seis tendas duplas, com camas de campanha e um "anexo" com uma retrete química, duas cadeiras em frente de cada tenda, um toldo para a "cozinha", e ainda umas tendas individuais dos guias e guardas. No centro das tendas foi depois acendida uma fogueira, e ainda havia, por trás das tendas, uma "retrete campestre" e um duche.

A envolvente era também fantástica mas essa será outra história... (continua)

6 comentários:

Nautilus disse...

Muito giro o passeio. Olhando para a fotografia aérea é difícil perceber que há um "caminho", mas os tais guias devem conhecer bem a zona.
O guarda-rios é muito engraçado: só conhecia aqueles azuis que temos por cá.
Continuo à espera de mais :)

JM disse...

O delta do Okavango, ao contrário da maioria dos deltas (tanto quanto sei), não se situa na foz do rio. Qual é a explicação para este "espraiar"? Ou o Okavango é um afluente que ao desaguar apanhou terreno propício para "ir conhecer as redondezas"?

garina do mar disse...

JM, está explicado no artigo anterior:
https://milhasnauticas.blogspot.pt/2017/09/um-safari-no-botswana-3-dia-chegada-ao.html

JM disse...

Sim, eu li... Mas se fosse só por ser zona sísmica a água deveria desaparecer, eventualmente até formar cascatas devido aos eventuais declives e seguir o seu rumo... O permanecer à superfície é que é curioso, porque isso significa que tem caudal suficiente. Não percebo lá muito bem...

garina do mar disse...

excepto se os eventuais declives forem ao contrário... ou seja, como neste caso o rio deixa de poder passar!! e como é deserto a água acaba por se infiltrar... só que como há duas afluências de água - na época das chuvas e quando chega a água de Angola -, e eventualmente a presença de lodos, aguenta-se mais tempo

Laurus nobilis disse...

Sim, faz sentido. Além disso devem existir impermes no sub-solo suficientemente eficazes para que não haja grande infiltração, originando que a água desapareça. Deve ser lindo andar lá pelo meio!