18 maio 2016
Um cruzeiro no arquipélago dos Bijagós (3º dia, de manhã: de Canhabaque às ilhas do Sul)
De manhã saímos em direcção a Canhabaque, mas desta vez com o Africa-Princess. Íamos à base que o barco tem na ilha (na praia onde tínhamos estado na véspera) para reabastecer de água e combustível.
A praia estava bastante mais movimentada. Além dos trabalhos de abastecimento passaram pelo areal várias mulheres que iam cortar e apanhar as folhas de palmeira (o macúti, como se diz em Moçambique) para a construção das casas. E tal como em Moçambique são as mulheres que fazem os trabalhos pesados!!
Por fim largámos de novo, passámos a ponta de Barel onde está um velho farol, semelhante ao do ilhéu dos Pássaros mas este desactivado, e rumámos às "ilhas do Sul".
Cerca de uma hora e meia depois estávamos em frente à ilha de João Vieira, onde tínhamos que ir pagar a entrada no Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão, onde tínhamos acabado de entrar, (2 mil francos), e a "taxa de observação de espécies" na ilha de Poilão, onde iríamos no dia seguinte (8 mil francos).
As ilhas do Parque são propriedade de quatro tabancas da ilha de Canhabaque e utilizadas para a cultura de arroz, colheita de produtos da palmeira e a realização de cerimónias religiosas. Estas ilhas não têm habitantes em permanência e só na ilha de João Vieira há construções "fixas": a casa dos guardas e um pequeno aldeamento de apoio à pesca (ver na foto abaixo).
A lancha levou-nos até à ilha onde fizemos um pequeno passeio pela praia (ao fundo vê-se a ilha do Meio)
para irmos apanhar a lancha numa zona onde não fosse preciso caminhar muito sobre o lodo dado que a maré entretanto vazara.
O banho ficava para a tarde porque a altura da água não dava sequer para mergulhar e regressámos ao Africa Princess para mais um óptimo almoço... (continua...)
7 comentários:
O barquinho é giro!
Vá lá, desta vez não nos fizeste inveja com a praia :)
A ilha de Canhambaque parece ser muito bonita. Mais do que a de João Vieira. Aguardemos as outras...
Pois eu acho tudo bonito. Continuo na minha... Inveja é a palavra que me ocorre!
Não fazia ideia que havia parques nacionais na Guiné. Ainda bem que, no meio do caos político e social, ainda existem preocupações de preservação.
Obrigado pela partilha Jorge.
Maravilha! eu vivi quase um ano nessas ilhas Bubaque e Sóga, um paraiso!
Bom dia Jorge estarei convosco a 27 de outubro
Bom dia, Miguel. Bem-vindos ! O vosso grupo... "promete" !... :-) É dos momentos mais bonitos para visitar os Bijagós: as lagunas ainda estão cheias, está tudo muito verde, o contraste contra o céu das nuvens-pós-epoca-das-chuvas é esplendoroso, numa ilha habitada onde vamos ( Canhabaque ) ainda será a época da recolha do arroz de sequeiro ( n'pan-pam ), pelo que há por todo o lado a alegria típica das épocas das colheitas, etc... A visita a Poilão para ver a eclosão das tartaruguinhas verdes, também vai ser muito emotiva.
É ... uma das épocas em que a minha mulher e eu sempre vamos ! :-)
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