A história do Castelo de Noudar perde-se no tempo, especialmente porque o arquivo camarário ardeu por duas vezes – durante as invasões francesas e durante a guerra civil entre as tropas de D. Miguel e D. Pedro. Até à chegada de Gonçalo Mendes da Maia a esta região por volta de 1167, esta fortaleza terá sido, na época do domínio árabe, uma simples estrutura que fazia o controle da estrada de ligação a Beja. A partir desta época, a sua posse foi alternando entre mouros e castelhanos, só passando para a Coroa Portuguesa, no reinado de D. Dinis, no séc. XIII.
Terminadas as guerras e definida a linha de fronteira, este Rei revitaliza e reorganiza o território, nomeadamente através do povoamento da região, concedendo em 1295 foral à Vila de Noudar. São efectuados melhoramentos na fortaleza e foi mandando construir o Castelo que é entregue à Ordem de Avis, promovendo a localidade ao estatuto de guarda avançada no território nacional.
Em 1543, o Rei D. Manuel renova o antigo foral, mantendo a vila todos os seus privilégios. Esta e o seu castelo mantiveram-se ocupados por tropas castelhanas depois Guerra da Restauração da independência portuguesa, até 1707, sendo a sua restituição firmada no Tratado de Utrecht, em 1715.
Passadas as glórias e os sofrimentos veio o abandono e, em 1893, o castelo foi arrematado em hasta pública pela quantia de trezentos mil e cem reis. É monumento nacional desde 1910.
Mas… e ainda bem que há sempre um “mas”, reza a lenda que, debaixo da Torre de Menagem do castelo existe uma serpente… dizem as vozes do tempo que uma Moura encantada, devido a desgostos de amor, veio de Moura para ficar para sempre neste lugar mágico. Há quem jure que já a viu à noite, com a sua trança enrolada na cabeça, olhando o infinito…
15 comentários:
Muito bem. Um belíssimo "documentário". COm lenda e tudo :)
Mas, mais do que o castelo, acho lindíssimo este meandro do rio.
É a vista que se tem da porta principal do castelo; do outro lado do rio, estamos em Espanha.
Boas Laurus,bela reportagem.Muito bonito,não conhecia.
Há sempre mais um "pedaço" de Portugal que não conhecemos à nossa espera, que até pode ser bonito e interessante...
É verdade Laurus Nobilis. E este castelo é um desses, tal como o Parque que o envolve e que mostraste há dias.
Serviço publico.
Lindissima a lenda.
Na minha terra, Ilhavo A Grande, também há umas lendas de mouras encantadas, que hei-de trazer à liça.
Cumprimentos
Obrigado pela visita, e por me dar a conhecer mais um blog que vou tentar visitar todas as semanas, gostei do que vi, vou voltar com mais tempo.
Uma coisa é certa, já está nos favoritos, excelente trabalho.
Parabéns.
Acho tudo lindíssimo (maravilhoso, mesmo), mas... Sinto falta de raias no azul, de peixinhos às risquinhas coloridas, enfim, de mais AZUL PROFUNDO!...
Um bom Fim-de-Semana a todos!...
Mais um bocadito de tempo e tenho a certeza que o azul profundo recomeça!
a moura veio de Moura? ou chamava-se Moura por ser de Moura?
ela não olha para o infinito... olha é para esta paisagem que é linda! linda!!
mesmo uma parte sendo Espanha ;(
quando aqui estive... há uns anos!! davam aulas no castelo sobre técnicas tradicionais de construção...
quanto ao azul profundo a menina Sofia tem muito que ver para trás que aposto que ainda não viu ;)
Não! A moura, veio de Moura! É assim que rezam as crónicas... Agora o Castelo está com escavações arqueológicas e até já existe um local de acantonamento para visitantes poderem passar a noite; com autorização camarária, é claro.
já tinha escavações...
mas tinha também aulas de construção de abóbodas, abobadilhas, taipa...
Sim, para trás... Muitíssimo para trás! Mas hoje gostei da raia em Moçambique!...
ai menina Sofia! se andar 2 artigos para trás tem o lindíssimo mar da Bretanha!!
linda reportagem..linda história ..não conhecia --é para isso que servem blogues como o milhas...estou sempre a saber mais um pouquinho
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