“Mas se querem ver uma serra bem serrana em que a beleza se desprende apenas dos panoramas que se rasgam desde alterosos balcões de rocha sobre os vales e as fitas de prata dos rios, coleando nos abismos; da abundância tumultuosa da frescura das águas, palrando em jorros e cascatas nos declives abruptos; do silvestre e bucólico das matas, em que predomina o carvalho-roble, o pinheiro-manso e a urze em flor; da fauna brava, onde se contam, embora rareando, a corça, a cabra selvagem, o javalí, o lobo e a águia, … então venham à Serra do Gerês penetrar-se da sua essência primitiva e cândida”, Jaime Cortesão
O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), criado a 8 de Maio de 1971 (DL 187/71), é a primeira área protegida do nosso país e o único Parque Nacional. Localiza-se no norte de Portugal, na transição do Minho para Trás os-Montes, e abrange os concelhos de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre. Ocupa uma área de 70 mil hectares, integrando as serras do Gerês, Amarela, Soajo e Peneda e os planaltos da Mourela e Castro Laboreiro.
As variações de altitude e de clima deram origem à grande variedade e riqueza do coberto vegetal, desde os carvalhais e pinhais, bosques de bétula ou vidoeiro, à abundante vegetação ripícola e aos campos de cultivo e pastagens.
A mata de Albergaria (nas fotos) é bem representativa desta riqueza e variedade.
Desaparecido o urso pardo, o PNPG ainda é abrigo do lobo e da águia-real, da toupeira-de-água e de inúmeros répteis, anfíbios e peixes.
É também valiosíssimo o património cultural, histórico e arquitectónico de que mostrámos alguns exemplos nos artigos sobre o castelo de Castro Laboreiro e a sua envolvente.
Saiba mais sobre esta área protegida no
Portal do ICN
e na página da Adere-PG (central de reservas).
4 comentários:
que fotos tão lindas!! sobretudo a de baixo...
é mesmo assim que eu gosto da floresta!!
estas árvorezinhas são tuas primas?
Na floresta, somos todas primas umas das outras...
lindo cenário! digno daqueles que o viveram há muito...
A estrada da Geira, não pela Geira Romana mas porque atravessa a Mata de Albergaria, deve ser um dos mais bonitos percursos de floresta que existe em Portugal.
Esta fotografia parece-me a mim que é num afluente do rio Homem.
Ainda bem que te lembraste do Gerês. A semana passada deixei passar a Ria Formosa e a Serra de Aire e Candeeiros. Ficam para o próximo ano.
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