A sorbus aucuparia, conhecida em Portugal como tramazeira, é uma das árvores sagradas do povo celta. Tal como indica o seu nome que associa as palavras celtas “sor” - áspero e “mel” - mel (macio), esta árvore harmoniza as energias, afastando influências negativas.
Por isso eram plantadas junto dos círculos sagrados (cromeleques) e das casas, como protecção (continuaram depois a ser plantadas nos adros das igrejas). Os druídas usavam-nas para assegurar boa sorte para os seus clãs. Os marinheiros celtas (e vikings) levavam talismãs feitos com a sua madeira para assegurar boas viagens. Um ramo colocado sobre a porta de entrada afasta os maus espíritos, tal como se for apanhado no campo (sem o cortar) e preso na roupa serve de protecção nas caminhadas. E é também a árvore que protege os que nasceram entre 1 e 10 de Abril e de 4 a 13 de Outubro.
Para os comuns, que iniciam agora um ano novo, deixamos aqui um ramo de tramazeira para que vos proteja em 2007.
Para os que, como nós, celebram o novo ano no Samhain, que a tramazeira vos proteja no resto do ano.
Na h-uile la gu math duit (possam todos os teus dias ser bons)
A existência de uma lendária ilha das Sete Cidades, situada algures no Mar Oceano a ocidente da Europa, inspirou durante muitos séculos a exploração marítima.
As referências à existência da Ilha das Sete Tribos ou Ilha dos Sete Povos, que acabou fixada nas línguas modernas em Ilha das Sete Cidades, datam das fontes clássicas latinas, provavelmente incorporando tradições mais antigas dos povos mediterrâneos.
A crença na sua existência deu origem a uma das lendas mais divulgadas da Idade Média europeia, existindo múltiplos relatos de avistamentos ocasionais e de expedições organizadas para a sua descoberta sem que alguma vez tal se tenha verificado.
Nos Açores, sobrevive até aos nossos dias a lenda da ilha encantada que, apenas pode ser avistada por volta do dia de São João (24 de Junho).
Sobre a Ilha das Sete Cidades, bem se pode ainda dizer: esta ilha foi descoberta, antigamente, pelos portugueses; agora, quando a procuramos, não a encontramos.
Como consolação ficou-nos o nome do vulcão das Sete Cidades, na metade ocidental da ilha de São Miguel, com as suas lagoas e a freguesia das Sete Cidades no interior da sua caldeira.
Esta cruz, simboliza o compromisso entre o círculo sagrado celta e a cruz cristã. Simboliza o entendimento e o respeito mútuo que deveria ter existido entre os ritos antigos e a nova religião que acabara de chegar. Esse entendimento acabou por não perdurar... os sacerdotes foram perseguidos e, na sua maioria, mortos com acusações que só mostraram e mostram ignorância. No entanto, algures por esta Europa, ainda há quem insista em utilizar este símbolo que, talvez, tenha sido o primeiro símbolo verdadeiramente ecuménico que se utilizou no ocidente.
Editado pela Quimera Editores, Amélia – Rainha de Portugal, de Eduardo Nobre, é um álbum profusamente ilustrado e divulga uma biografia desta nossa rainha, desde a sua infância, até à derradeira viagem a Portugal e à sua morte no exílio, passando pelos enormes tormentos do regicídio. Uma excelente leitura!
Pontos Fortes
Realmente, um dos melhores livros escritos em língua portuguesa.

Depois de uma descida com a inclinação de 25%, chegamos à Ponta do Arnel onde, no séc. XIX, foi construído o primeiro farol do arquipélado dos Açores.
