Não, não tenho acções do Público, nem do Público nem de coisa nenhuma... mas hoje falava de um assunto que me interessa e que deveria interessar Portugal: a bioenergia.
Pelos vistos agora é a vez do cardo. No Alentejo fizeram uma plantação de cardos detinados à produção de biodiesel e biomassa. Mas descobriram também, que no local da plantação, impera a vida selvagem. Citando o jornal: “A variedade de rapinas chega a surpreender, com águias, gaviões e várias espécies da avifauna estepária”, bem como coelhos e lebres, perdizes, répteis, insectos, estes últimos alimento de pintassilgos, verdelhões, carriças, chapins, cotovias e por aí fora.
Ou seja, para além de fonte de energia a plantação é também fonte de alimento e local de nidificação, elemento importante para a fixação da terra, e ainda dispensa mobilizações do solo.
Tem graça que o Ministério da Agricultura diz que as culturas com potencial energético têm rendimentos negativos. Provavelmente esquecem-se de contabilizar o que o país pode poupar em gastos de energia e por emitir menos gases com efeito de estufa; esquecem-se de contabilizar a manutenção de emprego na agricultura; e esquecem-se de contabilizar os benefícios de reduzir a crescente desertificação do nosso território.
Porque será que a França, a Alemanha, a nossa vizinha Espanha e alguns dos países de Leste apostam cada vez mais neste tipo de energia?
"...As ribeiras precipitam-se lá de cima, do planalto, correndo e caindo nos pulos e escavando a terra até encontrarem o leito de lajedo, quase sempre apertadas entre ribanceiras e revestidas de incenso ou faia..."
in "As ilhas Desconhecidas" de Raúl Brandão.
Embora a fotografia não seja do local em causa, penso que ilustra bem o excerto deste magnífico relato...




Já que se fala de reis e do amor que tiveram pelo mar, vale também a pena lembrar aqui o “Rei Marinheiro”, D. Luiz I, por acaso o pai de D. Carlos (o amor pelo mar tinha que lhe vir de algum lado). D. Luiz foi por sua mãe, D. Maria II, consagrado ao mar - “do mar proviera o maior esplendor de glória que dourara as armas de Portugal” - e desde os 8 anos segue carreira na Marinha, dedicando-se aos assuntos marítimos com fervor. Percorre todos os passos até chegar a capitão de mar e guerra, quando ao fim de 15 anos no mar, estando ao comando da corveta Bartolomeu Dias, recebe a notícia que terá que abandonar o mar onde desejaria continuar a viver, para assumir o comando de outra nau bem mais difícil de governar: Portugal.
Neste "Milhas Náuticas" em que todos amamos o mar, não posso deixar de começar com uma passagem de um livro infantil, da autoria de Carlos Caseiro, chamado "Era uma vez um Rei que amava o mar":
"Era uma vez um Rei que amava o mar. O seu reino, pequenino, debruçava-se sobre o grande Oceano Atlântico e a maior parte do seu povo vivia de semear os campos e da pesca. Esse Rei chamava-se Carlos e o reino era o nosso Portugal. Era um reino pequenino na Europa, mas tinha muitas terras espalhadas pelo mundo todo."
Até breve...


a abrir o cortejo...

Lado a lado. Mas o Creoula também quase que não se via. Vou agora vê-los largar.
que era também o do Infante D. Henrique.
Um dos que estava "escondido". E no entanto um dos mais bonitos! Mas parece que o Mir tomou conta de tudo. Primeiro do cais que ocupou à larga, e com quase 95 m, ninguém via os 54 m do "navio verde".
"Não queremos cabos a passear pelo convés. Ainda alguém tropeçava!"
Dizem que é o tallship mais bonito. É muito bonito, sem dúvida. Mas é pena não ter entrado na regata, será que é para não estragar a pintura?
Ganhou a regata St Malo-Lisboa. Ganhou nos "classe A", os grandes navios, mas ganhou também a geral. É um navio Norueguês, de treino da marinha mercante, com 62 m e construído em 1937. Mas ganhou também de certeza no merchandising: a "banquinha" de t-shirts, bonés e postais era um sucesso, e a máquina registadora mostra que não se brinca com estas coisas. Se calhar era um exemplo a seguir pelos outros navios, quem os visita traz uma recordação, e sempre é uma ajuda, quanto mais não seja para a manutenção.
São bonitos e valeu a pena
Mas a confusão era mais que muita, os horários de visitas anunciados não correspondiam exactamente à realidade, alguns navios não estavam abertos à visitação, havia navios que nem se viam porque estavam amarrados por fora de outros, e os mais pequenos, "os de regata" estavam dentro de uma rede que não se podia ultrapassar.
Penso que em 98 a organização era um bocadinho melhor, talvez houvesse mais espaço, ou então era por se tratar da Expo 98. Mas eram também bastante mais barcos.