25 junho 2019

Company's garden: um jardim que é de todos


"Respeite aqueles que trabalharam para construir e desenvolver o nosso país e (Acredite que a África do Sul pertence a todos os que nela vivem, unidos na nossa diversidade)"
Esta frase é do preâmbulo da Constituição da África do Sul e está gravada (bem como outros extractos) numa das entradas do Jardim da Companhia.
Nessa entrada está também um arco - o Arch for Arch - erguido em homenagem ao Arcebispo (Archbishop) Desmond Tutu.

Num dos lados do jardim, perto do Arco, localiza-se a Catedral de St. George, conhecida como a "catedral do povo" porque manteve sempre as portas abertas para as pessoas de todas as raças durante o apartheid. Foi também aqui que Desmond Tutu liderou uma manifestação com 30 mil pessoas em 1989.

O que é certo é que uma das estátuas do jardim é a de Cecil Rhodes, que apesar de odiado por muitos, nomeadamente por acreditar que a raça anglo saxónica era "a primeira raça do mundo" e pelas formas pouco ortodoxas como colonizou uma grande parte da África subsahariana, faz parte daqueles que trabalharam para construir e desenvolver a África do Sul e por isso deve ser respeitado.

No topo oposto à entrada do Arco está (por enquanto) o museu Iziko da África do Sul, mas essa é uma história que contarei mais tarde,

e, dominando tudo, a "Montanha da Mesa" que será também objecto de outro artigo.

2 comentários:

garina do mar disse...

é bom que nalgum lado haja respeito pela história e por quem fez algo pelo país… mas não deve ser em toda a África do Sul, talvez no Cabo haja mais tolerância?
por cá inventaram aquela dos pedidos de desculpa!!!

já ouvi falar desse museu, fico à espera da história...

Laurus nobilis disse...

Curiosamente conseguiu um qualquer equilíbrio social e político que, sendo por vezes precário, tem-se vindo a manter. Esperemos que que assim continue!