18 outubro 2011

Rio Lugenda (1)


O rio Lugenda é um afluente do rio Rovuma (rio que delimita a fronteira Norte de Moçambique). Quando se acede à Reserva vindo de Sul (de Marrupa) atravessa-se o rio por esta ponte que dá acesso à entrada principal da área de conservação.
Apesar de nesta altura (início de Setembro), quase no auge da época seca, o rio ter pouca água, pode-se adivinhar, pela largura do seu leito, que o Lugenda é muito caudaloso na época das chuvas: os dados da estação hidrográfica, localizada no local onde foram tiradas estas fotos, revelam que os caudais variam entre 100 e mais de 1000 m3/s.
Em baixo é possível ver uma das inúmeras armadilhas de peixes colocadas no rio.
Os inselbergs que sobressaem das planícies de miombo da reserva, são formações rochosas muito características da zona Norte de Moçambique.
O Lugenda atravessa a Reserva de Sudoeste para Nordeste e é considerado o elemento vital desta área de conservação sendo, tal como o Rovuma, uma das maiores e principais fontes de subsistência para as comunidades residentes na Reserva.
Está em curso um projecto de três anos para melhorar a gestão dos recursos pesqueiros no rio Lugenda, que envolve a capacitação das Comunidades Locais e o desenvolvimento de um Plano de Maneio do Rio Lugenda, destinado a garantir a preservação da sua biodiversidade e dos seus recursos.
A utilização "intensiva" do rio dá muitas vezes origem ao "conflito homem-animal": a competição pelo mesmo território e pelos mesmos recursos faz com que sejam registados diversos ataques de animais selvagens a pescadores e agricultores. Mas nem os ataques nem as inúmeras acções de aviso e sensibilização impedem que o rio continue a ser utilizado como local de banho, de lavagem de roupa e de pesca.

3 comentários:

Laurus nobilis disse...

África no seu esplendor! O rio é vida e vida passa por comer, tomar banho, lavar roupa... Vai ser difícil convencê-los...

Navegante disse...

Muito bonito! A terceira está um verdadeiro quadro.

Nautilus disse...

O rio é muito bonito. E os "inselbergs" dão um efeito engraçado, não sabia que havia assim tantos no Norte de Moçambique.
Quanto aos usos do rio, penso que as pessoas se esquecem do perigo, até que acontece alguma coisa, depois têm mais cuidado nas vão-se esquecendo de novo. Além de que normalmente "o mal só acontece aos outros".