25 abril 2014

A seca do peixe na Nazaré

A tradição de secar o peixe é uma forma de o conservar e terá tido como origem, possivelmente, garantir o sustento das famílias em épocas de escassez. Na Nazaré, tal como noutras vilas e aldeias piscatórias de Portugal, ainda é uma actividade que se pratica.
As espécies mais utilizadas são, entre outras, o carapau, a sardinha, a pata-roxa e o polvo.
O peixe é primeiramente amanhado e lavado, sendo seguidamente passado por uma salmoura feita com água e sal grosso ou mesmo, água do mar.
Finalmente é escalado, estendido nos paneiros e posto a secar ao sol durante 2 a 3 dias, consoante o tempo. Os paneiros são rectângulos de madeira onde é aplicada rede, que é esticada, de modo a que o ar circule e seque o pescado.
O peixe pode ser comido desfiado e cru ou cozido, acompanhado de batata cozida e regado com azeite, vinagre e alho picado, embora quando se trate de sardinha, seja normalmente assado.
O local de secagem do pescado chama-se estindarte o que, no fundo, acaba por ser um sinónimo de estendal, não para a roupa como é usual, mas sim para o peixe exposto.

3 comentários:

garina do mar disse...

ena! que bela reportagem!!! há muitos anos tirei umas fotos bem giras desta seca do pescado mas estava convencida que já não existia...
ainda bem que existe!!

Navegante disse...

Tantos carapaus! A seca do polvo ainda se vê com alguma frequência mas assim, acho que já não via há umas dezenas de anos. Espero que mantenham a tradição.

Nautilus disse...

A miúda tem razão. Fizeste uma boa reportagem com belas fotografias. Estas "texturas" resultam muito bem.
Tenho que ir à Nazaré. Experimento a talassoterapia e aproveito e vejo estas coisas