A tradição de secar o peixe é uma forma de o conservar e terá tido como origem, possivelmente, garantir o sustento das famílias em épocas de escassez. Na Nazaré, tal como noutras vilas e aldeias piscatórias de Portugal, ainda é uma actividade que se pratica.
As espécies mais utilizadas são, entre outras, o carapau, a sardinha, a pata-roxa e o polvo.
O peixe é primeiramente amanhado e lavado, sendo seguidamente passado por uma salmoura feita com água e sal grosso ou mesmo, água do mar.
Finalmente é escalado, estendido nos paneiros e posto a secar ao sol durante 2 a 3 dias, consoante o tempo. Os paneiros são rectângulos de madeira onde é aplicada rede, que é esticada, de modo a que o ar circule e seque o pescado.
O peixe pode ser comido desfiado e cru ou cozido, acompanhado de batata cozida e regado com azeite, vinagre e alho picado, embora quando se trate de sardinha, seja normalmente assado.
O local de secagem do pescado chama-se estindarte o que, no fundo, acaba por ser um sinónimo de estendal, não para a roupa como é usual, mas sim para o peixe exposto.
3 comentários:
ena! que bela reportagem!!! há muitos anos tirei umas fotos bem giras desta seca do pescado mas estava convencida que já não existia...
ainda bem que existe!!
Tantos carapaus! A seca do polvo ainda se vê com alguma frequência mas assim, acho que já não via há umas dezenas de anos. Espero que mantenham a tradição.
A miúda tem razão. Fizeste uma boa reportagem com belas fotografias. Estas "texturas" resultam muito bem.
Tenho que ir à Nazaré. Experimento a talassoterapia e aproveito e vejo estas coisas
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