27 janeiro 2017

Records na vela à volta do Mundo


Entre 25 de Dezembro e 26 de Janeiro foram estabelecidos três novos records na volta do mundo à vela em três situações diferentes.

Thomas Coville, apenas porque havia um record a bater, chegou a 25 de Dezembro a Ouessant, depois de uma volta ao mundo em solitário, num trimaran, ao fim de 49 dias e 3 horas. Bateu em 8 dias e 10 horas o record anterior que era de Francis Joyon, em 2008.
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A 19 de Janeiro, Armel le Cléac'h ganha a famosa regata "Vendée Globe Challenge, que já vai na sua 8ª edição (a 1ª foi em 1980): a volta ao mundo à vela (em veleiros monocasco) em solitário e sem escala, com largada e chegada em Sables d'Olonne, na Vendée. Com 74 dias e 3 horas de regata bateu, em 4 dias, o anterior record que era de François Gabart.
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Finalmente, a 26 de Janeiro, Francis Joyon, sim, o que tinha o anterior record em trimaran em solitário, bateu o anterior record do Troféu Jules Verne, realizando o périplo num trimaran com mais 5 tripulantes, em 40 dias e 23 horas. Este troféu é um desafio aberto - pode concorrer qualquer tipo de veleiro, com qualquer dimensão de tripulação e o dia de largada, em Brest, é definido pelo próprio com pré-aviso - e visava fazer a volta ao mundo à vela em 80 dias. Com 27 tentativas, apenas 10 conseguiram fazer a volta em menos de 80 dias, sendo Bruno Peyron o primeiro, em 1993, com 79 dias e o último, até ontem, Loick Peyron com 45 dias e 13 horas, em 2012. Neste momento o tempo vai quase em metade do objectivo inicial!!
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Será muito difícil bater qualquer destes três records mas com a evolução da tecnologia na construção destes veleiros e, sobretudo, com os cada vez melhores conhecimentos meteorológicos, um destes dias acontecerá de novo. E, como diz Loick Peyron:

20 janeiro 2017

Cinclus - Festival de Imagem de Natureza de Vouzela


(clique na imagem para ampliar)

Chegou-me isto às mãos e pareceu-me um programa muito interessante para o próximo fim de semana. Sobretudo no sábado onde há lobos, aves necrófagas, o mar da terra do Luís Quinta, ilhas sagradas, o lago Tanganica, a Islândia no Inverno e ainda uma degustação de cogumelos e uma prova de produtos regionais.

Além disso é um festival que já vai na sétima edição, num país onde as iniciativas mesmo as muito boas morrem depressa, até porque a concorrência em vez de se unir para criar massa crítica procura fazer igual dispersando os interessados.
Parabéns!

Quem estiver interessado pode ver mais informação aqui

12 janeiro 2017

O Futuro da Saudade


«... Talvez um dia o preto e o branco irremediavelmente se diluam e tudo ficará cinzento e triste e, ser português, não será diferente de ser americano, espanhol, francês, italiano ou alemão...»

«... Mas se algo nos distingue, enquanto grupo, dos outros (e creio que sim por mais subjectivo que seja), melhor se expressa na guitarra de Carlos Paredes ou na voz de Amália, do que num esboço teórico...»

Este livro, datado de 2004, foi das melhores abordagens que li sobre a encruzilhada em que a canção de Lisboa se encontrou e eventualmente se encontra, depois dos grandes mestres se terem gradualmente afastado. Aconselho vivamente a sua leitura a quem, como eu, gosta de fado!

05 janeiro 2017

Resmas de grous


De Novembro a Fevereiro os grous "invadem" os campos do Alentejo interior: de Caia a Mértola existem inúmeros locais de dormida e de alimentação.
Em Dezembro fui procurá-los e encontrei resmas deles perto de Safara: numa montagem de várias fotografias contei mais de 200 e estariam ainda muitos por trás da dobra da colina.

A luz estava muito bonita, com o sol bastante baixo, e o cenário era bem diferente do habitual: nunca tinha visto grous em terra arada.

Ainda consegui tirar algumas fotos, incluindo a tal montagem, antes de levantarem voo.

Achei graça porque havia uns mais corajosos

mas acabaram por também levantar.

E rumaram para outras bandas! Fui atrás deles para ver onde pousaram mas aí estavam mesmo contra luz e era impossível fotografar.