31 maio 2016

Vinagreiras

 Quando a maré baixa,
 lá para os lados do Sudoeste,
 é frequente poderem-se encontrar
colónias com muitos animais juntos, debaixo de uma qualquer pedra ou reentrância...

23 maio 2016

Castelos de Portugal

 "... marcados por uma beleza paisagística impressionante e onde é possível imaginar os actos de valentia, as conquistas e também as derrotas de um povo guerreiro que "construiu" um país que já tem mais de oitocentos anos..."
O autor, embora tenha nascido em Portugal, tem nacionalidade britânica. Durante a II Guerra Mundial esteve ao serviço da Royal Air Force, tendo fixado residência no nosso país após o conflito. Dividido em dois volumes, respectivamente a Norte e Sul do Tejo é, sem dúvida, um excelente roteiro destas fortificações, tantas vezes perdidas na memória do tempo.

18 maio 2016

Um cruzeiro no arquipélago dos Bijagós (3º dia, de manhã: de Canhabaque às ilhas do Sul)


De manhã saímos em direcção a Canhabaque, mas desta vez com o Africa-Princess. Íamos à base que o barco tem na ilha (na praia onde tínhamos estado na véspera) para reabastecer de água e combustível.

A praia estava bastante mais movimentada. Além dos trabalhos de abastecimento passaram pelo areal várias mulheres que iam cortar e apanhar as folhas de palmeira (o macúti, como se diz em Moçambique) para a construção das casas. E tal como em Moçambique são as mulheres que fazem os trabalhos pesados!!

Por fim largámos de novo, passámos a ponta de Barel onde está um velho farol, semelhante ao do ilhéu dos Pássaros mas este desactivado, e rumámos às "ilhas do Sul".

Cerca de uma hora e meia depois estávamos em frente à ilha de João Vieira, onde tínhamos que ir pagar a entrada no Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão, onde tínhamos acabado de entrar, (2 mil francos), e a "taxa de observação de espécies" na ilha de Poilão, onde iríamos no dia seguinte (8 mil francos).
As ilhas do Parque são propriedade de quatro tabancas da ilha de Canhabaque e utilizadas para a cultura de arroz, colheita de produtos da palmeira e a realização de cerimónias religiosas. Estas ilhas não têm habitantes em permanência e só na ilha de João Vieira há construções "fixas": a casa dos guardas e um pequeno aldeamento de apoio à pesca (ver na foto abaixo).


A lancha levou-nos até à ilha onde fizemos um pequeno passeio pela praia (ao fundo vê-se a ilha do Meio)

para irmos apanhar a lancha numa zona onde não fosse preciso caminhar muito sobre o lodo dado que a maré entretanto vazara.

O banho ficava para a tarde porque a altura da água não dava sequer para mergulhar e regressámos ao Africa Princess para mais um óptimo almoço... (continua...)

14 maio 2016

Um cruzeiro no arquipélago dos Bijagós (2º dia: ilhéu dos Porcos e Canhabaque)


No 2º dia acordámos numa enseada abrigada que praticamente divide em dois o ilhéu dos Porcos (só em maré baixa é que as duas metades se unem).

Por trás da "metade" sul via-se a ilha de Canhabaque (foto abaixo) que ia ser o nosso destino desse dia, com dois programas: quem quisesse ia visitar a tabanca (aldeia) de Inorei, quem não quisesse ficava na praia. Assim, depois de um pequeno almoço muito diversificado, que incluía pão, croissants, bolo, doces vários, fruta e um saboroso sumo de pétalas de hibisco, pusemos os coletes e embarcámos na lancha.

Na ilha de Canhabaque, no lado nascente, as praias de areia são intercaladas por pontas ou afloramentos rochosos que acabam por servir de controlo à erosão.

Na praia só estávamos nós, o marinheiro da lancha e o guarda da "base" do Africa Princess. Pouco depois apareceram algumas pessoas da tabanca mas que se mantiveram à distância. Tínhamos as esteiras por baixo das árvores que circundam a praia mas dentro de água é que se estava mesmo bem! que água tão quentinha :) .

Quando os "corajosos" regressaram da visita, foi tempo para mais um mergulho e regressar ao barco para almoçar. Com aquela mesa incrivelmente bem posta, protegida por um grande toldo, e um peixe fresquíssimo para o almoço.
Depois de almoço, foram todos para uma das praias do ilhéu, ali mesmo à beira do barco, e eu fui para o "tejadilho" do barco ler (não gosto de areia ;) ) e fotografar as inúmeras aves que abundam por ali e depois o pôr do sol.


É engraçado que o sol ali não se põe, desvanece-se!!

08 maio 2016

Um cruzeiro no arquipélago dos Bijagós (1º dia: a viagem)


Depois de um voo simpático, de cerca de 4 horas, aterrámos em Bissau por volta da hora de almoço. Um almoço rápido, trocar algumas coisas da mala para um saco e era tempo de ir para bordo.

No porto de Bissau esperava por nós uma pequena lancha que nos ia levar a bordo do Africa Princess (ver aqui) que estava fundeado ao largo.

Ainda esperámos por um passageiro mais atrasado, o que permitiu ir vendo o movimento do porto (em cima) e a ilha de Rei (em baixo) onde as instalações de uma antiga fábrica de óleo de amendoim podiam justificar o seu aproveitamento para um hotel ou resort.

Depois, já a aproximarmo-nos do fim do dia, finalmente largámos em direcção aos Bijagós, contemplando a costa de Bissau,

e a "ilha dos Pássaros", que alberga um antigo farol e uma das luzes que sinaliza a entrada no porto, bem como inúmeras aves que ali vêm passar a noite (na foto um grande bando de pelicanos).

Enquanto estávamos entretidos o "mordomo" do Africa Princess veio-nos pedir se podíamos jantar um pouco mais cedo, enquanto havia luz para que uma eventual iluminação da mesa de jantar não ofuscasse o comandante.
Assim fizemos, numa mesa impecável!


Para o fim do jantar, o habitual "marão" que se encontra à saída do canal de Bissau já impedia a estabilidade dos copos e às tantas os salpicos eram tantos que nos fomos abrigar na zona do bar, por trás da "ponte".
Mas foi pouco tempo, uma hora e picos depois navegávamos já entre ilhas, em direcção ao local onde íamos passar uma noite tranquila.