25 abril 2014

A seca do peixe na Nazaré

A tradição de secar o peixe é uma forma de o conservar e terá tido como origem, possivelmente, garantir o sustento das famílias em épocas de escassez. Na Nazaré, tal como noutras vilas e aldeias piscatórias de Portugal, ainda é uma actividade que se pratica.
As espécies mais utilizadas são, entre outras, o carapau, a sardinha, a pata-roxa e o polvo.
O peixe é primeiramente amanhado e lavado, sendo seguidamente passado por uma salmoura feita com água e sal grosso ou mesmo, água do mar.
Finalmente é escalado, estendido nos paneiros e posto a secar ao sol durante 2 a 3 dias, consoante o tempo. Os paneiros são rectângulos de madeira onde é aplicada rede, que é esticada, de modo a que o ar circule e seque o pescado.
O peixe pode ser comido desfiado e cru ou cozido, acompanhado de batata cozida e regado com azeite, vinagre e alho picado, embora quando se trate de sardinha, seja normalmente assado.
O local de secagem do pescado chama-se estindarte o que, no fundo, acaba por ser um sinónimo de estendal, não para a roupa como é usual, mas sim para o peixe exposto.

18 abril 2014

Mergulho de "aquecimento"


Ou melhor... de arrefecimento que a água estava bastante fria! e mesmo com o que tivemos que dar à barbatana continuou fria...

Na primeira parte não correu mal, como estava muita corrente encostámos ao fundo e à parede e aquelas paredes de Sesimbra são sempre bonitas!!


O pior foi quando foi necessário começar a subir e voltar para trás: ainda vimos uns bons cardumes de sargos com uns robalos lá misturados...



e uma moreia enfiada numa fenda da rocha (mas aí a corrente já era tanta que nem mesmo agarrada às rochas consegui perceber onde estava a cabeça dela)!

E depois tivemos mesmo que subir para não ir parar a África... mesmo assim, o mergulho começou dentro da baía da Armação e acabou já fora da Pedra do Guincho!!

Espero que daqui a 2 semanas corra melhor...

08 abril 2014

Moinho de maré da Mourisca


Ontem foi o dia nacional dos moinhos. E lembrei-me que, não só tinha estado há pouco tempo no Moinho de Maré da Mourisca, mas também que já publicámos por aqui vários moinhos como o Moinho do Marinheiro (ver aqui e aqui, o Moinho dos Canais (ver aqui e aqui, os Moinhos da Apúlia (ver aqui e aqui), o Moinho de Fresulfe (ver aqui) e os Moinhos de Porto Santo (ver aqui) e nunca publicámos um moinho de maré...

O moinho recebe a água a partir da caldeira que está do lado direito na fotografia de cima. Quando a maré está cheia, a comporta (ver abaixo) é fechada e só volta a ser aberta na maré vazia.
Nessa altura a água é dirigida para um canal (que não se vê muito bem na fotografia abaixo),


faz andar as várias mós do moinho


e volta a sair para o rio.


O Moinho de Maré da Mourisca localiza-se na zona da Gâmbia, junto ao rio Sado e é visitável de Quarta-feira a Domingo, entre as 9:30h e as 19:30h, no Verão e entre as 10:00h e as 18:00h no Inverno.
Tem um café e uma esplanada muito agradáveis e de vez em quando realizam-se por lá diversos tipos de actividades. Fica aqui o Catálogo de Actividades de 2013, parece que o de 2014 está a ser preparado.