31 julho 2008

A "raia das pintas azuis"


Dasyatis kuhlii, ou "Uge ponteado", como lhe chamam em Moçambique, deixou-me aproximar,

a tal ponto que quase parecia que dava para lhe sacudir a areia!

Mas depois achou que era melhor ir andando...
Bom passeio!

28 julho 2008

Vinagreiras (ou bailarinas espanholas)

ou Hexabranchus sanguineus, "apanhadas" a acasalar.
"Dizem" que são nudibrânquios mas são bem maiores que os que se costumam ver, mesmo em águas mais quentes. E chamam-lhes bailarinas espanholas porque a flutuar fazem um bailado lindo.
Apanhei uma vez uma, num mergulho nocturno em Sesimbra. Por lá (Sesimbra) vêem-se muitas vinagreiras mas são mais escuras.
Estas são do "Manta Reef", no Tofo.

20 julho 2008

A raia "misteriosa"


"Descobri-a" no Tofo, em Inhambane. E não vem nos "livros" de identificação porque estaria considerada como extinta.
Mas afinal não está. Parece que no Tofo existem cinco. Chamam-lhe por lá small eyed ray (porque tem os olhos pequeninos). Mas não é. Essas têm cerca de 45 cm e esta era bem maior que eu

Alguém sabe?

15 julho 2008

Castelo de Noudar

A história do Castelo de Noudar perde-se no tempo, especialmente porque o arquivo camarário ardeu por duas vezes – durante as invasões francesas e durante a guerra civil entre as tropas de D. Miguel e D. Pedro. Até à chegada de Gonçalo Mendes da Maia a esta região por volta de 1167, esta fortaleza terá sido, na época do domínio árabe, uma simples estrutura que fazia o controle da estrada de ligação a Beja. A partir desta época, a sua posse foi alternando entre mouros e castelhanos, só passando para a Coroa Portuguesa, no reinado de D. Dinis, no séc. XIII.
Terminadas as guerras e definida a linha de fronteira, este Rei revitaliza e reorganiza o território, nomeadamente através do povoamento da região, concedendo em 1295 foral à Vila de Noudar. São efectuados melhoramentos na fortaleza e foi mandando construir o Castelo que é entregue à Ordem de Avis, promovendo a localidade ao estatuto de guarda avançada no território nacional.
Em 1543, o Rei D. Manuel renova o antigo foral, mantendo a vila todos os seus privilégios. Esta e o seu castelo mantiveram-se ocupados por tropas castelhanas depois Guerra da Restauração da independência portuguesa, até 1707, sendo a sua restituição firmada no Tratado de Utrecht, em 1715.
Passadas as glórias e os sofrimentos veio o abandono e, em 1893, o castelo foi arrematado em hasta pública pela quantia de trezentos mil e cem reis. É monumento nacional desde 1910.
Mas… e ainda bem que há sempre um “mas”, reza a lenda que, debaixo da Torre de Menagem do castelo existe uma serpente… dizem as vozes do tempo que uma Moura encantada, devido a desgostos de amor, veio de Moura para ficar para sempre neste lugar mágico. Há quem jure que já a viu à noite, com a sua trança enrolada na cabeça, olhando o infinito…

08 julho 2008

Cromeleque dos Almendres

O Cromeleque dos Almendres situa-se a 12 quilómetros de Évora e é constituído por 95 monólitos de granito. Foi sendo erigido entre os finais do VI milénio e o começo do III milénio a.C. (Neolítico), remontando a 1964 a descoberta deste monumento. É o maior conjunto de menires estruturados da Península Ibérica e, sem dúvida, um dos mais imponentes da Europa.
Os monólitos apresentam-se esculpidos em diferentes formas e dimensões e, cerca de uma dezena, exibe relevos e gravuras.
Em algumas pedras, são visíveis imagens de báculos, símbolo de poder e prestígio social. Curiosamente ou não, estas figuras também são registadas em diversos monumentos bretões, o que leva a admitir uma quase certa difusão artística e religiosa na parte atlântica da Europa.
Estamos numa época em que se começaram a fazer sentir novas correntes culturais, possuidores de uma lógica religiosa centrada numa divindade feminina, a Deusa.
Relativamente perto, encontra-se este impressionante menir de grandes dimensões, cujo alinhamento com o Cromeleque coincide com o nascer do Sol no Solstício de Verão.