28 dezembro 2007

"Todos os barcos...", semeando a confusão


Era mesmo o Barco de Sesimbra. Desta vez foram o Blue Moon e o Velas do Tejo a acertar.

O caíque, pelo menos em 1785, tinha uma armação diferente.


Então e estes? Até são parecidos com o de Sesimbra mas "parece"
que não são o mesmo.
Será
que os palpites tinham
por base um conhecimento sólido?

35 comentários:

Anónimo disse...

Finalmente o resultado!
Blue moon i e velas do tejo well done,guys!
Our boys!
E com um concorrente de peso como a ver navios ainda tem mais valor!

garina do mar disse...

estás a ser mau conchinha!!
não são iguais?

Nautilus disse...

É verdade que para mim também não são muito diferentes. Mas também é verdade que eu não sou especialista na matéria :)
Só tenho a vantagem de ter o livro.

garina do mar disse...

achas que eles foram estudar?

já estive outra vez a ver o livro dos Veleiros mas continuo a achar que estes se não iguais são muito parecidos!!

Bluegrowth disse...

Vejamos, estamos a dissertar sobre ficção, sendo obvio que as gravuras não são minimamente fieis aquilo que se sabe sobre estas embarcações, muitas delas extintas.

Conforme esclareci, existe na gravura falta de coerência no detalhe do casco. Sendo que a marca mais característica de um Barco de Sesimbra seriam as características do velame e a mais evidente, a enclinação pronunciada dos dois mastro à vante.

Não tenho dúvidas que a segunda gravura se trata de um Barco de Sesimbra, contudo, na primeira (e a considerar o desenho da proa) poderá ser um Barco da Pescada -conhecido pelas babdas da Figueira da Foz. Quase que se assemelha ao casco de uma Baleeira da Câmara de Lobos, no entanto, esta última tinha um aparelho completamente diferente do apresentado na ilustração.

1ª Gravura: tenho dúvidas mas aposto num Barco da Pescada

2ª Barco de Sesimbra

A VER NAVIOS disse...

Cá pra mim é igual. A taça foi distribuída por todos.
Não sou especialista na matéria e opinei por comparações com diversas fotografias e imagens.
Lembremos que os Ílhavos, puxando a brasa à minha sardinha, constituiram colónias de Ílhavo ao Algarve.
O mais importante foi a troca de mensagens neste blog, que fez com que se passasse uma noite bem divertida.
Abraço a todos.

garina do mar disse...

o quê? havia uma taça?
não dei por nada ;)

mas é verdade que foi uma troca de argumentos divertida!!

Bluegrowth disse...

Era capaz de ter havido... eu ando aqui às voltas com uma taça de bombons.

garina do mar disse...

de bombons? então não faz mal... só gosto de chocolate preto ;)

A VER NAVIOS disse...

Ai,Ai,Ai,....
Com bombons e chocolates pretos, tanto me faz. Aqui morre tudo...
Nas imagens há uma coisa que me faz muita confusão.
Em todas delas o leme não tem cana, nem xarolo (travessa)como se chama nas bateiras e nos moliceiros.
Aqui fica mais uma pergunta:
Então como governavam?
Assim eu não sou capaz!

Nautilus disse...

É um facto que já as gravuras não seriam muito fidedignas. E que pintar aguarelas com base nas gravuras também não deve ajudar. Ou seja, isto quase que podia ser um daqueles passatempos de "descubra as diferenças".

Por isso, e como também me parece que nem com um conhecimento enciclopédico se poderia lá chegar, aqui fica (de acordo com as legendas do livro): Barco de Sesimbra, Caíque, Barca da Aldeia Galega para transporte de madeiras e Barco de Cascais de pesca e de pilotos de Costa.

Obrigado pela "participação". São bons os bombons? :)

Nautilus disse...

Morre tudo A Ver Navios?
Com os chocolates?

Mas a sua lupa não deve estar muito boa :) Vêem-se por ali umas "peças" a saírem da porta do leme.

A VER NAVIOS disse...

Foram deliciosos. Já cá estão:):):)

garina do mar disse...

também quero!!! chocolates claro...

garina do mar disse...

mas oh Velas do Tejo! já que ganhou os bombons... as velas do 1º, do 3º e do 4º não são igualinhas?

A VER NAVIOS disse...

Garina já fui ver. Há pra li uma espécie de espicha a sair para ré da cachola com uns cabitos para dentro da embarcação;)

O "morrer" é no sentido de "marchar", de "embarcar" de comer.
Estava a "mangar" comigo. Só pode;)

Bluegrowth disse...

Bom... eu fiz uma pausa para aquecer um balão que agora vai abrindo uma aguardente velha deliciosa que por aqui anda... os chocolates já foram.

No caso da Barca da Aldeia Galega só lhe conheço a silhueta mas ainda assim não é em nada comparável com as marcas de proa e popa da aguarela.

No caso do Barco de Cascais de pesca não conheço nem tenho outra referência que não a designação, não fazia a ideia que se podesse assemelhar à gravura.

Mas esta é como a do bacalhau... estamos sempre a aprender.

Post Scriptum: Que pena ter começado pelos bombons, se tivesse começado pela aguardente agora tinha desculpa.

garina do mar disse...

desculpa?
a aguardente não deixa distinguir as velas umas das outras?

Bluegrowth disse...

oh! minha querida... já que pergunta... não só se distinguem como se manobram.

garina do mar disse...

que se manobram sei bem!!
se a polícia marítima resolvesse mandar "soprar no balão" os skippers dos veleiros que andam por aí entre o Tejo e Cascais ganhava uma fortuna ;)

Bluegrowth disse...

Trabalhei em Barcelona durante algum tempo, nessa altura aproveitava as férias e ia e vinha entre Barcelona e Lisboa por mar.

Numa das viagens fiz escala na costa de Benalmadema e estive com uns amigos nas tapas e cañas... como não sou especialmente resistente, acabei por ter uma alegre passagem nocturna pelo estreito de Gibralter, somente acompanhado pelo grão na asa. Aquilo que começou por ser hilariante, acabou por ser perigoso... tive medo!

Hoje não bebo a bordo, nem gosto de sair com quem bebe.

Bluegrowth disse...

Histórias de piratas e garrafas de rum têm piada nas histórias que leio à noite ao meu filho.

garina do mar disse...

como em todas as coisas... há beber e beber!! não é bom quando é preciso passar-se do 8 para os 80... ou do 80 para os 8 ;)

garina do mar disse...

ainda há garrafas de rum nas histórias dos piratas?

Anónimo disse...

Foi um serão com tudo a que tinham direito! Chocolates, bebidas...
Boa conversa em boa companhia.

A VER NAVIOS disse...

Ai se não foi!....
Quem dera muitos destes.

Anónimo disse...

Ena pá!!!O que eu perdi!Isto ontem não era um Blog, mais parecia um forum!Parabens a todos os participantes.

garina do mar disse...

é verdade JC... andas muito desaparecido!! e ontem já foi a 2ª dose ;)

Ricardo disse...

O MN está feito num fórum! Estou a gostar da saudável discussão, apesar de não perceber nada (ou quase nada) de embarcações. Parabéns!

Jose Angelo Gomes disse...

Os mastros tão " afinados" para vante, deixam-nos o sabor do mediterraneo oriental e das primeirissimas embarcações lá do sitio.Provavelmente vieram para cá antes da romanização.
Em Cascais, os pescadores usaram embarcações com aparelhos deste tipo. E como se sabe, antigamentwe, os pilotos eram homens de conhecimento prático, pescadores locais, portanto.

Nautilus disse...

É verdade que se gerou uma conversa bem animada. De vez em quando sabe bem um debate destes. Mesmo percebendo pouco: sempre se aprende umas coisas mais. E por mim falo!

Laurus nobilis disse...

Pois eu, aprendi bastante!

Joao Augusto Aldeia disse...

Interessante post — que só hoje vi. Vale a pena comparar esta imagem com a gravura de Cazellas, de 1884: http://farm3.static.flickr.com/2097/2073608962_0a8e9f0a4c_o.jpg. Há um predomínio de barcos com 2 mastros, mas sem a acentuada inclinação da pintura.

Joao Augusto Aldeia disse...

Uma pergunta: seria a inclinação do mastro ajustável?

Nautilus disse...

Obrigado J.A.Aldeia.
Que gravura fabulosa!

Quanto à inclinação do mastro, sinceramente não sei. Foi pena ter chegado "atrasado" à discussão. Teria certamente dado um bom contributo :)
Temos admitido que haverá alguma "liberdade artística", quer do autor das gravuras iniciais, quer do aguarelista que as recriou.