07 dezembro 2007

Meia Lua

Na Costa de Caparica
Preparação para a faina

Saída para a faina

Regresso

A varar na praia

O descanso

À espera de um novo dia






Edição: Câmara Municipal de Almada/DASC/Museu Municipal/Núcleo Naval.
Colecção de postais: Embarcações Tradicionais

17 comentários:

garina do mar disse...

os postais são um espectáculo!!!
também tens um baú?
;)

Nautilus disse...

Fabulosos!
Uma belíssima "reportagem".

Laurus nobilis disse...

Saõ giros, não são? Estes são parte da colecção; ainda existem mais umas coisitas no baú... tenho é de as procurar.

Anónimo disse...

A Arte Xávega é um tipo de pesca que se encontra em vias de extinção.
Actualmente na costa Portuguesa são muito poucas as pessoas que se dedicam a esta faina visto que a pesca não dá para a subsistência dos que nela trabalham.
A arte Xávega é um tipo de pesca de arrasto só que, com a diferênça que o barco sai de terra deixando já uma corda que está sempre ligada a este ao barco, dando a volta a mais de 500 metros de distância da costa ele deixa a rede que depois é arrastada até á praia, puxada por bois que auxiliados por tractores , trazem o peixe que pelo caminho encontra.
Até faz nascer água na boca essa sardinha tão fresca, nas brasas de um fogareiro.
" Há quem diga que as enxávegas que apareceram no Algarve no século XV seriam aparelhos diferentes do século XVIII. Mas os Castelhanhos aparecem no Algarve com as enxávegas no século XV e voltam a aparecer com as xávegas no século XVIII, e durante esse período não temos conhecimento de que tenha havido grandes alterações nesse tipo de redes em Espanha.
Em 1514 o governador do reino de Mallorca proíbe a "xabega" num troço da costa da ilha.
Pode ter havido inovações importantes nestes aparelhos ao longo dos séculos , mas os documentos que conhecemos não falam disso, e parecem indicar uma linha de continuidade.
Em Espanha chegam a trabalhar 450 barcos de xávega e chinchorro. Em princípios do século XX pesca-se com estas artes em quase todas as costas, mas só na Galiza é que se chega a puxar as redes com bois, como na vizinha costa de Ovar.No sul de Espanha usam-se barcos relativamente estreitos e rasteiros, como no Algarve, embora os desenhos variem muito.
Em Málaga, por exemplo, têm um esporão à proa com cabêça de serpente, que faz lembrar os barcos fenícios.
Aqui , como se vê na fotografia , estes homens estão a colocar a rede no barco. Este é um processo que tem que ser muito cuidadoso visto que, depois , já no mar , a rede tem que ser deitada ao mar sem se enrodilhar e de forma a que toda ela se ábra.
Depois de preparado o barco é deitado ao mar com a ajuda de bois que o puxam até estar na água.Uma ponta da corda que irá puxar a rede fica sempre presa em terra.
Com a ajuda de uma "Estaca"(não sei se é assim que se chama) alguns homens empurram o barco para que as ondas não o arrastem para terra.
Depois que o barco se encontra sobre o controlo dos remos , ou motor , aí sim a "Estaca" é tirada e o barco vai a caminho de mais um lanço.
De regrésso , já com a rede na água o barco fêz o lanço e tráz consigo a outra ponta da corda que irá em conjunto com a primeira trazer a rede até terra, com a ajuda de tractores preparados para o efeito e , ainda com alguns bois como se fazia há alguns anos atrás.
Agora só se espera que se tenha um "BOM LANÇO"

garina do mar disse...

obrigada pela informação completíssima "Peixeirinha"!!
mas convém citar a fonte...

Laurus nobilis disse...

É efectivamente um "Bom Lanço", o que a "Peixeirinha" nos deixou como comentário. Obrigado por partilhar!

Anónimo disse...

claro....claro....
www.vagueira.com
desculpem a falta e o português , mas não deu para corrigir tudo ehehehehheheheheheheh

garina do mar disse...

boa!!! não era difícil chegar lá mas assim é melhor ;)

quanto ao português... digamos que não é fácil escrever nestas "caixinhas"!!

Anónimo disse...

Este tema da pesca, do mar, ondas,navio, naufrágio e o som de fundo da abertura celestial de Wagner do "Navio Fantasma"sim , celestial que o homem de duro só tem a fama senão vejamos....fechem os olhos ..imaginem um mar cinzento, revolto,o fantasma de todos os náufragos soprando em simultâneo e ele o barco,trepando as ondas,,procurando fugir...bombordo...estibordo...e para completar o quê?....VALQUIRIASSSSSSSSSS

garina do mar disse...

concordo que Wagner é bastante "marítimo"... e que poderia servir de "pano de fundo" a uma saída para o mar da xávega!!
mas... celestial?!?

Anónimo disse...

celestial...celeste...céu...deus...se é que Ele existe..não será Wagner uma prova de existência de Deus...Mozart.....Requiem..outra... Da Vinci...Cernuda..Lorca...Al berti...todo o ser iluminado paramim pobre agnóstica...são provas de existência de Deus.
eehehhehehehhehe

garina do mar disse...

opiniões?

Jose Angelo Gomes disse...

Estas fotografias são a prova da diáspora dos ILHAVOS, sabiam??? Claro que a Vagueira é Ílhavo, a Grande Ílhavo. Mas noto que apesar de ser a fonte, não aparece mencionada no texto. Porque será?
Com o fecho da barra, tiveram os pobres dos pescadores, os Ilhavos, de vir por aí abaixo (ou acima), deixando muitas marcas da sua passagem (fixação), e indo a sua presença até à Isla Canela, já na Andaluzia Espanhola. Há notas de uns cursos de formação profissional, ministrados aos andaluzes, pois. Na Costa da Caparica, existe a Rua de Ílhavo, que atesta o que eu digo, pois então. Chega??

Laurus nobilis disse...

Ferpeitamente!

Jose Angelo Gomes disse...

TIM, TIM, isto não podia ficar ATIM.....

Laurus nobilis disse...

É mais Óbelix...

Anónimo disse...

Li a Peixeirinha... ela alguns erros historicos no que refere... Sabe pouco sobre arte de xavega... e lá vou dizendo...

+Tenho um documento de 1443 que fala da ENCHAVEGA e SARDINHEIRA na Ria de Aveiro e diz mesmo que é repetição do que determinavam reis anteriores...
+ A XAVEGA era antigamente lançada a mais de 1 km...
+ Antes de se utilizarem tratores eram usados bois em todo o litoral da Ria de Aveiro e em muitas das povoações criadas pelos Ilhavos e outros povos da Ria, desde Matosinhos até Monte Gordo... Com os tratores as juntas de bois são só para turista ver...
+ Os BARCOS DO MAR ou MEIAS LUAS têm origem mesoptamica...Possivelmente foram trazidos pelas ORIGENS dos povos da Ria de Aveiro...

Leiam:
http://www.prof2000.pt/users/hjco/hjco/diversos/diasporadosilhavos.htm

e

http://www.prof2000.pt/users/hjco/hjco/diversos/bacalhaunaepocadasdescobertas.htm


TONHO