31 agosto 2006

O Índico Azul

Na "minha terra" o Índico é barrento... está na foz de um rio, que traz muita terra...
mas quando se chega ao Oceano! aqui entre Vilanculos e Bazaruto, até parece que estiveram com um pincel a experimentar os azuis!

O Farol (farolim) das Formigas

(a foto é da garina do mar)
E é um farolim porque tem apenas 12 milhas (náuticas claro!) de alcance.
Foi aqui colocado porque desde 1882 que se reconhecia a necessidade de defender a navegação destes "perigosíssimos rochedos".
Acabou por só ficar construído em 1948. Mas agora lá está! uma orgulhosa torre, branquinha, linda, a avisar os navegantes de que não podem passar por ali!

29 agosto 2006

Em defesa da pesca e dos que dela vivem

Foi publicada hoje uma portaria que regulamenta a pesca lúdica. Este tipo de pesca, a partir de agora sujeita a licença, será controlada e fiscalizada (será?).
Visando "a conservação e a gestão racional dos recursos", a portaria procura impedir "o desenvolvimento de uma actividade de pesca profissional a coberto da pesca lúdica".
É de facto cada vez maior o número de ex-pescadores que, tendo abatido as suas embarcações de pesca profissional, se dedicam à pesca em embarcações de recreio, fugindo à lota e a controlos de qualidade, fazendo concorrência desleal e dificultando a gestão sustentável dos recursos marinhos.

Moinho do Marinheiro

Em Viana do Castelo, perto do farol de Montedor, localizam-se os Moinhos de Montedor, que pertencem à Câmara Municipal de Viana do Castelo e estão classificados como monumentos nacionais e imóveis de interesse público.
O Moinho do Marinheiro é o único moinho com velas de madeira a funcionar em Portugal. A adaptação das velas à direcção do vento é feita através da haste que se vê na foto de cima e faz rodar o tejadilho do moinho.
O Moinho do Marinheiro foi completamente remodelado e funciona todos os sábados (desde que haja vento claro!), operado por um dos seus antigos proprietários.
À partida também aceita visitas de grupos, marcadas através do Museu do Traje de Viana
museutraje@cm-viana-castelo.pt

28 agosto 2006

A Terceira de novo!

Desta vez é mesmo só porque tu me pediste nautilus! Angra do Heroísmo até é uma terrinha engraçada... até é património mundial e tudo! mas deve ser por estar nos Açores porque as ruas de Angra são iguaizinhas às da zona histórica de Braga, ou de Guimarães, ou de Ponte de Lima e se calhar até de mais terrinhas engraçadas aqui do "continente"! Mas Angra para mim não é os Açores!
Os Açores são aquelas coisas que tu dizes sobre o Faial e o Pico, ou sobre São Miguel... são os campos verdes bordejados de hortenses azuis e criptomérias, ou as rochas pretas, ou as cascatas, que entram pelo mar dentro! são as caldeiras e as lagoas! são as nuvens e as brumas que encobrem e descobrem a paisagem... são aquele mar azul e transparente cheio de peixinhos! são os golfinhos e as baleias e as mantas que ainda não vi por lá! até são as casas mas aquelas casas de pedra mais ou menos escuras...
e não são as vilas e cidades! por muito bonitinhas que sejam e bem localizadas que estejam!!
e esta é dedicada ao laurus nobilis!
já viste bem de perto a Igreja da Misericórdia?

Pois... o Faial até que é fixe!

sobretudo quando se passa dois dias a olhar para a ilha sem ter maneira de lá chegar!
mas dá para ver que a Horta até é bonita, a várias horas do dia!
ainda conseguimos fazer um último mergulho junto à "entrada" das caldeirinhas... a água estava um bocadinho fria e havia alguma corrente... mas o mergulho não foi mau, talvez já com algum sabor a fim de festa!
e depois foi mesmo só beber uns gin tonics no Peter's e vir embora para Lisboa...

À descoberta dos Açores: Faial, a ilha "Azul"

O Faial é talvez a minha ilha preferida. Não será tão espectacular como São Miguel, não tem a beleza selvagem das Flores e de São Jorge.
É talvez aquela mistura de azul e de verde,
do mar onde a água se despenha,
e dos campos recortados por sebes de hortenses e criptomérias,
ou o contraste da suavidade da Caldeira do vulcão que terá dado origem à ilha
com a agressividade dos Capelinhos que há pouco mais de 3 dezenas de anos lhe vieram ampliar a área..
Ou será porque é interessante descobrir o que, para além do estreito istmo que une o Monte da Guia à ilha, separa Porto Pim, antigo porto fortificado e a única praia de areia da ilha,
da Horta, actual porto comercial e porto de escala quase obrigatório na travessia do Atlântico.
A menos que seja a presença constante da ilha do Pico, mais ou menos dissimulada, pelas nuvens ou pelos mastros das embarcações, mas que domina todo o lado Oriental da ilha.
Uma razão é de certeza: o poder, em poucos minutos, passar da animação que se divide entre o porto de recreio e o café do Peter, ambos ponto de encontro de tripulações do mundo inteiro
para a rusticidade das piscinas semi-naturais como esta no Salão
ou para a beleza tranquila das áreas protegidas como a Caldeira do Inferno (ou Caldeirinhas)

27 agosto 2006

12,3 metros, 1 hora e 10 minutos! 18(?) graus

não sei se seria esta a temperatura mas os meus braços queixavam-se do frio! mesmo assim teria lá ficado pelo menos mais um bom quarto de horazito, ainda tinha ar que desse para isso...
onde?
em Sesimbra claro! com o Nautilus (do) Sub! desta vez à volta da pedra do Arcanzil e depois saltando de rochedo em rochedo até junto da costa...
gosto destes mergulhos pouco profundos em que o ar não se gasta...
e tudo é colorido!
É espantosa a arte do disfarce destes polvos!
mas este afinal... acabou por se deixar fotografar bem de perto!
fantástico este ruivo em pleno "voo"!
que depois bem tentou disfarçar mas já tinha sido "apanhado"!
Mas outros apresentam-se em todo o seu esplendor! Como esta estrela do mar com ar preguiçoso que se pôs em pose para a fotografia!
e que tal este nudibrânquio... pequenino mas tão colorido!
ou estes espirógrafos, numa diagonal (quase) perfeita
é pena é encontrar-se disto sempre por todo o lado!

26 agosto 2006

Bom dia... Voltei!

Olá... já estava com saudades vossas! O pior é que, quanto mais conheço aquela "força da natureza" que é S. Miguel, mais gosto daquele paraíso e, as saudades também andam por cá... já não estava habituado a temperaturas de 33 de dia e 20 à noite. Como sou o tal que é antigo, ainda vou ter que mandar revelar as fotografias que, se ficaram bem tiradas, vão ajudar completar o roteiro... fica combinado!

Bom dia Sol!

Eu também visitei o Pico! mas foi pelo lado de fora...

até que é giro ver o sol a nascer no canal, por cima da ponta Norte da ilha de São Jorge...
também é giro ver as encostas escarpadas de um Pico quase descoberto
(a foto é do "cabo" Mário Silvestre)
e ao princípio, ainda "perseguimos" umas baleias, que (sniff) não consegui fotogafar...
enfim... vão-se vendo umas terrinhas empoleiradas...
as tais rochas de lava retorcida...
e, no lado norte, virados a São Jorge, mais umas vilas e portos "baleeiros"
mas... um dia inteiro! a dar a volta a uma ilha! quando afinal uns queriam mergulhar e outros ir para as festas da Horta... acho que ninguém percebeu o porquê deste passeio...

25 agosto 2006

À descoberta dos Açores: a ilha do Pico

O Pico é uma ilha agreste! até o nome é agreste: Pico!
nome da ilha e nome da montanha que a domina e que lhe dá o nome. Pico que raramente se deixa descobrir e que mesmo quando isso acontece mantém um anel de nuvens que o protegem
“um torresmo” segundo Raúl Brandão “Esta ilha é negra até às entranhas, na prórpia terra, na bagacina das praias,
no pó das estradas, nas casas,
nos campos divididos e subdivididos por muros de lava...”
“Mas o azul é mais azul...” provavelmente pelo contraste com o negro das rochas de lava retorcida que entram pelo mar