30 julho 2006

O cardo: uma parceria entre a energia, a agricultura e o ambiente?

Não, não tenho acções do Público, nem do Público nem de coisa nenhuma... mas hoje falava de um assunto que me interessa e que deveria interessar Portugal: a bioenergia.
Pelos vistos agora é a vez do cardo. No Alentejo fizeram uma plantação de cardos detinados à produção de biodiesel e biomassa. Mas descobriram também, que no local da plantação, impera a vida selvagem. Citando o jornal: “A variedade de rapinas chega a surpreender, com águias, gaviões e várias espécies da avifauna estepária”, bem como coelhos e lebres, perdizes, répteis, insectos, estes últimos alimento de pintassilgos, verdelhões, carriças, chapins, cotovias e por aí fora.
Ou seja, para além de fonte de energia a plantação é também fonte de alimento e local de nidificação, elemento importante para a fixação da terra, e ainda dispensa mobilizações do solo.
Tem graça que o Ministério da Agricultura diz que as culturas com potencial energético têm rendimentos negativos. Provavelmente esquecem-se de contabilizar o que o país pode poupar em gastos de energia e por emitir menos gases com efeito de estufa; esquecem-se de contabilizar a manutenção de emprego na agricultura; e esquecem-se de contabilizar os benefícios de reduzir a crescente desertificação do nosso território.
Porque será que a França, a Alemanha, a nossa vizinha Espanha e alguns dos países de Leste apostam cada vez mais neste tipo de energia?

29 julho 2006

VOU DE FÉRIAS!

Parece que desta vez acertei... mais ou menos... isto é nos Açores, e é para lá que vou.. mas a foto é do Banco D. João de Castro, e desta vez não vou até lá.. e não, as bolhinhas não são mergulhadores a respirar.. É mesmo assim, é do vulcão que lá está debaixo de água!
Mas vou para os Açores! para debaixo de água! Mergulhar! Um dia destes volto..
deixo-vos cá o Nautilus e o Laurus Nobilis a tomar conta do milhas náuticas.. Vejam lá o que é que fazem vocês os dois!
BOAS FÉRIAS!

Vou de férias!

Para um sítio que parece que é muito bonito..
Oops! Não é para aqui! Gostava.. pois.. Bazaruto é lindo! No Índico azul! Estás a ver Sailor Girl? esta pode ser em tua honra... Já viste que não há só um Atlântico Azul?

O meu futuro barco... ou as vantagens e desvantagens de se trabalhar à janela!

Não há direito!
Está uma pessoa aqui a ver se despacha os trabalhos para ir para férias e passa-nos um barco destes debaixo do nariz! E vá lá que está a entrar o rio senão acho que abalava a correr a dizer "deixa-me ir também!"
Mas o pior disto tudo é que se pespegou mesmo ali à frente dos meus olhos e não sai de lá!
"Barquinho... vai-te lá embora! Tenho umas coisas para deixar prontas e assim é difícil!"

28 julho 2006

Hoje é o Dia Nacional da Conservação da Natureza

e também o dia em que o Parque Natural da Arrábida faz 30 anos! Para comemorar a data deixo aqui uma imagem de uma das vistas mais bonitas do Portinho, com a pedra da Anicha a espreitar do lado esquerdo.
Sabiam que a "Baía de Setúbal", que inclui a Arrábida, faz parte das mais "Mais Belas Baías do Mundo"? Fique a saber mais visitando http://www.world-bays.com/voirbaie.php?id=38
E já agora, porque não? comemore o Dia Nacional da Conservação visitando o novo Portal do Instituto da Conservação da Natureza em http://portal.icn.pt/

Excelente temporada!

"...As ribeiras precipitam-se lá de cima, do planalto, correndo e caindo nos pulos e escavando a terra até encontrarem o leito de lajedo, quase sempre apertadas entre ribanceiras e revestidas de incenso ou faia..." in "As ilhas Desconhecidas" de Raúl Brandão. Embora a fotografia não seja do local em causa, penso que ilustra bem o excerto deste magnífico relato...

A propósito de mar, duas das minhas fotografias favoritas...

27 julho 2006

Esposende de novo

em Dezembro de 2001, São Bartolomeu do Mar já estava assim!
O Público de hoje é uma festa! agora são os donos das casa que se queixam que a vão deitar abaixo... Por acaso até dizem que “as camas em casa "abanam todas" quando o mar está bravo e investe contra a costa” mas era muito melhor se fizessem "um plano de recuperação da praia, que contemplasse "talvez um paredão".”
Não é um paredão! É mesmo uma parede que era precisa! A tapar-lhes a vista! Para ver se deixavam de pensar que são mais espertos que os outros e podem construir mesmo em cima do mar!

O Livro Verde dos oceanos e mares europeus

Ai estas miúdas! não se calam! E vá lá que ainda não começaram a discutir! Pois bem, aqui vai:
O Livro Verde que traduz a visão europeia dos oceanos e dos mares está, em Português e noutras línguas, nesta ligação http://ec.europa.eu/maritimeaffairs/pdf/ com_2006_0275_pt_part2.pdf
Para além disso existem Documentos de Base, temáticos, mas apenas em inglês. http://ec.europa.eu/maritimeaffairs/suppdoc_en.html
O processo de consulta pública vai durar até 30 de Junho de 2007 e encontram mais informações no site para os “Assuntos Marítimos” da Comissão Europeia: http://ec.europa.eu/fisheries/maritime_affairs_pt.htm
Porque é que eu digo que a NOSSA Estratégia para o Oceano serviu certamente de base ao Livro Verde? Porque o coordenador da nossa Estratégia é agora assessor do comissário para os Assuntos Marítimos...
E agora miúdas! e já agora outros visitantes do milhas náuticas... comentem o Livro Verde, mais vale uma estratégia europeia que nos seja favorável do que uma estratégia nacional guardada na gaveta

26 julho 2006

A propósito de mar, de reis e da governação de Portugal...

Já que se fala de reis e do amor que tiveram pelo mar, vale também a pena lembrar aqui o “Rei Marinheiro”, D. Luiz I, por acaso o pai de D. Carlos (o amor pelo mar tinha que lhe vir de algum lado). D. Luiz foi por sua mãe, D. Maria II, consagrado ao mar - “do mar proviera o maior esplendor de glória que dourara as armas de Portugal” - e desde os 8 anos segue carreira na Marinha, dedicando-se aos assuntos marítimos com fervor. Percorre todos os passos até chegar a capitão de mar e guerra, quando ao fim de 15 anos no mar, estando ao comando da corveta Bartolomeu Dias, recebe a notícia que terá que abandonar o mar onde desejaria continuar a viver, para assumir o comando de outra nau bem mais difícil de governar: Portugal.

O certo é que, não sendo a favor da monarquia, tenho que reconhecer que estes dois Homens fizeram mais pela ligação de Portugal ao Mar, do que qualquer dos governantes da república...

Alguém me sabe dar novas da Estratégia Nacional para o Oceano apresentada em 2004? Durante algum tempo falou-se dela, ou melhor, deram continuidade a uma (ou terão sido duas?) das 250 medidas que ela propunha. Serviu certamente de base ao Livro Verde que traduz a visão europeia dos oceanos e dos mares e que está agora em consulta pública.

Mas e a NOSSA Visão do Mar? Já sabemos que estamos na Europa, não precisamos de continuar a olhar para ela. Alarguemos os nossos horizontes. Para o Mar! “...o principal activo físico e sócio-cultural de Portugal”.

25 julho 2006

A todos os que amam o mar

Neste "Milhas Náuticas" em que todos amamos o mar, não posso deixar de começar com uma passagem de um livro infantil, da autoria de Carlos Caseiro, chamado "Era uma vez um Rei que amava o mar": "Era uma vez um Rei que amava o mar. O seu reino, pequenino, debruçava-se sobre o grande Oceano Atlântico e a maior parte do seu povo vivia de semear os campos e da pesca. Esse Rei chamava-se Carlos e o reino era o nosso Portugal. Era um reino pequenino na Europa, mas tinha muitas terras espalhadas pelo mundo todo." Até breve...

Porque é que em Esposende não falam uns com os outros?

a barra do Cávado em 95, agora está mais assoreada!
Mais uma notícia no Público de hoje: "Assoreamento da foz do Cávado impede actividade dos pescadores" (Francisco Fonseca)
Há anos que é preciso fazer algo pela barra e pela restinga de Esposende. A barra assoreia, a restinga está em erosão, ou seja uma tem areia a mais, a outra a menos... parecia uma solução simples! mas afinal, parece que não é.. Em 1987/88, quando foi estudado todo o litoral Norte foram propostas soluções: ir dragando sistematicamente a barra e ir colocando a areia na restinga, ou fixar a embocadura com um molhe a sul, resolvendo "definitivamente" o problema. A hipótese de fixação da embocadura foi aproveitada no POOC Caminha-Espinho (95/99), sujeita a avaliação de impacte ambiental. Acabou por ser estudada em 2002, pelo Instituto dos Portos (IPTM). Mas depois houve umas "birras", os portos dizem que a responsabilidade é do ICN, afinal trata-se do Parque Natural do Litoral Norte, mas ao ICN a barra tanto faz, o que os preocupa é a restinga.
Assim, de acordo com a notícia de hoje, o ICN vai dragar, para pôr areia na restinga, mas não draga o canal (talvez uma parte). Talvez daqui uns tempos o IPTM drague a barra, mas se calhar até vende a areia para recuperar os custos. E assim há duas empreitadas, duas vezes duas dragas a trabalhar num sítio considerado sensível, de certeza que vão gastar mais dinheiro e a solução não é de certeza a melhor!
Porque é que em Esposende não falam uns com os outros? Talvez porque em lado nenhum isso acontece!

23 julho 2006

No Dar (qq coisa) transformaram os mastros em posto de vigia

queriam todos ver Lisboa e foram-se empoleirando. Tás a ver Nautilus? as minhas fotos são muito mais giras do que as tuas!

Não empurrem! vão poder saltar todos

parece que o gurupés da Sagres (ou será que é do Sagres? os ingleses até que chamam "she" aoos barcos todos, este por acaso é NRP, por isso é navio, deve ser um "ele")... mas voltando ao que interessa.. o gurupés do Sagres parece uma prancha de saltos, com todos em filinha para saltar para dentro de água, é verdade que estava calor mas não era preciso tanto..

A Sailor Girl ia neste

coitadinhos, iam tão longe! Ali agarradinhos à margem sul, nem deviam ver bem os outros barcos. Mas a Sailor Girl queria era ir no Creoula eheheh.. deixa lá miúda, o Creoula só estava a fingir que ia, depois voltou para trás!

Também tirei uma foto do Creoula

com o Étoile Molène e com o Harfang Two sempre ali coladinho feito rémora, a ver se também lhe tiravam fotografias. Mas a fotógrafa sou eu Nautilus, não vale estar a fazer concorrência!

e o Creoula

o Falken no meio da confusão

E a caminho do mar...

Sagres

a abrir o cortejo...

Fim de tarde junto ao rio

A ver os barcos da regata dos tallships... enquanto o Porto de Lisboa não tapa tudo com contentores! É pena que esses senhores não percebam que Lisboa só tinha a ganhar com a doca do Espanhol cheia de barquinhos de recreio, os navios de cruzeiro do lado de fora e o "meio" cheio de esplanadas, restaurantes, hotéis, lojas, pessoas a passear, a descansar, a ver..

Também fui ver os barcos!

e também tirei fotos! Mas para além disso fui à Sagres beber um café! tchiii que grande confusão que lá estava! parece que é sempre um dos navios com mais visitas! E no Creoula bebi um "creoula". Ainda não sei qual é a "receita" desta bebida. Aí ao segundo "creoula" explicam-nos, o pior é que depois do terceiro já não somos capazes de nos lembrar qual era! Como só bebi um, não tive direito à informação.. mas também não faz mal, acho que os "creoulas" são mesmo é para ser bebidos a bordo do Creoula!

O Creoula e a Sagres

Lado a lado. Mas o Creoula também quase que não se via. Vou agora vê-los largar.

O lema da Sagres

que era também o do Infante D. Henrique.

O Alexander von Humboldt

Um dos que estava "escondido". E no entanto um dos mais bonitos! Mas parece que o Mir tomou conta de tudo. Primeiro do cais que ocupou à larga, e com quase 95 m, ninguém via os 54 m do "navio verde".

Estes são muito arrumadinhos

"Não queremos cabos a passear pelo convés. Ainda alguém tropeçava!"

Figuras de proa

Amerigo Vespucci

Dizem que é o tallship mais bonito. É muito bonito, sem dúvida. Mas é pena não ter entrado na regata, será que é para não estragar a pintura?

A bandeira do Christian Radich

Christian Radich

Ganhou a regata St Malo-Lisboa. Ganhou nos "classe A", os grandes navios, mas ganhou também a geral. É um navio Norueguês, de treino da marinha mercante, com 62 m e construído em 1937. Mas ganhou também de certeza no merchandising: a "banquinha" de t-shirts, bonés e postais era um sucesso, e a máquina registadora mostra que não se brinca com estas coisas. Se calhar era um exemplo a seguir pelos outros navios, quem os visita traz uma recordação, e sempre é uma ajuda, quanto mais não seja para a manutenção.

Fui a Alcântara ver os "tallships"

São bonitos e valeu a pena Mas a confusão era mais que muita, os horários de visitas anunciados não correspondiam exactamente à realidade, alguns navios não estavam abertos à visitação, havia navios que nem se viam porque estavam amarrados por fora de outros, e os mais pequenos, "os de regata" estavam dentro de uma rede que não se podia ultrapassar. Penso que em 98 a organização era um bocadinho melhor, talvez houvesse mais espaço, ou então era por se tratar da Expo 98. Mas eram também bastante mais barcos.