31 outubro 2006

Samhain

É o início do ano celta, já que o começo dos dias é celebrado através do anoitecer. Este, começa efectivamente com o pôr-do-sol do dia 31 de Outubro e é a festa mais importante do calendário, pois confina com dois mundos e com dois anos: ela é o momento privilegiado em que o mundo humano comunica com o mundo paralelo - sid , visto não pertencer nem ao ano que termina, nem ao que começa. É ao mesmo tempo, uma recapitulação do Verão - sam, e o início do Inverno. O ritual é conhecido como a Noite dos Ancestrais e, devido ao véu entre os mundos estar muito fino, esta é uma boa noite para divinações. É marcada por grandes festins que lembram e imitam os do Outro Mundo, tendo sido cristianizada pelo Dia de Todos os Santos e pela Festa dos Mortos, chamado Halloween nos países de língua inglesa.

Lembrar o Mar

E, neste momento, a "Estratégia Nacional para o Mar", já que a consulta pública acaba no dia 3 de Novembro. O documento está no site do Ministério da Defesa Nacional: http://www.mdn.gov.pt/ ou no da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar: http://www.emam.mdn.gov.pt/. Os contributos deverão ser enviados para a Estrutura de Missão: info@emam.gov.pt
Se não participar fica sem razão para criticar!

28 outubro 2006

Ilha de S. Miguel (VI)

A partir de Ponta Delgada, tomar a estrada em direcção aos Mosteiros. Cerca de 25 km depois, na povoação dos Ginetes, virar à esquerda, em direcção à zona balnear da Ferraria; esta, é caracterizada por uma espécie de delta de rocha vulcânica, onde a água do mar atinge temperaturas elevadas. É perfeitamente visível o cone do vulcão que deu origem ao escorrimento de lava. Curiosa é também a actividade de escalada que a Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada (FPME) desenvolve neste conglomerado vulcânico. Neste guia de escalada, estão assinalados a encarnado os diversos trilhos existentes nas escarpas. A altura máxima das vias é de 20 metros.

A (actual) Navegabilidade do Douro (1)

Uma "eclusagem" na barragem da Valeira (de montante para jusante)

A jusante, algumas embarca-ções de recreio aguardam a sua vez.

A aproxi-mação à eclusa:

A entrada na eclusa:
Depois de fechadas as comportas de montante, é retirada a água no interior da eclusa, até atingir o nível da água a jusante.
Por fim abrem-se as comportas de jusante e podemos seguir viagem.

A eclusa e a barragem vistas de jusante.







As pequenas embarcações de recreio podem agora entrar para a operação contrária e continuar a subir o rio.

A (actual) Navegabilidade do Douro (2)

Com as albufeiras criadas pelas barragens já não faltava muito para fazer do rio Douro uma via navegável A SÉRIO! Nos troços a jusante das barragens o canal foi aprofundado (4,2 m, excepto no troço entre o Pinhão e a barragem do Pocinho que só garante 2,5 m) e alargado (40 m nos troços rochosos, 60 nos outros) e construíram alguns cais fluviais, fixos e flutuantes, para apoiar quer a navegação comercial, quer a náutica de recreio.
Há 20 anos, mais precisamente a 10 de Outubro de 1986, chegou à Régua a primeira embarcação turística, o "Ribadouro". Passados 4 anos, em 19 de Outubro de 1990, a via navegável foi pela primeira vez percorrida em toda a sua extensão (210 km entre o Porto e Barca d'Alva), por uma embarcação turística que chegou a Barca d'Alva, o "Transdouro".
Actualmente (1º semestre de 2006), estavam a operar no Douro 50 barcos turísticos, com capacidades entre 20 e 350 passageiros (os tais matulões), e que fazem desde cruzeiros de curta duração de umas horas ou de 1 a 2 dias, até cruzeiros de uma semana em barco-hotel, que vão até Espanha, e ainda cruzeiros temáticos: Vindimas, Castelos, Amendoeiras em Flor, Quintas, etc...
Também já há muitas embarcações de recreio a utilizarem as eclusas, ou seja não se limitam a passear numa das albufeiras, já fazem mesmo passeios ao longo do rio (por acaso a mim até me devem um passeio destes há uns anos!).
Há ainda navios fluvio-marítimos (que andam no rio e no mar), a fazer transporte de mercadorias até à Régua (105 km de via navegável). Este tipo de transporte ainda é bastante reduzido para o que podia ser, sobretudo porque é muito menos (aí umas 5 vezes menos) poluente que por rodovia. Vamos ver o que acontece quando os molhes da barra do Douro estiverem a funcionar!
(Os meus agradecimentos por mais este texto, Garina do Mar)
No site do IPTM, para além de informação diversa sobre a navegação, eclusas, etc., estão também ligações para os sites das principais empresas que fazem cruzeiros e uma brochura com informações úteis e um mapa sobre a navegabilidade.

27 outubro 2006

Ilha de S. Miguel (V)

Perspectiva do porto de pesca da Caloura, situado numa pequena e estreita enseada, perto da Ponta da Galera; não deixa de ser curiosa a piscina na cabeça do molhe. Com o antigo nome de Vale de Cabaços, é um excelente local para mergulho e, na povoação, podemos destacar a igreja barroca de Nossa Senhora da Conceição, assim como o forte com o mesmo nome, ambos do século XVII.

26 outubro 2006

A (história da) Navegabilidade do Douro (1)

O rio Douro desde sempre (há registos desde o tempo da ocupação romana que documentam a navegação no rio) constituiu um importante meio de comunicação e de transporte no Norte do país.
Foi a única via (mais ou menos decente) de acesso entre o litoral e o interior, até ao final do século XIX, quando em 1887, foi concluída a linha do caminho de ferro. Porquê mais ou menos? Porque o rio Douro era conhecido como "o rio de mau navegar": o forte declive, caudais violentos, curvas apertadas, rochas salientes, rápidos e outras irregularidades, tornavam a navegação fluvial perigosa e com muitas dificuldades.
O barco rabelo, que existe pelo menos desde o século X, foi construído para se adequar à navegação no Douro e depois preparado para transportar pipas de vinho, mas também transportavam carga geral e pessoas.

Os barcos eram dirigidos por um grande remo à popa, a espadela e para propulsão utilizavam os remos na descida e uma grande vela na subida. Quando faltava o vento o barco era puxado "à sirga", ou seja com cordas, a partir das margens, a pulso, ou por juntas de bois. Havia milhares de rabelos a subir e descer o rio (registaram-se mais de 3000 em alguns anos). Um pormenor interessante era que as pipas não eram completamente cheias para poderem flutuar, em caso de acidente.

A (história da) Navegabilidade do Douro (2)

O cachão da Valeira
A primeira grande obra de navegabilidade do Douro foi, entre 1780 e 1791, a demolição do Cachão da Valeira, uma cascata com 7 metros de altura, numa garganta rochosa do rio, que era intransponível pela navegação.

As primeiras tentativas de destruir o cachão foram em 1530. Depois, nos séc. XVII e XVIII, nos reinados de D. Pedro II e D. João V, fizeram-se vários estudos para a demolição. E em 1779, a Companhia Geral da Agricultura e Vinhas do Alto Douro recebe autorização de D. Maria I para cobrar impostos sobre o vinho, aguardente e vinagre transportados pelo rio Douro, desde que fossem aplicados em obras para a navegabilidade do rio. A demolição do Cachão e o alargamento do rio, foram feitos com mais de 4300 tiros dados debaixo de água.
Em 1789, os primeiros barcos começaram a subir e a descer o rio com segurança e em 1791, a obra foi dada como concluída.
A partir daí o Douro tornou-se navegável até Barca d'Alva, o que permitiu a expansão das vinhas no Douro Superior até à fronteira espanhola. Mesmo assim, foi aqui que 70 anos depois da demolição do cachão, morreu afogado o Barão de Forrester, que conhecia bem todos os “pontos” complicados do rio.
Conta a história que no mesmo barco ia também a D. Adelaide Ferreira, a “Ferreirinha” (aquela da casa do Vesúvio que o Nautilus mostrou no outro dia), e que só não se afogou porque usava saias de balão que a mantiveram a flutuar.
Na inscrição está:
IMPERANDO D. MARIA PRIMEIRA
SE DEMOLIU O FAMOZO ROCHEDO
QUE FAZENDO AQUI
HUM CACHAM INACCESSIVEL
IMPOSSIBILITAVA A NAVEGAÇÃO
DESDE O PRINCIPIO DOS SÉCULOS
DUROU A OBRA
DESDE 1780 ATÉ 1791
PATRIAM AMAVI FILIOS QUÉ DILEXI.

A (história da) Navegabilidade do Douro (3)

Os Aproveitamentos Hidroeléctricos e as Eclusas
Com o desenvolvimento das comunicações ferroviárias e rodoviárias a navegabilidade no Douro entrou em declínio e em 1961 apenas circulavam permanentemente no rio 6 barcos rabelos. Mas a partir de 1961 e até 1986, com o aproveitamento hidroeléctrico do Douro nacional, as barragens construídas criaram grandes albufeiras, de águas calmas (excepto nas alturas de cheia), que vinham facilitar a navegabilidade no rio.

Todas as barragens têm uma eclusa que permite a passagem de embarcações até 83 m de comprimento, 11,4 m de boca (largura) e 3,8 m de calado.
A barragem do Carrapatelo, construída em 1971, tem uma das maiores eclusas do mundo, vencendo um desnível de 35 m.
De montante para jusante, existe a barragem do Pocinho, 1983, com 22 m de desnível, a seguir a da Valeira,1976, com 33 m, depois a da Régua, 1973, onde o desnível é de 28,5 m, a seguir o Carrapatelo e, por fim e também a última a ser construída, a de Crestuma-Lever (na foto), finalizada em 1986, que vence apenas 13,9 m.
(o texto é da Garina do Mar)
Havemos de contar mais coisas... mas entretanto podem também ver o site do antigo Instituto da Navegabilidade do Douro, agora delegação do IPTM, em www.douro.iptm.pt.

25 outubro 2006

Ilha de S. Miguel (IV)

No vale das furnas encontram-se as mais espectaculares manifestações de vulcanismo secundário do arquipélago, com fumarolas, nascentes termais e nascentes minero-medicinais. Tudo isto, rodeado de montanhas cobertas com um arvoredo cerrado. Espectacular, lindo e único!

24 outubro 2006

Ilha de S. Miguel (III)

É na costa norte da ilha de S. Miguel, que se encontram as únicas plantações de chá na Europa para fins industriais. Crê-se que as primeiras sementes de chá foram trazidas do Brasil para os Açores, na segunda metade do XVIII. Por longo tempo, o chá foi usado somente como planta ornamental mas, no ano de 1878, por iniciativa da Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense, chegaram à ilha dois chineses para ensinar a transformação industrial do chá. Assim, o interesse pelo chá cresceu, chegando a existir seis fábricas de chá na ilha. A fábrica de Chá de Porto Formoso foi fundada por Amâncio Machado e Maia, tendo laborado entre os anos 20 e os anos 80. Em 1998, os actuais proprietários iniciaram as obras de recuperação da fábrica. O chá, cuja designação botânica é Camellia Sinensis, da variedade China, apesar de não ter pragas ou doenças na região, requer cuidados especiais ,nomeadamente no que concerne às podas e desponta antes da colheita, de modo a produzir folhas de qualidade. A apanha é feita de Abril a Setembro, coincidindo com uma época de pouca pluviosidade. Após esta operação, as folhas são levadas para a fábrica, onde são transformadas em folhas de infusão, através de processos totalmente naturais: o murchamento da folha, a rolagem, a oxidação, seguidos de secagem e empacotamento, dando origem aos três tipos de chá acima mencionados.

22 outubro 2006

Também já lá estive...

Castelo de Numão, torre de menagem
Villa romana do Prazo (Freixo de Numão)
Castro de Fraga das Canas, ou "Castelo Velho" (Freixo de Numão)

Uma anémona num mundo cor de rosa

ou um "campo" de seixos verdes...
Só mesmo debaixo de água!
Onde eu queria estar agora!!! mas só vejo a chuva a bater-me na janela...

Um passeio ao Numão com alguns desvios pelo caminho

Fiz um dia destes um passeio que recomendo! O objectivo era o castelo de Numão, o “dragão” do Douro. Só que pelo caminho até lá, e ali à volta foi um “mar” de descobertas.
Em primeiro lugar os “miradouros” sobre o rio Douro: saindo do Pocinho, pela EM 614, em direcção a Freixo de Numão, encontra-se, em Santo Amaro, o miradouro da Mata dos Carrascos, de onde se vê Vila Nova de Foz Côa e a barragem do Pocinho. Um pouco mais à frente, em Mós, é a capela de Sta. Bárbara que permite visualizar uma das curvas do rio. Por fim, já na EN 324, há um desvio para Seixas, onde o miradouro de São Martinho mostra a zona do Vesúvio e o castelo de Numão.
Em Freixo de Numão mais dois desvios. Andando umas centenas de metros na saída pela EM 614-1 em direcção a Santo Amaro está assinalado o “Castelo Velho”.
Já sabem que sou fã de castros, mas este vale a visita, quer pelo conjunto arqueológico que ali está - um povoado fortificado dos III e II
milénios a.C.,
como pela beleza do conjunto de pedras
...
...
e pela vista deslumbrante.
Do “castelo velho” voltámos a Freixo, para nos dirigirmos ao castelo. Mas no centro nova indicação: a Villa Romana do Prazo,
uma antiga casa agrícola romana com várias ocupações (do século I/II d.C., da segunda metade do século III d.C. e da era de Constantino - século IV d.C., altura do seu apogeu). Para além das construções romanas existem também vestígios do Neolítico Antigo e da Idade Média (igreja).
E agora, a caminho do castelo de Numão, pela EN 222, em direcção a São João da Pesqueira, até ao cruzamento para Numão e Vesúvio.
A muralha do castelo encimada por ameias e dominado o relevo faz lembrar o dorso de um dragão (ou de um animal pré-histórico) vigiando o Douro.
Supõe-se que existiria neste local um castro lusitano, mas a primeira referência ao castelo é de 960, quando foi doado por D. Châmoa (ou Flâmula) Rodrigues ao convento de Guimarães, através da condessa Mumadona Dias.
Em 1055, terá sido reconquistado aos mouros por Fernando I, de Leão; em 1130, foi mandado reedificar por D. Fernando Mendes (cunhado de D. Afonso Henriques), que lhe concedeu o primeiro foral, sofreu de novo obras de melhoramento em 1189, no reinado de D. Sancho I,
e foi reconstruído por D. Dinis em 1285, que lhe reconfirmou o foral.
Dentro do castelo está a capela de Santa Maria, que mostra bem o seu estilo românico apesar de ter sofrido várias adulterações.
O castelo de Numão está classificado como Monumento Nacional.
Visitado o castelo e admirada a vista sobre o Douro,
descemos até à estação do Vesúvio, junto ao Douro e à quinta que foi de D. Adelaide Ferreira, a “Ferreirinha”.
Nesta zona apesar de estarem a desfazer os socalcos tradicionais das encostas do Douro, em nome da mecanização da produção vitiviní-
cola, desfruta-se de uma maravilho-sa vista sobre a Quinta do Vesúvio, o rio e a Quinta da Srª da Ribeira na margem Norte.
Voltamos até à EN 222, continuando em direcção a São João da Pesqueira, para pouco antes de entrarmos na vila bem arranjada e florida, desviarmos de novo em direcção ao rio e barragem da Valeira. Ao fim de meia dúzia de quilómetros surge à nossa direita o miradouro de São Salvador do Mundo:
a vista do alto do monte sobre o rio e a estação e cais da Ferradosa, compensa a subida a pé, seguindo as capelinhas da via sacra.
E chegamos ao fim deste passeio, continuando a descer até à barragem da Valeira que,
não tão importante como a destruição do cachão da Valeira, foi também um contributo para a navegabilidade do Douro.
Voltarei a este tema.

20 outubro 2006

Ilha de S. Miguel (II)

Fabuloso... não é? Mosteiros, Agosto de 2006

19 outubro 2006

Este Portugal também vale a pena!

Pelos pés acho que não é uma velhinha... mas Malpica do Tejo, longe de tudo! e num dos sítios mais frios e mais quentes do país, está numa zona linda de Portugal - o Tejo Internacional. E estas casas, meias abandonadas, são um exemplo da arte de bem construir, nelas não se passava o frio que se passa agora nas casas novas da aldeia, construídas de tijolo e com pavimentos de marmorite!
Por isso, modernizar é bom! mas é bom também saber trazer para o futuro o que de bom se fazia no passado!

Porque "Portugal vale a pena"!

"Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.
E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.
E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.
Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.
E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal.
Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.
E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos.
É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.
Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.
Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos ?
Porque falar sempre do mal ou mal de Portugal ??
Porque pensar que somos os piores entre todos os "outros", quando, não conhecemos bem os "outros", como nos conhecemos...
Nada é perfeito, e muito menos os "outros"... tudo e todos, têm erros, talvez é certo menos divulgados ou "olhados" por quem está de fora.
Portugal"
Nicolau Santos, Director adjunto do Jornal Expresso In Revista Exportar

16 outubro 2006

Ilha de S. Miguel (I)

E foi assim... acabado de chegar a S. Miguel quando, em plena marina de Ponta Delgada, um pequeno peixe-lua decidiu passear mesmo ali à frente, para espanto e entusiasmo de todos os que por ali passavam e percebiam o que estava a acontecer. Pena foi não estar dentro de água...